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Confira a programação externa do Flipipa: BiblioSesc, Casa das Palavras e outrosfos

17 a 19 de NOVEMBRO
PROGRAMAÇÃO EXTERNA E PIPINHA LITERÁRIA

9h às 22h —  CASA DAS PALAVRAS
LOCAL: AO LADO DA TENDA DOS AUTORES

O Sertão Oswaldiano, por Ângela Almeida: exposição integra a Casa das Palavras
Espaço destinado às apresentações literárias, exibição de ensaios fotográficos,  arte urbana, instalação, intervenção, leituras, vídeos que dialogam com a literatura. Aberto a interessados mediante inscrição.
Intervenções: "Encher de vãs palavras muitas páginas..." por Henrique Araújo. Espaço Memória : Antônio Bento e Manoel Dantas;  Cartas da Praia de Hélio Galvão, por Candinha Bezerra, que reconstituirá um ambiente do escritor.

Palavras expressas em superfícies: A provocação é a escrita como metacódigo da imagem e a imagem como  metacódigo da escrita, assim serão exibidos ensaios fotográficos de temas variados porém na fronteira do dialético. É uma exposição virtual de ensaios autorais de fotografias e música.
Fotógrafos:  Hugo Macedo, Ricardo Junqueira, Tito Rosenberg, Candinha Bezerra, Raimundo Neto, Josuá Carlos, Ângela Almeida, Silvia Batistuzzo, Simone Sodré, Tássio Ribeiro.

Ponto de Memória: São Sebastião e Iemanjá, por Antônio Marques. Mais vídeos de Caritó (poeta, músico, escritor) e Carlos Gurgel ( poeta, escritor).


Instalação: CAranguejo, Cuidado (Candinha Bezerra)


14h às 22h — BIBLIOSESC
LOCAL: AO LADO DA TENDA DOS AUTORES

Caminhão do BiblioSesc será lançado no Estado durante do Flipipa
Poeta Michelle Ferret realiza oficina literária durante o dia, na Tenda dos Autores
Biblioteca Itinerante do SESC. Trata-se de uma biblioteca móvel, montada sobre um caminhão, abastecida com 3 mil livros. Os livros estarão disponíveis para leitura no local.

9h às 22h — ESPAÇO LIVRE: CAJUEIRO DA LEITURA
LOCAL: ÁREA EXTERNA DO FLIPIPA
Espaço Sesc de Leitura Livre. Exposição aberta de livros de diversos gêneros literários ao público participante, pendurados no cajueiro. Haverá esteiras, pufes e almofadas para a acomodação dos leitores.

9h às 12h - OFICINA LITERÁRIA
LOCAL: Tenda dos Autores.
Oficina literária: “Narrativas Poéticas: O Experimento da Poesia”. Autora: Michelle Ferret

14h às 22h – VARAL DAS NARRATIVAS
LOCAL: Ao lado da Casa das Palavras
Espaço onde estarão todas as produções  poéticas e literárias das oficinas, incluindo a de Michelle Ferret, serão exibidas a cada dia, numa espécie de varal. Poderá ser lido pelo público.
Contadores de histórias Humanescentes
9h às 12h - OFICINAS CATA-LENDAS
LOCAL: Escola Municipal Vicência Castelo
Projeto realizado por Graça Leal, UFRN e Flipipa procura unir inclusão social, literatura e memória através da captura de histórias, estórias, causos nas comunidades de Pipa e Tibau do Sul, a partir das memórias dos idosos dessas comunidades. Edição de livros no local. Participação: Professores/are-educadores da rede pública de Pipa e Tibau do Sul.

ESPAÇO SESC DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
Local: Ao lado da BiblioSesc
Dias 17 e 18/NOVEMBRO  —  10h30 e 16h30
Realização de oficinas de contação de histórias, as quais retratam valores culturais e históricos locais. Leituras para crianças e jovens.

Grupo Estação de Teatro: Grupo que tem como objeto de pesquisa a narrativa oral em diálogo com a música e outros elementos cênicos.

Contadores de História Humanescentes: trabalha com contação de histórias, intercalando com cantigas de roda, brinquedos e brincadeiras infantis, danças folclóricas e poesia.

CINEMA E LITERATURA CINESESC
Local: EDUCAPIPA
Mostra de filmes que promove o diálogo da Literatura com a sétima arte, em documentários e ficções, curtas e longas-metragens. Acervo da Programadora/SESC.

DIA 17/11

A atriz Sabrina Greve é Biela no filme Uma vida em Segredo, de Suzana Amaral
O Grilo Feliz  – Sessão: 10h
Curtas Infantis 3 – Sessão:14h30
Uma vida em segredo – Sessão: 19h

DIA 18/11

Mia Couto, no filme Línguas: Vidas em Português
Curtas Infantis 4 – 10h
Cinema e Poesia – 14h30
Língua: vidas em Português – 19h

Dia 19/11

Só dez por cento é mentira: a desbiografia de Manoel de Barros, sessão das 19h
Curta Criança 2 – 10h
Vida de menina – 14h30
Só dez por cento é mentira: a “desbiografia” oficial de Manoel de Barros – 19h

LANÇAMENTOS LITERÁRIOS — TENDA DE AUTÓGRAFOS
LOCAL: Espaço da Cooperativa Cultural/UFRN e Editora Sebo Vemelho

DIA 17/NOV — Tenda de autógrafos

19h30 — Lançamento de Notas de Carregação,
De Oswaldo Lamartine de Faria, escritos organizados pelo autor
Edição do projeto Nação Potiguar

21h — Miguel Sousa Tavares

21h30 —  Arnaldo Antunes

Dia 18/ NOV — Tenda de Autógrafos

17h — Lançamentos da Cooperativa Cultural
*Ferreira Itajubá – Gracioso Ramalhete
Org Cláudio Galvão
*Poesia de Luís Carlos Guimarães
*A Biblioteca e Seis Habitantes (Américo de Oliveira Costa)

18h — Lançamento Sebo Vermelho
Poemas de Antônio Marinho (5ª edição)
Obra reunida do poeta da região, conhecido por Antônio Pequeno, 90 anos,
Com presença do autor

19h30 — Carlito Azevedo

20h00 — Diógenes da Cunha Lima

21h30 — Fernando Morais

DIA 19/NOV — Tenda de Autógrafos

18 h — Lançamento Sebo Vermelho
Breve Notícia Sobre a Província do Rio Grande (1ª História do Rio Grande do Norte). De Manoel Ferreira Nobre

19h — Lançamentos dos vencedores do Prêmio Sesc de Literatura 2010
Lançamento do romancista Arthur Martins Cecim ( Habeas Asas, Sertão do Céu) e da contista Luisa Geisler (Contos de Mentira), vencedores do Prêmio Sesc de Literatura 2010

21h — Davi Arrigucci

22h — Eucanaã Ferraz

23h — Rubens Figueiredo

FEIRA DE ARTESANATO – SETHAS
LOCAL: AV Baía dos Golfinhos

PROGRAMAÇÃO PARALELA

Dia 17/NOV
Local: Pizzaria Calígula, av Baía dos Golfinhos, 757, Centro
Exposicão dos artistas plásticos chilenos Dante e Pablo, com o tema Mata,  mar e rio, óleo sobre tela, 19h.

DIA 18/NOV
19h
Lançamento de Oceano Primeiro, da escritora amazonense Regina Melo.
Oceano primeiro – Mar de leite, rio da criação” (Editora Nelpa). Segundo de uma trilogia iniciada há sete anos com “Ycamiabas – Filhas da Lua, mulheres da Terra” (Valer), o livro narra a história de um filósofo chamado Oannes que, após deixar a metrópole para viver em meio à natureza na Amazônia, mergulha na História geológica da Terra por meio de experiências místicas.

Show do trio Toca Jazz, 22h
LOCAL: Pizzaria Calígula, av Baía dos Golfinhos, 757, Centro

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Veja quem são os autores do III Festival Literário da Pipa

P R O G R A M A Ç Ã O  O F I C I A L

17/NOVEMBRO (Quinta-feira)

17h — Coquetel de lançamento da BiblioSesc no RN
            Lançamento da III edição do Flipipa
LOCAL: Área externa da Tenda dos Autores

18h — Tenda dos Autores

Mesa 1: A LITERATURA EM OSWALDO LAMARTINE, com Paulo Bezerra, Humberto Hermenegildo e Paulo de Tarso Correia de Melo.

Paulo Bezerra Balá

Paulo de Tarso Correia de Melo. Foto: Tribuna do Norte
Oswaldo Lamartine descreveu o sertão com um requinte literário e preciosidade linguística raramente vistos nos livros sobre a cultura sertaneja. Transformou linguagem, costumes, tradições e afazeres do cotidiano rural em literatura. Sua escrita peculiar é o tema da mesa através das falas de intelectuais ligados ao autor de Ferro de Ribeiras, Uns Fesceninos, Sertões do Seridó e Vocabulário do Criatório Norte-riograndense.


