Sebrae leva artesanato e cultura ao Flipipa



Um dos destaques da Vitrine Sebrae no Festival Literário da Pipa é a coleção Iaraguá, produzida por artesãos com a assinatura do artista plástico Flávio Freitas


Associar a cultura popular à literatura é a proposta do Sebrae no Rio Grande do Norte ao levar para a quarta edição do Festival Literário da Pipa (Flipipa) uma mostra do melhor artesanato que é produzido no Estado. Tipologias premiadas de diferentes regiões e um projeto pioneiro que leva assinatura do artista plástico Flávio Freitas compõem a mostra que será instalada pelo Sebrae no festival, previsto para ocorrer no período de 22 a 24, na praia de Pipa, em Tibau do Sul (RN).

Todas as peças serão expostas na Vitrine Sebrae, dando visibilidade ao trabalho dos grupos produtores. Um dos destaques são peças da coleção Iaraguá, produzidas por artesãos de São Gonçalo do Amarante e com a orientação artística de Flávio Freitas. A coleção reúne sete grupos de objetos decorativos e utilitários no estilo rústico moderno, que têm como diferencial a intervenção de design, modelagem e o traço inconfundível do artista plástico, associados a uma pesquisa etnográfica.

Os objetos remetem aos utensílios criados nas aldeias dos índios Tupis, ainda no período colonial Daí o nome Iaraguá, que significa ‘senhor do vale’ na língua tupi-guarani. É um novo olhar sobre o artesanato popular, produzido a partir de um resgate cultural, e aliado a um conceito artístico. O trabalho foi desenvolvido por um grupo de 15 artesãos da Cooperativa de Produção Artesanal do Potengi, que já confeccionam peças em cerâmica de barro. Todos os artigos do artesanato serão utilizados nos espaços decorados.

O trabalho de outros três grupos de artesãos também merece atenção. Trata-se do artesanato cujas peças venceram o Prêmio Top 100 de Artesanato, que traça um ranking do melhor da produção artesanal do Brasil. Neste ano, três tipologias do Rio Grande do Norte foram campeãs da premiação e estarão à disposição dos visitantes da Flipipa tanto para apreciação como para aquisição.
Uma delas vem da praia de Ponta do Mel, localizada na região Oeste do estado. Após participar de capacitações realizadas pelo Sebrae, a artesã Maria do Socorro dos Santos encarou o desafio de transformar o paneiro - uma espécie de fibra que recobre o cacho do coco - em peças artesanais. E o resultado saiu à altura do desafio: belas bolsas e acessórios femininos que têm excelente aceitação no mercado. Maria do Socorro inovou ao agregar às peças bordados do Seridó, reconhecidos por sua qualidade.

Outro grupo que expõe na Flipipa é a Associação de Proteção e Assistência à Maternidade, Infância e ao Meio Rural de Vera Cruz (Apami), que desenvolve um artesanato feito com a fibra da palha do coqueiro. Manipulada pelas mãos dos artesãos, a matéria prima resulta em objetos decorativos, como vasos, cestas, tampos para abajur e utilitários.

Outra mostra de produtos que estão entre os 100 melhores do Brasil são os bordados da cidade de Timbaúba dos Batistas, no Seridó. Reconhecido por sua qualidade, o bordado adorna toalhas de mesa, estolas, toalhas de banho e roupas. Tudo feito por integrantes da Associação de Bordadeiras e Artesãos de Timbaúba dos Batistas.