Projeto Cata-Lendas resgata narrativas orais das comunidades de Pipa e Tibau do Sul
Cata-lendas envolve comunidade na coleta de narrativas orais e na confecção de livros. Ano passado, as crianças foram os agentes coletores. |
Histórias e estórias, lendas e causos costumam se perder no tempo assim que o mais velho de uma comunidade se vai desta vida. As narrativas da oralidade, passadas de avós para filhos e netos através do velhos griôs e guardiões da sabedoria oral, vão ganhar um registro especial em páginas de um livro diferente durante o Festival Literário da Pipa. Na verdade vários deles, confeccionados pelos próprios coletores de histórias, ou melhor os cata-lendas. A iniciativa é do Coletivo Cata-Lendas, sob a coordenação da professora Graça Leal em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e o Flipipa.
A idéia é unir inclusão social, literatura e memória através da captura dessas histórias nas comunidades de Pipa, Tibau do Sul e comunidades vizinhas, a partir das memórias dos idosos dessas regiões. No ano passado, o Cata Lendas foi realizado com jovens e crianças que fizeram o papel dos coletores e ouviram histórias de avós, tios e vizinhos idosos. Nesta edição, serão os professores que vão em busca dessas histórias.
“Fizemos algumas modificações para atender uma outra clientela: os educadores do primeiro grau menor devido a experiências que acabamos de vivenciar fora do Brasil e que nos deu a dimensão exata do distanciamento das crianças e dos jovens com os idosos de suas comunidades”, conta Graça Leal.
Como novos sujeitos do Cata-Lendas, os educadores vão se apropriar desta proposta e ser o elo entre os idosos e crianças, retomando a educação social tão necessária a sociedade em que vivemos. Os educadores serão os responsáveis não só pela criação das capas dos livros, mas pelo conteúdo dos mesmos — lendas ou histórias narradas pelos idosos entrevistados. Equipamentos para diagramação e edição serão disponibilizados para a realização do projeto.
“No último dia de nosso encontro acontecerá um lançamento dos livros editados que serão vendidos e sua renda distribuída entre os participantes da oficina: educadores e idosos”, disse Graça Leal.
O Cata-Lendas é Inspirado no “Dulcinéia Catadora”, do coletivo de Eloísa Cartonera, que teve início na Argentina e em 2007 surgiu no Brasil pelas mãos da artista plástica Lucia Rosa, cujo trabalho uniu os filhos dos catadores de papelão em São Paulo em torno de arte e ecologia.
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