Paulo Bezerra [Balá] nasceu em Acari (RN) é médico, professor aposentado da UFRN, fundador do Instituto de Radiologia do RN. Amigo próximo de Oswaldo Lamartine, por incentivo dele lançou Cartas dos Sertões do Seridó (2000). Depois veio Outras Cartas dos Sertões do Seridó (2004), Novas Cartas dos Sertões do Seridó (2009), Notas de um curioso sobre o gado Malabar (2010) e Rimas e outros versos vagabundos (2011). Humberto Hermenegildo é professor titular da UFRN, Mestre em Teoria e História Literária pela UNICAMP (1991) e doutor em Letras pela UFPB (1996). Atua como pesquisador no Núcleo Câmara Cascudo de Estudos Norte-Rio-Grandenses e é consultor/parecerista das revistas Sociedade e Território (Natal), Vivência (Natal) e Investigações (Recife). Especialista em Literatura Brasileira moderna, com ênfase para questões regionais. Dirigiu, junto com a fotógrafa Vilma Victor, o documentário Oswaldo Lamartine: Um príncipe do Sertão” (2011).
O mediador Paulo de Tarso Correia de Melo é considerado um dos grandes nomes da poesia potiguar, autor de Natal: Secreta Biografia, Folhetim Cordial da Guerra em Natal e Cordial folhetim da guerra em Parnamirim, O Livro das Linhagens.

19h — Tenda dos Autores
 
Mesa 2: ROMANCE E HISTORICISMO EM EQUADOR, com Miguel Sousa Tavares (Portugal). MEDIADOR: Woden Madruga

Miguel Sousa Tavares
Woden Madruga. Foto: Tribuna do Norte
Miguel Sousa Tavares nasceu no Porto em 25 de Junho de 1952. Filho da poeta portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen e do advogado Francisco Sousa Tavares, começou a sua vida profissional como advogado. Depois, tornou-se jornalista e escritor. Lançou mais de dez livros, entre eles Equador (Cia das Letras) — obra que recentemente adaptada para televisão e exibida no Brasil via TV Brasil — Rio das Flores, Anos Perdidos (Oficina do Livro) Não te Deixarei Morrer, David Crockett (Oficina do Livro) Sul – Viagens (Relógio D’Água) O Segredo do Rio (Relógio D’Água). É colunista do jornal Público, colaborador da revista Máxima e comentarista da RTP, a televisão portuguesa. Dono de opiniões fortes, costuma travar polêmicas em vários campos: política, literatura, esportes e outros.

O historicismo é o tema abordado na mesa, tendo a mediação e apresentação do jornalista, cronista e intelectual Woden Madruga, titular há mais de 30 anos da coluna WM, página 2 do jornal Tribuna do Norte e ex-presidente da Fundação José Augusto, maior instituição cultural do Estado.

20h30 — Tenda dos Autores 

Mesa 3: POESIA LINGUÍSTICA-VISUAL EM ARNALDO ANTUNES com Arnaldo Antunes. MEDIADOR: Jarbas Martins

Arnaldo Antunes. Foto: Reprodução

Jarbas Martins. Foto: Tribuna do Norte
Arnaldo Antunes é um artista múltiplo. Poeta, compositor, músico, ex-Titãs, performer, faz experiências com vídeo e artes plásticas. Influenciado pela poesia concreta e pelas idéias dos irmãos Augusto e Haroldo de Campos, sempre fez poemas com grande preocupação visual e musicalidade. Lançou Como é que chama o nome disso (Publifolha, 2006), Melhores Poemas (Global Editora, 2010), Antologia (Vila Nova de Famalicão, Portugal, 2006), ET Eu Tu (Cosac & Naify, 2003), Palavra desordem  (Iluminuras, 2002) — Prêmio Jabuti na categoria poesia — Outro (Mirabilia), 40 escritos (Iluminuras, 2000), Doble duplo (Barcelona: Zona de Obras/2000), As coisas ( Iluminuras, 1992. Como músico, tocou no grupo Titãs de 1982 a 1992, fez carreira solo — com dez discos gravados — e participou do projeto Os Tribalistas. Para comemorar os 50 anos, lançou Iê Iê Iê CD/DVD gravado em casa.

O mediador é Jarbas Martins, poeta e professor universitário de Comunicação e Artes visuais da UFRN. É autor de Contracanto (1996/EDUFRN), poema-livro Antielegia para Emmanuel Bezerra (Sebo Vermelho/ 2009) e organizou a antologia de sonetos 14 Versus 14 (Sebo Vermelho, 1994). Integra diversas antologias, organizadas por nomes como Constância Duarte/Diva Cunha, Assis Brasil, Tarcísio Gurgel e J.Medeiros. Foi correspondente, nos anos 70, da revista alternativa paulista Escrita, editada por Vladir Nader.

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18/NOVEMBRO (Sexta-feira)

18h – Tenda dos Autores

Mesa 4: CONVERSA EPISTOLAR ENTRE MÁRIO DE ANDRADE E CÂMARA CASCUDO, com Marcos Silva e Diógenes da Cunha Lima. MEDIADORA: Edna Rangel.

Marcos Silva. Foto: USP/UFCA

Diógenes da Cunha Lima.
A amizade a distância entre os dois grandes estudiosos da cultura brasileira, Câmara Cascudo em Natal, e Mário de Andrade em São Paulo, originou centenas de correspondências. A troca de confidências e idéias, importantes para o entendimento de nossa brasilidade, resultou no livro Câmara Cascudo e Mário de Andrade: Cartas, 1924-1944 (Global), organizado pelo escritor e estudioso da obra andradina, Marcos Antonio de Moraes, vencedor do 53º Prêmio Jabuti na categoria Teoria/Crítica Literária.

A epistolografia das duas personalidades literárias, em sua abordagem multidisciplinar, é o ponto de partida do debate tendo a participação do historiador Marcos Silva, professor de Metodologia da História da USP, potiguar radicado em São Paulo, organizou o Dicionário Crítico de Câmara Cascudo (Perspectivas) Ver Histórias: o ensino vai aos filmes (Hucitec), Rimbaud ETC – História e poesia, entre outros. E o poeta, escritor e presidente da Academia Norte-Riograndense de Letras, Diógenes da Cunha Lima. Autor de cerca de 32 livros, entre poesia, memórias e pesquisa histórica, são de sua autoria “Câmara Cascudo, um brasileiro feliz” (1978), Corpo Breve (1980), Os Pássaros da Memória (1994) e O Livro das Respostas (1996).

Para mediar estará a professora Edna Maria Rangel de Sá especializada em Literatura Brasileira e Língua Inglesa, mestra em Literatura Comparada e doutora em Educação. Atualmente, é professora de Práticas de Leitura e Escrita, na Escola de Ciências e Tecnologia da UFRN. Estuda cartas há 12 anos e foi a primeira pesquisadora a estudar a correspondência completa trocada entre Mário de Andrade e Luís da Câmara Cascudo.

19h30 — Tenda dos Autores

Mesa 5: POESIA: MODO DE SENTIR, com Carlito Azevedo. MEDIADORA: Ana de Santana.

Carlito Azevedo. Foto: Reprodução

Ana de Santana. Foto: acervo pessoal
Poeta, crítico, tradutor e editor carioca, Carlito Azevedo, 50 anos, recebeu o Prêmio Jabuti após estrear na literatura com o livro de poesia Collapsus Linguae (1991). Publicou  também  As banhistas (Rio de Janeiro: Imago, 1993); Sob a noite física (Rio de Janeiro: 7Letras, 1996); Sublunar (Rio de Janeiro: 7Letras, 2001) e Monodrama (2009), com o qual foi finalista do Prêmio Portugal Telecom de 2010. Tem livros publicados em Portugal, Espanha e Argentina, além de participar de diversas antologias poéticas publicadas na França, nos Estados Unidos, na Itália, na Colômbia e no México. Dirige a coleção de poesia Ás de colete, das editoras Cosac & Naify e 7Letras.

Ana de Santana é mestra e doutora em Literatura Comparada (UFRN). Professora e pesquisadora do IFESP e da UnP. Editora científica da revista Quipus (UnP), autora dos livros de crítica A nação Guesa de Sousândrade, Adélia Prado e a poética do falanjo, e dos livros de poesia Danaides  e  Em nome da pele.

21h — Tenda dos Autores

Mesa 6: LITERATURA E REPORTAGEM: OS ÚLTIMOS SOLDADOS DA GUERRA FRIA  com Fernando Morais. DEBATEDOR: Cassiano Arruda Câmara.

Fernando Morais. Foto: O Globo

Cassiano Arruda Câmara. Foto: Heitor Gregório
Um dos mais importantes biógrafos brasileiros, Fernando Morais é mineiro de Mariana e tem 65 anos. É jornalista desde 1961. Trabalhou nas redações do Jornal da Tarde, Veja, Folha de S. Paulo e TV Cultura. Recebeu três vezes o Prêmio Esso e quatro vezes o Prêmio Abril de Jornalismo. Foi deputado (1978-1986), secretário da Cultura (1988-1991) e da Educação (1991-1993) do Estado de São Paulo. É autor do roteiro da minissérie documental Cinco dias que abalaram o Brasil, sobre o suicídio do presidente Getúlio Vargas, exibida pelo canal GNT/Globosat. Antes de Os últimos soldados da Guerra Fria, escreveu os livros Transamazônica, A Ilha, Olga, Chatô, o rei do Brasil, Cem quilos de ouro, Corações sujos (Premio Jabuti - Livro do Ano de 2001), Toca dos Leões, Montenegro e O Mago (biografia de Paulo Coelho). Publicado em mais de vinte países, em 2004 Olga foi transformado em filme pelo diretor Jayme Monjardim. Já Corações Sujos foi adaptado para o cinema pelo Vicente Amorim em 2011.

Cassiano Arruda Câmara é jornalista, titular da coluna Roda Viva há mais de 30 anos, primeiro no Diário de Natal e depois no Novo Jornal, do qual é fundador. Foi também diretor da Tribuna do Norte nos anos 1960. Escreveu dois livros de memórias: Repórter na Roda Viva, sobre sua vida de redator, e Hotel de Trânsito, que contextualiza a Natal de 1969, o jornalismo da província no período da Ditadura e sua prisão no hotel de trânsito da Aeronáutica. Foi professor do Departamento de Comunicação Social da UFRN.

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19/NOVEMBRO (Sábado)

16h — CAMINHADA LITERÁRIA - Baía dos Golfinhos até SPA da Alma (3km) Caminhada organizada por Fernanda Bauernan e Ana Brito [Uma homenagem a Ruy Pereira dos Santos] com participação da comunidade, escritores, aberta a interessados. Leituras e oralizações durante o percurso. Poeta convidada: Michelle Ferret

17h — Tenda de Autógrafos da Cooperativa Cultural/UFRN Lançamento do romancista Arthur Martins (Habeas Asas, Sertão do Céu) e da contista Luisa Geisler (Contos de Mentira), vencedores do Prêmio Sesc de Literatura 2010.

Arthur Cecim nasceu em Belém do Pará, em 1971. É escritor, tradutor e professor de língua inglesa e estudante de Filosofia na Universidade Federal do Pará. Tem diversas poesias publicadas e traduções de poesias, entre elas as do poeta inglês William Blake, em revistas e sites literário. Conquistou o Prêmio SESC de Literatura 2010, com o romance “Habeas asas, sertão do céu”.

Luisa Geisler nasceu em Canoas (RS) e estuda Relações Internacionais, em Porto Alegre. Contos de Mentira é seu livro de estreia, chegando a conquistar o Prêmio SESC de Literatura 2010. Participou de uma oficina de criação literária do escritor Luís Antônio de Assis Brasil, na Faculdade de Letras da PUC-RS. Em 2010, venceu o concurso Histórias de Trabalho (categoria Conto), promovido pela prefeitura de Porto Alegre

17h30 — Sarau musical com Camila Masiso e Diogo Guanabara.

LOCAL: Área externa

18h — Tenda dos Autores

Mesa 7: CORDEL ENCANTADO: TELENOVELA E LITERATURA, com Thelma Guedes. PARTICIPAÇÃO: Márcia C. Veltrini. MEDIADOR: Heverton Freitas.

Thelma Guedes

Márcia Cristina Veltrini


 Heverton Freitas. Foto: Ney Douglas
A apropriação da literatura pela telenovela Cordel Encantado, através de seus arquétipos (reis, cangaceiros, misticismo), a linguagem ficcional e sua aproximação com a literatura de cordel é o tema do debate, com a presença Thelma Guedes, escritora e roteirista, bacharel em Letras e mestre em Literatura pela Universidade de São Paulo. Autora dos livros de contos "Cidadela Ardente" (1997) e "O Outro Escritor" (2003), entre outros. Autora da Rede Globo desde 1997, escreveu as telenovelas O Profeta (2006), Cama de Gato (2009) e Cordel Encantado (2011), todas em parceria com Duca Rachid.

Participação de Marcia C. Veltrini, psicóloga clínica, especialista em Psicologia Analítica (Junguiana) pelo IBEHE/SP e PUC/PR. E mediação de Heverton de Freitas, jornalista, formado pela Faculdade Casper Líbero, morando em Natal desde 1991. Já trabalhou na Folha de S. Paulo, Diário de Natal, Tribuna do Norte e Novo Jornal. Também foi secretário de Comunicação Social da Prefeitura de Natal.

19h30 — Tenda dos Autores

Mesa 8: O MODERNISMO, MANUEL BANDEIRA E OUTROS. Conferência de Davi Arrigucci Jr. APRESENTAÇÃO: Dácio Galvão.

Davi Arrigucci Jr

Dácio Galvão. Foto: Tribuna do Norte
Crítico, escritor, romancista, ensaísta, tradutor, professor aposentado de teoria literária, o paulista Davi Arrigucci Jr, 67, é considerado um dos críticos literários mais importantes da literatura brasileira. É autor de O guardador de Segredos, Enigma e Comentário, Humildade, Paixão e Morte, Achados e perdidos [Prêmio Jabuti de Literatura em 1979] e Enigma e Comentário [ainda Prêmio APCA de 1987]. Lançou também O escorpião encalacrado (sobre Julio Cortázar), Humildade, paixão e morte: a poesia de Manuel Bandeira, O cacto e as ruínas (sobre Manuel Bandeira, Murilo Mendes e o modernismo brasileiro) e Coração partido (sobre Carlos Drummond de Andrade) e Ugolino e a Perdiz.

Apresentação de Dácio Galvão, poeta e curador do Festival Literário da Pipa, autor de Palavras, palavras, palavras (poemas); Da poesia ao poema (ensaio) da poesia concreta ao poema processo, e do livro sonoro Poemúsicas, com participações de Arnaldo Antunes, Zeca Baleiro, Naná Vasconcelos, Alceu Valença, entre outros. É Mestre em Literatura Comparada e doutorando em Literatura e Memória Cultural pela UFRN. Foi secretário de cultura de Natal.

20h — Tenda dos Autores 

Mesa 9: POESIA EM ROTAÇÃO: O TEXTO DE EUCANAÃ FERRAZ, com Eucanaã Ferraz. MEDIADOR: João Batista de Morais Neto

Eucanaã Ferraz. Foto: Vânia Laranjeiras
João Batista de Morais Neto
Poeta e professor de literatura da UFRJ, pesquisador da poesia portuguesa contemporânea, Eucanaã Ferraz (1961, RJ) é editor da revista literária Serrote (IMS), autor de diversos livros de poesia, como Martelo (1997), Desassombro (2002), Rua do mundo (2004) e Cinemateca (2008), e do volume Vinicius de Moraes (2006).  Organizou os livros Poesia completa e prosa de Vinicius de Moraes (2004) e Nova antologia poética (2008), também de Vinicius, Letra só (2003) e O mundo não é chato (2005), de Caetano Veloso, além da antologia Veneno antimonotonia (2005). Além de grande poeta, é apaixonado por livros para crianças. Seu mais recente, Palhaço, macaco, passarinho, com a parceria de Jaguar, publicado pela Companhia das Letrinhas, recebeu da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ o prêmio de Melhor Livro para Criança.

O mediador João Batista de Morais Neto é poeta e professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), e doutor em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).  Publicou artigos e poemas no contexto da Geração Mimeógrafo, utilizando-se de pseudônimo João da Rua. É autor de Temporada de Ingênios e outros (2006); Geração Alternativa ou um alô pra Helô (ensaio - 2007); A canção e o absurdo revisitados (ensaio - 2001); Caetano Veloso e o lugar mestiço canção (ensaio - 2011); O veneno do silêncio (poesia - 2010).

21h30 — Tenda dos Autores   

Mesa 10: ROMANCE E NARRATIVAS, com Rubens Figueiredo. MEDIADOR: Carlos Fialho.

Rubens Figueiredo. Foto: Bel Pedrosa

Carlos Fialho
Vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura 2011 com a obra "Passageiro do Fim do Dia", editado pela Companhia das Letras, e também finalista do Prêmio Portugal Telecom deste ano, o romancista, tradutor e contista Rubens Figueiredo nasceu no Rio de Janeiro em 1956. É formado em letras na Universidade Federal do RJ, atua também como professor de português e tradução literária. Em 1998 seu livro de contos As palavras secretas recebeu os prêmios Jabuti e Arthur Azevedo. Novamente foi Prêmio Jabuti em 2002 pelo livro Barco a Seco. Como tradutor, é responsável pela tradução de pelo menos 50 obras da literatura mundial. Também lançou, de sua autoria, O Mistério da Samambaia Bailarina, O Livro dos Lobos, A Festa do Milênio.

O mediador Carlos Fialho é autor de “Verão Veraneio” (Crônicas, 2004), “É Tudo Mentira!” (Contos, 2006) e “Mano Celo” (Crônicas, 2009), participou da antologia “Como se não houvesse amanhã – 20 contos baseados em músicas da Legião Urbana” (Ed. Record, 2010), colaborou com a Revista Nova Escola, com o site literário Cronópios e desde 2010 é cronista aos sábados do Novo Jornal (RN). Há seis anos criou o selo literário Jovens Escribas, junto com outros autores de sua geração, que hoje se transformou numa editora.

PROGRAMAÇÃO PARALELA

CASA DAS PALAVRAS
Local: Ao lado da Tenda dos Autores. 
Horário de visitação: 9h às 22.

Espaço destinado às apresentações literárias, exibição de ensaios fotográficos, arte urbana, instalação, intervenção, leituras, vídeos que dialogam com a literatura.

Intervenção: “Encher de vãs palavras muitas páginas...", de Henrique Araújo ( artista plástico)

Memória : espaço em homenagem a obra de dois autores:

Antônio Bento - Jornalista, crítico de arte, poeta e contista. Era norte-riograndense por adoção, nasceu em 05 de outubro de 1902 na Paraíba. Foi amigo e parceiro em pesquisas sobre o folclore nacional de Mário de Andrade e responsável pela vinda do  mesmo ao Rio Grande do Norte. Públicou vários livros: Abstração na arte dos Índios Brasileiros, Sérgio Telles, Ismael Nery, Manet no Brasil, Milton Dacosta e Portinari.

Manoel Dantas – Nasceu em Caicó em 1867. Foi jornalista, advogado, educador e precursor dos estudos de folclore do RN. Fato marcante em sua vida foi a conferência “Natal daqui a cinqüenta anos” proferida no Salão de Honra do Palácio do Governo em 21 de março de 1909.

Intervenção da fotógrafa e artista Candinha Bezerra em memória a obra de Hélio Galvão ( escritor, advogado)  sobre suas crônicas “Cartas da Praia”.

Ensaios Virtuais Fotográficos:
Trabalhos autorais de temas variados dialogando a fotografia com a literatura e a música.
Fotógrafos: Hugo Macedo, Ricardo  Junqueira, Tito Rosemberg,  Candinha Bezerra, Raimundo Neto, Josuá Carlos, Tássio Ribeiro, Ângela Almeida, Silvia Batistuzzo, Simone Sobré.

Exibição de Vídeos autorais de: Carito ( músico, escritor, poeta) e Carlos Gurgel ( poeta, escritor )

Varal Literário: Produções Poéticas da oficina de Michelle Ferret..

Ponto de memória: Assinado pelo pesquisador, crítico de arte e curador Antônio Marques sobre alguns ícones da história cultural de Pipa, passando por crenças, descendências e o padroeiro São Sebastião.

Instalação: Caranguejos, cuidado! Da fotógrafa e artista  Candinha Bezerra.

14h às 22h — BIBLIOSESC
Local: parte externa do Flipipa.
Biblioteca Itinerante do SESC. Trata-se de uma biblioteca móvel, montada sobre um caminhão, abastecida com 3 mil livros. Os livros estarão disponíveis para leitura no local.
Poeta Michelle Ferret realiza oficina literária durante o dia, na Tenda dos Autores

9h às 22h — Espaço Sesc de Leitura Livre.
Exposição aberta de livros de diversos gêneros literários ao público participante, pendurados no cajueiro. Haverá esteiras, pufes e almofadas para a acomodação dos leitores.

9h às 12h - Oficina Literária
Local: Tenda dos Autores.
“Narrativas Poéticas: O Experimento da Poesia”. Autora: Michelle Ferret

14h às 22h – Varal das Narrativas
Local: Varanda da Casa das Palavras
Espaço onde estarão todas as produções  poéticas e literárias das oficinas, incluindo a de Michelle Ferret, serão exibidas a cada dia, numa espécie de varal. Poderá ser lido pelo público.

9h às 12h - OFICINAS CATA-LENDAS
LOCAL: Escola Municipal Vicência Castelo
Conclusão do Projeto realizado por Graça Leal, UFRN e Flipipa procura unir inclusão social, literatura e memória através da captura de histórias, estórias, causos nas comunidades de Pipa e Tibau do Sul, a partir das memórias dos idosos dessas comunidades. Edição de livros no local. Participação: Professores/are-educadores da rede pública de Pipa e Tibau do Sul.

ESPAÇO SESC DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
Local: Ao lado da BiblioSesc
Dias 17 e 18/NOVEMBRO  —  10h30 e 16h30
Realização de oficinas de contação de histórias, as quais retratam valores culturais e históricos locais. Leituras para crianças e jovens.

Grupo Estação de Teatro: Grupo que tem como objeto de pesquisa a narrativa oral em diálogo com a música e outros elementos cênicos.

Contadores de História Humanescentes: trabalha com contação de histórias, intercalando com cantigas de roda, brinquedos e brincadeiras infantis, danças folclóricas e poesia.

CINEMA E LITERATURA CINESESC E EDUCAPIPA
Local: EDUCAPIPA
Mostra de filmes que promove o diálogo da Literatura com a sétima arte, em documentários e ficções, curtas e longas-metragens. Acervo da Programadora/SESC.

DIA 17/11

O Grilo Feliz  – Sessão: 10h
Curtas Infantis 3 – Sessão:14h30
Documentário: Poetas de Pipa- Antonio Pequeno e Dona Segunda – produção do Educapipa. – Sessão 18h
Uma vida em segredo – Sessão: 19h

DIA 18/11

Curtas Infantis 4 – 10h
Cinema e Poesia – 14h30
 Os pés de Benedita -18h
Língua: vidas em Português – 19h

Dia 19/11

Curta Criança 2 – 10h
Vida de menina – 14h30
“...a flor do amador” lançamento do curta Relicário de Walfran Guedes - 18h
Só dez por cento é mentira: a “desbiografia” oficial de Manoel de Barros – 19h

FEIRA DE ARTESANATO – SETHAS
LOCAL: Av Baía dos Golfinhos

PROGRAMAÇÃO OFF

Dia 17/NOV
Local: Pizzaria Calígula, av Baía dos Golfinhos, 757, Centro
Exposicão dos artistas plásticos chilenos Dante e Pablo, com o tema Mata,  mar e rio, óleo sobre tela, 19h.

DIA 18/NOV
19h
Lançamento de Oceano Primeiro, da escritora amazonense Regina Melo. Oceano primeiro – Mar de leite, rio da criação (Editora Nelpa).

Show do trio Toca Jazz, 22h

LOCAL: Pizzaria Calígula, av Baía dos Golfinhos, 757, Centro


LANÇAMENTOS LITERÁRIOS — TENDA DE AUTÓGRAFOS

Local: Espaço da Cooperativa Cultural/UFRN e Sebo Vermelho

DIA 17

19h30 — Lançamento do livro Notas de Carregação, de Oswaldo Lamartine de Faria, escritos organizados pelo autor. Edição do projeto Nação Potiguar

21h — Miguel Sousa Tavares

21h30 —  Arnaldo Antunes

Dia 18

17h — Lançamentos da Editora da UFRN- Edufrn
*Ferreira Itajubá – Gracioso Ramalhete .Org Cláudio Galvão.
*Poesias de Luís Carlos Guimarães.
*A Biblioteca e Seis Habitantes (Américo de Oliveira Costa)

19h30 – Diógenes da Cunha Lima

20h30 — Davi Arrigucci

21h30 — Fernando Morais

DIA 19

19h — SESC- Lançamento do livro da contista Luisa Geisler ( Contos de Mentira ) obra  vencedora do Prêmio Sesc de Literatura 2010

21h — Carlito Azevedo

22h — Eucanaã Ferraz

23h — Rubens Figueiredo

LANÇAMENTOS NO STAND DO SEBO VERMELHO
DIA 18

18h —Poemas de Antônio Marinho (5ª edição)
Obra reunida do poeta da região, conhecido por Antônio Pequeno, 90 anos,
Com presença do autor

DIA 19

17h — Clara Radcliffe lança Quem é Daniel Radcliffe

18 h — Breve Notícia Sobre a Província do Rio Grande (1ª História do Rio Grande do Norte). De Manoel Ferreira Nobre

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Sistema Fecomercio lança BiblioSESC e outras ações no Flipipa

BiblioSesc estaciona pela primeira vez no RN durante o Festival Literário da Pipa. Foto: BliblioSesc Alagoas
Uma das novidades da 3ª edição do Festival Literário da Pipa (Flipipa), que acontece de 17 a 19 de novembro, será o lançamento da unidade móvel de leitura do Sistema Fecomercio RN, o BiblioSESC. A biblioteca itinerante estará estacionada na Tenda dos Autores, logo na entrada principal de Pipa, dispondo de um acervo de três mil livros para leitura e consulta nas cidades e bairros que não possuam biblioteca fixa. Além de um amplo acervo, a estrutura do BiblioSESC conta com uma espaçosa área para circulação do público, coberturas laterais, toldo e espaço de leitura, além de dispor do auxílio de profissionais treinados para orientar na escolha dos livros.

A unidade BiblioSESC estará aberta à visitação e consulta do acervo das 09h às 12h e das 14h às 20h. A programação da unidade móvel também reserva espaço para contação de histórias, nos horários das 10h e 16h30. Para os amantes da sétima arte, o Cine SESC apresenta uma variada programação de filmes. O acesso é gratuito.

No espaço de leitura, os visitantes tomarão um café com os escritores vencedores do Prêmio SESC de Literatura, que estarão na Flipipa falando de suas experiências no mercado literário. O Prêmio SESC de Literatura é um projeto de incentivo à literatura, promovido pelo Departamento Nacional do SESC, dividido em duas categorias: romance e conto. Todos os trabalhos devem ser inéditos e escritos em língua portuguesa, por autores brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil.

Área interna da BliblioSesc
A doação de 23 livros à biblioteca de Pipa foi outra contribuição importante do Sistema Fecomercio para a literatura do município de Tibau do Sul. Entre os exemplares doados, destacamos os títulos editados pelo SESC RN: “Pipa Voada sobre Brancas Dunas” (Alberto Barros da Rocha Júnior); Terras potiguares (Marcus Cesar Cavalcanti de Morais); 60 anos do SESC Rio Grande do Norte (SESC/RN); A bossa nova de Hianto de Almeida (Leide Câmara) e “Araruna - Sociedade de Danças Antigas e Semidesaparecidas”.

No último dia, o público será brindado com um sarau musical, às 17h, com a cantora potiguar Camila Masiso e o músico e instrumentista Diogo Guanabara. O encontro da dupla mostrou a versatilidade dos artistas, que se apresentaram no último dia 21, no show de encerramento da Cientec 2011, na UFRN. Através do projeto “Parcerias Sinfônicas”, o SESC RN, concede o apoio artístico aos artistas da terra e orquestras sinfônicas do RN

Programação SESC no Flipipa 2011
Local: Espaço SESC
Dia 17/11
17h: Inauguração do BIBLIOSESC

CINESESC (Exibição de filmes):
O Grilo Feliz – 10h
Curtas Infantis 3 – 14h30
Uma vida em segredo – 19h
Dia 18/11
Contação de Histórias
Atração: Grupo de contadores de história humanescentes
1º apresentação – 10h30
2º apresentação – 16h30

Exposição do BiblioSESC 
Durante o dia inteiro de atividade do Festival

ESPAÇO SESC DE LEITURA LIVRE
Durante o dia inteiro de atividade do Festival

CINESESC:
Curtas Infantis 4 – 10h
Cinema e Poesia – 14h30
Língua: vidas em Português – 19h

Dia 19/11
Contação de histórias 
Atração: Grupo Estação de Teatro
1º apresentação – 10h30
2º apresentação – 16h30

Exposição do BiblioSESC 
Durante o dia inteiro

ESPAÇO SESC DE LEITURA LIVRE
Durante todo o dia

CINESESC:
Exibição de filmes
Curta Criança 2 – 10h
Vida de menina – 14h30
Só dez por cento é mentira: a “desbiografia” oficial de Manoel de Barros – 19h

SARAU MUSICAL
Apresentação musical com Diogo Guanabara e Camila Masiso
Horário: 17h

LANÇAMENTOS DOS LIVROS PRÊMIO SESC DE LITERATURA
Contos de mentira (Luisa Geisler): 19h
Habeas asas, sertão do céu (Arthur Martins Cecim): 19h

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Thelma Guedes: Escritora, roteirista e autora da novela Cordel Encantado estará no Flipipa

Poeta, escritora e roteirista de TV, Thelma Guedes está confirmada na terceira noite do Flipipa
Thelma Guedes é carioca (Rio de Janeiro, 1962), escritora e roteirista de TV. Vive em São Paulo, é formada em Letras e Mestre em Literatura Brasileira. Lançou recentemente o livro de contos ‘O Outro Escritor’ (pela Nankin Editorial) e é autora, em parceria com Duca Rachid, da novela ‘Cordel Encantado’, exibida pela Rede Globo em 2011 ( com direção conjunta de Amora Mautner, Gustavo Fernandez, Natália Grimberg e Ricardo Waddington.). Publicou também ‘Cidadela Ardente’ (Ateliê Editorial), e em 2003 o ensaio ‘Pagu: Literatura e Revolução’ (Ateliê Editorial e Nankin Editorial).

Em 2007, lançou o volume de poemas ‘Atrás do Osso’ (Nankin), projeto selecionado pelo Programa de Apoio à Literatura da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Como roteirista, escreveu programas como o ‘Sítio do Picapau Amarelo’ e colaborou com telenovelas ‘Vila Madalena’, de Walther Negrão; ‘Esperança’ (segunda fase); ‘Chocolate com Pimenta’ e ‘Alma Gêmea’, ambas de Walcyr Carrasco.

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Projeto Cata-Lendas resgata narrativas orais das comunidades de Pipa e Tibau do Sul

Cata-lendas envolve comunidade na coleta de narrativas orais e na confecção de livros. Ano passado, as crianças foram os agentes coletores.

Histórias e estórias, lendas e causos costumam se perder no tempo assim que o mais velho de uma comunidade se vai desta vida. As narrativas da oralidade, passadas de avós para filhos e netos através do velhos griôs e guardiões da sabedoria oral, vão ganhar um registro especial em páginas de um livro diferente durante o Festival Literário da Pipa. Na verdade vários deles, confeccionados pelos próprios coletores de histórias, ou melhor os cata-lendas. A iniciativa é do Coletivo Cata-Lendas, sob a coordenação da professora Graça Leal em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e o Flipipa.

A idéia é unir inclusão social, literatura e memória através da captura dessas histórias nas comunidades de Pipa, Tibau do Sul e comunidades vizinhas, a partir das memórias dos idosos dessas regiões. No ano passado, o Cata Lendas foi realizado com jovens e crianças que fizeram o papel dos coletores e ouviram histórias de avós, tios e vizinhos idosos. Nesta edição, serão os professores que vão em busca dessas histórias.

“Fizemos algumas modificações para atender uma outra clientela: os educadores do primeiro grau menor devido a experiências que acabamos de vivenciar fora do Brasil e que nos deu a dimensão exata do distanciamento das crianças e dos jovens com os idosos de suas comunidades”, conta Graça Leal.

Como novos sujeitos do Cata-Lendas, os educadores vão se apropriar desta proposta  e ser o elo entre os idosos e crianças, retomando a educação social tão necessária a sociedade em que vivemos. Os educadores serão os responsáveis não só pela criação das capas dos livros, mas pelo conteúdo dos mesmos — lendas ou histórias narradas pelos idosos entrevistados.  Equipamentos para diagramação e edição serão disponibilizados para a realização do projeto.

“No último dia de nosso encontro acontecerá um lançamento dos livros editados que serão vendidos e sua renda distribuída entre os participantes da oficina: educadores e idosos”, disse Graça Leal.

O Cata-Lendas é Inspirado no “Dulcinéia Catadora”, do coletivo de Eloísa Cartonera, que teve início na Argentina e em 2007 surgiu no Brasil pelas mãos da artista plástica Lucia Rosa, cujo trabalho uniu os filhos dos catadores de papelão em São Paulo em torno de arte e ecologia.

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Casa das Palavras, um espaço onde falas, imagens e escritas ativam idéias, desejos e imaginário


A novidade na III edição do Flipipa será a Casa das Palavras,  uma casa de verdade, mas nem por isso uma máquina de morar. Em vez de objetos estáticos, liquidificador, panela e cadeiras, as engrenagens serão formadas por palavras, soltas, imaginadas, impressas no quarto, no banheiro, na sala. Trata-se de um espaço onde vão ocorrer, ao longo de todo o período do Festival, apresentações literárias, exibição de ensaios fotográficos,  arte urbana, instalação, intervenção, vídeos, oralizações, idéias.  Será um lugar de múltiplas vozes  conectando e expandindo poesia em formas, superfícies e movimentos.

A Casa das Palavras também será um lugar de acolhimento da produção  de materiais das oficinas literárias, conjugando assim uma construção coletiva  e dinâmica  onde  o visitante é convidado, estimulado, provocado naturalmente a interagir com os materiais e as idéias.

Para cada ambiente da Casa uma ocupação de expressão artística. No espaço aberto entre os cajueiros a fotógrafa e artista Candinha Bezerra fará uma instalação denominada Caranguejos.No Varal das Narrativas estarão todas as produções  poéticas e literárias das oficinas, incluindo a de Michelle Ferret, exibidas a cada dia, numa espécie de varal.

O local conjuga uma construção coletiva  e dinâmica  onde  o visitante é convidado, estimulado, provocado naturalmente a interagir com os materiais e as idéias.

Intervenções: "Encher de vãs palavras muitas páginas..." por Henrique Araújo. Espaço Memória : Antônio Bento e Manoel Dantas;  Cartas da Praia de Hélio Galvão, por Candinha Bezerra, que reconstituirá um ambiente do escritor.

Palavras expressas em superfícies: Aqui a provocação é  a escrita como metacódigo da imagem e a imagem como  metacódigo da escrita, assim serão exibidos ensaios fotográficos de temas variados porém na fronteira do dialético. É uma exposição virtual de ensaios autorais de fotografias e música.
Fotógrafos:  Hugo Macedo, Ricardo Junqueira, Tito Rosenberg, Candinha Bezerra, Raimundo Neto, Josuá Carlos, Ângela Almeida, Silvia Batistuzzo, Simone Sodré, Tássio Ribeiro.

Ponto de Memória: São Sebastião e Iemanjá, por Antônio Marques. Mais vídeos de Caritó (poeta, músico, escritor) e Carlos Gurgel ( poeta, escritor).

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Autores mandam mensagens parabenizando nova edição do Festival Literário da Pipa

Escritor Marçal Aquino (D) envia mensagem parabenizando programação do III Flipipa. Foto: Rogério Vital

Os escritores que participaram das edições passadas do Festival Literário da Pipa já estão por dentro da programação da terceira edição e enviam mensagens parabenizando mais uma viagem da Literatura na Praia!

Ronaldo Correira de Brito, que participou do 1º Flipipa, falando sobre “Galileia”, foi um dos que mandou mensagem e novidade: “Parabéns pela nova edição da FLIPIPA. Estive com Fernando Morais e ele falou empolgado sobre a participação dele no evento. Neste ano está bem difícil, mas no próximo ano, depois que lançar meu novo romance, ficarei feliz em poder lançá-lo aí. Abraço nos amigos. O site ficou lindo. Muito sucesso!"

Marçal Aquino, um dos autores do 2º Flipipa, também comenta: “O cardápio é muito interessante. Boa sorte, boa festa. Que corra tudo como sempre”.

Daniel Galera , que debateu com Raffa Coutinho e Alex de Souza o tema “Cachallote, novela gráfica”, desejou sucesso: “Desejo um sucesso ainda maior que o do ano passado”.

E Frederico Pernambucano de Melo, autor de “Estrelas de couro: A estética do cangaço”, relembra a edição passada: “Conservo excelente recordação de lugares e de pessoas daí. Todo sucesso na nova versão do FliPipa”.

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Oswaldo Lamartine de Faria é celebrado em vários momentos no Flipipa

Sertanista e intelectual, o Lorde da Acauã será lembrando na mesa “A Literatura em Oswaldo Lamartine”, tendo como debatedores o médico e acadêmico Paulo Bezerra e o professor Edgar Dantas. Foto: Candinha Bezerra

Ele descreveu o sertão com um requinte literário e preciosidade linguística raramente vistos nos livros sobre a cultura sertaneja. E debruçou-se pelas matas, serras e várzeas, tratando de aspectos geográficos  e ecológicos com apuro técnico de estudioso e lirismo de poeta. Transformou linguagem, costumes, tradições e afazeres do cotidiano rural em literatura. Sua obra é hoje fonte de pesquisa para todos, de curiosos a cientistas. Esse é o seu legado.

O intelectual sertanista, agrônomo e escritor Oswaldo Lamartine de Faria (1919-2007), reconhecido o maior sertanista brasileiro por Raquel de Queiroz a Ariano Suassuna,  terá sua vida literária e suas paisagens evocadas durante o III Festival Literário da Pipa em quatro momentos distintos: na Mesa “A Literatura em Oswaldo Lamartine”, primeiro debate do Flipipa, dia 17, às 18h, com a participação do médico e escritor Paulo Bezerra (Balá) e do professor Edgar Dantas.

No documentário “Oswaldo Lamartine: O Príncipe do Sertão”, de Humberto Hermenegildo e Vilma Victor Cruz, exibido na quinta-feira à tarde, na sala audiovisual do EducaPipa. Através da instalação da artista plástica Ângela Almeida, intitulada “Sertão Oswaldiano”, que poderá ser visitada na Casa das Palavras. E por fim, no relançamento, via Projeto Nação Potiguar, do livro “Notas de Carregação”, crônicas que Oswaldo Lamartine publicou em vários jornais reunidas e organizadas pelo próprio Lamartine, com ilustrações do autor e capa do ilustrador peruano Percy Lau.

Para a artista plástica Ângela Almeida, o Oswaldo Lamartine evocado em seu trabalho não é o do escritor, mas o homem de estreitos laços com a paisagem sertaneja, aquilo que se confunde com a história das terras, dos homens e bichos. “Lanço-me numa tarefa mais simples: deslizar sobre a fragilidade dos laços humanos a procura de sentidos. Rastros porosos de vida, aquilo que fica das pessoas que passam. São também imaginários, esses com portas desusadas, míticas, festivas, encantadas”, escreveu ela. “Talvez seja apenas uma carta minha para Oswaldo, porém pode ser de todos os que nela se quiserem encontrar”.
   
O trabalho de Ângela poderá ser visitado durante todo o Festival Literário, na Casa das Palavras, espaço onde vão ocorrer apresentações literárias, exibição de ensaios fotográficos,  arte urbana, instalação, intervenção, vídeos, oralizações dos autores convidados.

Já o documentário "Oswaldo Lamartine: um príncipe do sertão",  foi realizado este ano e é resultado de uma parceria entre o Núcleo Câmara Cascudo de Estudos Norte-Rio-Grandenses, TV Universitária e Secretaria de Educação à Distância da UFRN. Com direção de Vilma Vitor e roteiro de Humberto Hermenegildo, o documentário traz o escritor em vários momentos, relembrando suas memórias no campo, as artes que viu e registrou, aspectos geográficos da região, e histórias das pessoas que conviveram com ele por aquelas paragens.

A ideia do documentário partiu de uma entrevista realizada em 21 de julho de 2005 com Oswaldo Lamartine, pelos professores Hermenegildo e Vilma Vítor. A partir destas cenas, eles agregaram falas e informações sobre a obra do sertanista intelectual, colhendo depoimentos de pessoas que conviveram com ele, admiradores de sua obra, como o professor Edgar Dantas e o médico e acadêmico Paulo Bezerra, ambos convidados para compor a mesa sobre Oswaldo Lamartine na abertura do festival.

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Para celebrar o Dia D, Eucanaã Ferraz, David Arrigucci e mais 11 poetas leem "No meio do Caminho"

Festival Literário da Pipa homenageia o poeta Carlos Drummond de Andrade, cujo aniversário será dia 31 de outubro, com leituras de "No meio do Caminho"

Dia 31 de outubro é o lançamento do III Festival Literário da Pipa. É também o Dia D, data em que se comemora o aniversário do poeta Carlos Drummond de Andrade.

Para marcar os 40 anos do poema "No meio do caminho", Carlos Drummond de Andrade publicou, em 1967, o livro Uma pedra no meio do caminho – Biografia de um poema, no qual reuniu uma ampla seleção com o que foi dito sobre os famosos versos.

O Instituto Moreira Salles lançou em 2010 uma nova edição do livro concebido pelo próprio Drummond, ampliada pelo também poeta Eucanaã Ferraz.

O www.flipipa.org aproveita para compartilhar os festejos do Dia D com o vídeo produzido pelo IMS trazendo a leitura de "No meio do caminho" em vários idiomas, incluindo Eucanaã Ferraz e David Arrigucci Jr, ambos presenças confirmadas no FLIPIPA em novembro.

Vozes de: Eucanaã Ferraz (português), Heloisa Jahn (dinamarquês); Sidney Calheiros (latim); Davi Arrigucci Jr. (italiano); Jana Binder (alemão); Laura Hosiasson (espanhol); Pieter Tjabbes (holandês); Jean-Claude Bernardet (francês); Paulo Schiller e Mariana Schiller (húngaro); Yael Steiner (hebraico); Matthew Shirts (inglês); Carlos Papa (tupi).

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André Cerqueira comenta adaptação de Equador, obra de Miguel Sousa Tavares, autor que estará no Flipipa

Minissérie Equador, sucesso da televisão portuguesa adaptada da obra de Miguel Sousa Tavares, está sendo exibida no Brasil pela TV Brasil

Brasileiro com sotaque português, André Cerqueira coordenou todo o projeto de realização da série Equador, minissérie em capítulos exibida pela TV Brasil desde o dia 3 de outubro, e adaptada da obra do escritor e jornalista Miguel Sousa Tavares . Bem humorado, o diretor concedeu uma entrevista ao site da TV Brasil. Na conversa, ele fala das aventuras que envolveram as gravações e de como a série foi pensada. Diretor geral da  produtora Plural, André já teve outras experiências no Brasil e, por isso mesmo, defendeu a dublagem de português de Portugal para ‘brasileiro’, afirmando ser necessária para a compreensão do público.

A série é baseada no livro homônimo do escritor português. Composta de 30 episódios repletos de romance, política, intrigas e imagens cinematográficas, a história foi rodada em cinco países, envolvendo 120 atores, quase 500 técnicos, milhares de figurantes e produzida pela TVI – Televisão Independente de Portugal.

Equador conta a história de Luís Bernardo, que é nomeado para o cargo de Governador Geral de São Tomé e Príncipe, na costa africana. Ele terá que mediar as relações entre os fazendeiros, acusados pela coroa britânica de praticar a escravidão, e o cônsul inglês David Lloyd Jameson. Essa relação se complica quando Luís Bernardo se apaixona pela mulher de David, Ann Rhys-More. Esse triângulo amoroso é o centro da trama que se passa na linda ilha equatoriana. A minissérie está sendo exibida de terça à quinta-feira, às 23h (22h no horário local), pela TV Brasil.


Como foi adaptar o livro Equador?

André Cerqueira: O Equador é um livro muito conhecido e muito vendido em Portugal. Esta era uma conversa antiga com o Miguel ( escritor e jornalista Miguel Sousa Tavares) de transitar a obra para TV, já que muitos portugueses tinham o livro. Foi uma audácia. E coube a mim, como diretor, conseguir fazer. Minha pergunta era como conseguir ser fidedigno ao livro, já que as pessoas que leram teriam uma imagem dele na cabeça.

Quais foram as dificuldades que tiveram durante a gravação da série?

André Cerqueira: Todas. A série se passa em São Tomé e Príncipe e lá não existem nem cavalos mais. Os brancos em São Tomé são embaixadores e não tínhamos condições de fazer com que os embaixadores fossem figurantes. Inicialmente, quando começamos a fazer as contas do Equador descobrimos que gastaria mais para levar cavalos, figurantes e estrutura para o país do que com a gravação propriamente da série. Foi nossa grande preocupação. Começamos, então, a buscar outros lugares. Por indicação do Miguel Sousa Tavares, viemos gravar no Brasil. Para ele, existiam lugares no Brasil que eram iguais a São Tomé e Príncipe. Além, claro, da Índia que também foi muito complexo.

Pela cultura, gravar na Índia não é muito fácil. Nós pegamos tempestades de areia, tivemos aventuras que estão frescas na minha cabeça até hoje, e gravamos há dois anos. Tem uma história absurda de uma tempestade de areia na India, em Jankipur, na cidade azul, aonde estávamos filmando. Fomos com uma equipe inteira para o Aeroporto, pegar um avião que demorava uma hora e meia até Nova Deli. Dali nós voaríamos para Lisboa. Disseram que havia uma tempestade de areia e que o avião não iria pousar.

Nós dissemos, tudo bem. E quando vem o próximo? – Na semana que vem taí, responderam. Como semana que vem? Como a gente sai daqui? – Se vocês não se importarem em emprestar um ônibus, pedimos. E nos disseram que seria umas 12 horas. Só que não foram 12 horas como num ônibus no Brasil. Foram doze horas entre vacas, camelos, elefantes. Todos no meio da rua à noite e o motorista desviando. Acho que foi uma das maiores aventuras que já passei.

Quanto tempo duraram as gravações?

André Cerqueira: Sem contar a pré-produção e a parte de computação gráfica, as gravações duraram um pouco mais de seis meses.

No seu depoimento, você afirma que a computação gráfica e a adoção de tecnologia de ponta ajudaram a reconstruir a época da série.

André Cerqueira: Há três anos não tínhamos a 5d e a tecnologia que hoje já experimentamos. Naquela época, era complexo pensar em reconstruir uma rua inteira em computação e do jeito que a gente queria fazer. A gravação em planos fixos para reconstituição é o jeito mais simples de fazer. Eu não fiz nenhum. O público não vai ver no Equador nenhum dos meus planos de gravação, nos quais foram reconstituídas ruas inteiras, com planos fixos. Eles têm sempre planos com movimento e planos de grua que, normalmente, não é somente um movimento linear, mas dois estilos de movimento. Isso para corrigir em 3D é uma miséria! Não é um plano fixo. Você apaga tudo e, em quatro segundos, está pronto. E como diretor optei em não facilitar nada para a correção do 3D. Mantivemos a série com movimentos. Uma série com estrutura de direção muito marcada e, ao mesmo tempo, mantendo a época e o detalhe nas gravações que nós queríamos.

[Entrevista reproduzida do site www.tvbrasil.org.br/equador]

Confira o making off da série baseada na obra de Miguel Sousa Tavares:






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Mostra une cinema e literatura durante o Festival Literário da Pipa

Documentário 'Língua: Vidas em Português' será exibido na mosta do Sesc na Educapipa
Entretenimento e educação também embarcam nesta viagem da literatura na praia de Pipa através do cinema. O SESC-RN vai promover, durante todo o Flipipa, uma mostra de filmes que promove o diálogo da Literatura com a sétima arte, em documentários e ficções. São filmes conhecidos e outros nunca exibidos por aqui que relatam vidas e histórias de algumas das personalidades literárias mais importantes de ontem e de hoje. As projeções acontecem na sede da ONG Educapipa. A coordenação será dos bibliotecários Denise Tavares e Caetano Costa.

Entre os filmes está “Língua – Vidas em Português”, de Victor Lopes, que traz depoimentos dos escritores portugueses José Saramago (1922-2010), Mia Couto, o sambista e poeta Martinho da Vila, o grupo Madredeus e o romancista brasileiro João Ubaldo Ribeiro. Filmado em Portugal, Moçambique, Índia, Brasil, França e Japão, o filme trata de histórias da língua portuguesa e sua permanência entre culturas variadas do planeta, mostrando o cotidiano de personagens ilustres e anônimos de quatro continentes.

Também está na programação “O Engenho de Zé Lins”, filme de Wladimir Carvalho que traça o perfil do escritor José Lins do Rego, a partir de sua infância, no ambiente que imortalizaria em romances como Menino de Engenho, ligados ao ciclo da cana-de-açúcar, até a sua maturidade.

O cartunista e escritor Ziraldo é visto por inteiro em “O Eterno maluquinho”, de Sonia Garcia. O documentário é dividido em três partes: Memórias, narradas pelo próprio escritor e recortadas por mensagens de seus próprios livros; cronobiografia, com depoimentos dos amigos Zuenir Ventura, Sergio Cabral, Chico Caruso, Miguel Paiva, Ana Maria Machado, Mariana Colassanti e a conterrânea da Caatinga Miriam Leitão, entre outros; e releituras, abordando suas obras no teatro, no cinema e na TV.

O antropólogo e educador Darcy Ribeiro (1922-1997) é revisitado em “Guerreiro sonhador”, filme dirigido por Fernando Barbosa Lima que conta a vida desse grande nacionalista, um dos maiores educadores do Brasil, militante incansável a favor do povo e da nacionalidade. O DVD foi dividido em três partes: a vida e a obra de Darcy Ribeiro; depoimentos dos administradores como Vivaldo Barbosa, Pedro Simon, Tatiana Memória, Cacique Terena, Oscar Niemeyer, Vera Brant, Irene Ferraz, Sérgio Cabral, Cláudia Zarvos, Ziraldo, Eric Nepomuceno entre outros.

Também foram selecionados para o Festival Literário da Pipa o curta-metragem “Por acaso Gullar” (de Maria Rezende e Rodrigo Bittencourt), a ficção “Inocência” (Walter Lima Jr), “Contos de Wilde” (episódios de contos infantis do autor), “Lavoura Arcaica” (Luiz Fernando Carvalho) e “Os Irmãos Grimm” (a comédia The Brothers Grimm, do diretor Terry Gilliam).

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Fernando Morais fala sobre novo livro-reportagem ambientado em Cuba e nos EUA

Morais lança livro-reportagem que reconstitui a trajetória de agentes secretos de Cuba que se infiltraram nos Estados Unidos para impedir ações terroristas na ilha
Brasília (Adital) - Houve um tempo em que mercenários contratados por organizações de extrema-direita da Flórida recebiam U$ 1,5 mil por bomba colocada em Cuba. "Hoje ainda é possível ver em Miami manifestações de rua contra a Revolução, mas as novas gerações parecem mais interessadas em ouvir salsa do que em colocar bombas", diz o jornalista Fernando Morais. Ele está lançando "Os últimos soldados da Guerra Fria", livro-reportagem que reconstitui a trajetória de agentes secretos de Cuba, que se infiltraram nos Estados Unidos para impedir ações terroristas contra a ilha.

No próximo dia 20, às 19h, Morais apresenta a publicação em São Paulo, na Faculdade Paulista de Comunicação (Fapcom). Na ocasião, o autor participa do debate "Os 5 cubanos ignorados pela mídia", ao lado da presidente do Conselho Mundial da Paz (CMP), Socorro Gomes, e do cônsul de Cuba, Lázaro Mendes Cabrera. O evento é promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé.

A discussão ocorre no momento em que René González - um dos agentes secretos retratados no livro - acaba de ser libertado nos Estados Unidos, depois de 13 anos de prisão. Apesar de ter cumprido toda a sentença, René está sendo obrigado pela Justiça norte-americana a permanecer nos EUA, em "liberdade vigiada", por mais três anos.

Esse é apenas o capítulo mais recente da trama narrada por Morais, que poderia muito bem ter saído de um trailer hollywoodiano - com cenas de espionagem, suspense e aventura -, mas não tem nada de ficção. Foi vivida por 12 homens e duas mulheres que aceitaram deixar suas vidas em Cuba para integrar a Rede Vespa e espionar algumas das 47 organizações anticubanas que existiam em Miami na época.

"Eram organizações de extrema-direita, que atuavam como entidades humanitárias para ocultar seu verdadeiro objetivo", conta Morais ao Vermelho. Tais grupos - contrários ao regime comunista implantado por Fidel Castro - se dedicavam desde a jogar pragas nas lavouras cubanas até a sequestrar aviões que levavam turistas à ilha.

Depois o colapso da União Soviética, o turismo assumiu papel preponderante na economia cubana, e as organizações anticastristas passaram a empenhar esforços para demonstrar que a ilha não era segura para os estrangeiros. Para isso, colocaram bombas em hotéis e bares e alvejaram navios repletos de visitantes. Infiltrados nesses grupos, os agentes da Rede Vespa conseguiram impedir várias agressões.

Para investigar e contar essa história - e também a daqueles que estavam do outro lado -, Morais viajou 20 vezes a Cuba e aos Estados Unidos, debruçou-se sobre diversos documentos dos dois países, fez 40 entrevistas. O resultado é uma obra que já é sucesso de vendas no Brasil. De acordo com a Rádio Havana Cuba, o livro vendeu 20 mil exemplares em três semanas e aguarda lançamento em espanhol e inglês. Conhecedor da realidade cubana (este é o segundo livro relacionado à ilha que escreve), Morais fala nesta entrevista sobre a publicação, as relações entre Cuba e Estados Unidos e seus próximos projetos.

Segundo ele, se o presidente Barack Obama se reeleger, no ano que vem, pode ser que indulte os agentes cubanos que ainda estão presos nos Estados Unidos. "Enquanto Obama precisar dos votos da Flórida, majoritariamente cubanos, não há a menor chance de isso acontecer", avalia ele em entrevista ao portal www.vermelho.org.br.

Governo cubano recusa troca de prisioneiros

Washington (AE) - A Casa Branca ofereceu a Havana a troca de um espião cubano  por um norte-americano detido em Cuba, mas o governo cubano recusou o acordo, informaram funcionários do governo dos Estados Unidos. Os governo norte-americano também indicaram que estariam dispostos a analisar outras queixas do governo cubano depois que Havana libertasse o empreiteiro Alan Gross, disseram as fontes, que falaram em condição de anonimato. Cuba rejeitou a oferta, lembrando que o cubano Rene Gonzalez já havia cumprido a maior parte de sua sentença. Havana queria o perdão para pelo menos outros quatro cubanos condenados com Gonzalez. A prisão de Gross em dezembro de 2009 agravou as relações entre Estados Unidos e Cuba num momento no qual o governo Obama estava tentava aliviar as décadas de tensão entre os dois países. Gross foi pego quando levava equipamentos de comunicação proibidos para Cuba como parte de um programa de promoção da democracia financiado pela Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos.

Em março, ele foi sentenciado a 15 anos de prisão por crimes contra o Estado. Os Estados Unidos dizem que Gross estava apenas tentando ajudar a comunidade judaica cubana a se comunicar com o restante do mundo e não deveria ser processado. O governo cubano está há muito tempo irritado com o destino de Gonzalez e de outros quatro cubanos, conhecidos como a "Rede Vespa", que foram condenados em 2001 por espionar instalações militares norte-americanas no sul da Flórida. Funcionários cubanos dizem que os cinco estavam tentando impedir ataques terroristas na ilha com o monitoramento de exilados cubanos.

Gonzalez foi libertado neste mês após 13 anos de prisão, mas um juiz ordenou que ele passe mais três anos em condicional nos Estados Unidos antes de voltar para Cuba.  Autoridades norte-americanas se ofereceram para pressionar o tribunal federal de Miami a permitir que Gonzalez concluísse sua condicional em Cuba em troca da libertação de Gross. Pela proposta norte-americana, Gonzalez, que tem cidadania cubana e norte-americana, deveria deixar de ser cidadão dos Estados Unidos.

A questão da troca de Gross por Gonzalez foi levantada pelo ex-governador do Novo México, Bill Richardson, assim como por graduados funcionários norte-americanos numa série de reuniões com autoridades cubanas.  Richardson esteve em Cuba no mês passado para tentar libertar Gross.

O funcionário norte-americano destacou que a oferta seria discutida apenas após a libertação de Gross, sem garantias de que a política norte-americana para a ilha seria alterada.

Bate-papo
Fernando Morais » escritor

Como e quando você se deparou com a história dos agentes secretos cubanos e por que resolveu escrevê-la?

Eu soube da história pelo rádio de um táxi, no meio do trânsito, em São Paulo, no dia das prisões dos dez agentes cubanos pelo FBI, em Miami, em setembro de 1998. Assim que pude, viajei a Cuba para tentar levantar o assunto, mas encontrei todas as portas fechadas. Para se ter uma ideia, Cuba só assumiu que eles de fato eram agentes de inteligência três anos depois, em 2001. O tema era tratado como segredo de Estado.

Como foi pesquisar em Cuba? Você teve pleno acesso a documentos oficiais? E do lado norte-americano?

Os cubanos só liberaram o assunto para mim em 2005, mas nessa época eu estava envolvido com o projeto do livro O Mago, a biografia do Paulo Coelho. Com isso, só pude entrar na história dos cubanos em 2008. A partir de então fui várias vezes a Havana, Miami e Nova York. O governo de Cuba liberou todo o material disponível e permitiu que eu entrevistasse quem quisesse, inclusive mercenários estrangeiros que haviam sido presos após colocar bombas em hotéis e restaurantes turísticos de Cuba e que tinham sido condenados à morte.

Nos Estados Unidos foi mais difícil. Como os agentes do FBI são proibidos de dar declarações públicas, só consegui entrevistas em off. Mas graças ao FOIA - Freedom of Information Act, a lei que regula a liberação de documentos secretos - e após pesquisas nos arquivos da Justiça Federal da Flórida, tive acesso a cerca de 30 mil documentos enviados pela Rede Vespa a Cuba e que haviam sido apreendidos pelo FBI nas casas dos agentes cubanos em Miami. E os serviços de inteligência cubanos me deram uma cópia do megadossiê sobre o terrorismo na Flórida que Fidel Castro entregou a Bill Clinton com a ajuda do escritor Gabriel García Márquez.

Parece-me que o acesso aos cinco cubanos que estão presos nos EUA é bem complicado. As próprias famílias nem sempre conseguem visitá-los. O senhor verificou isso na prática? Conseguiu contato direto com eles?

Como não sou parente de nenhum deles nem cidadão norte-americano, não pude visitar pessoalmente nenhum deles. Só consegui autorização para me comunicar com eles por internet. Mas com um limite de 13 mil caracteres por mês. Se as mensagens tivessem mais de 13 mil caracteres, se deletavam automaticamente. Falei também com alguns deles por telefone, pegando carona na franquia mensal de chamadas que suas mulheres e filhos tinham.

Algum deles lhe pareceu um personagem mais interessante?

Todos são personagens muito interessantes, acho que daria para fazer um livro sobre cada um deles. Decidi me concentrar em alguns deles, não só por serem os que tiveram desempenho mais, digamos, cinematográfico, mas também por entender que encarnavam de maneira mais ampla o sentido da missão que o grupo desempenhava nos Estados Unidos: infiltrar-se em organizações de extrema-direita da Flórida que estavam patrocinando ataques terroristas contra Cuba. Mas há personagens muito interessantes também, do ponto de vista jornalístico, do outro lado do balcão. Por exemplo, o mercenário salvadorenho que entrevistei em Cuba e que rendeu dois capítulos do livro.

Quem eram essas pessoas que planejavam os ataques a Cuba naquela época? E quem eram os mercenários que os executavam? Faziam só por dinheiro ou havia alguma questão de fundo?

Eram organizações de extrema-direita, que atuavam como entidades humanitárias para ocultar seu verdadeiro objetivo. Os mercenários, salvo uma ou outra exceção, como o salvadorenho a quem me referi, atuavam por dinheiro. Mais precisamente, recebiam U$ 1,5 mil por bomba colocada em Cuba.

O senhor já tinha escrito sobre Cuba, antes. Como vê a Ilha hoje?

Vejo com grande otimismo. As mudanças econômicas postas em prática pelo presidente Raúl Castro são, na verdade, correções de erros cometidos nos primeiros anos pós-Revolução, quando o radicalismo não tinha limites. Mas confesso que não vejo perspectivas de mudanças políticas significativas enquanto perdurar o bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba.

* Fonte: entrevista publicada na Tribuna do Norte dia 16 de outubro - reproduzida do Portal Vermelho (www.vermelho.org.br)


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