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Poesia, resistência, biografias e história política do Brasil marcaram o segundo dia do Flipipa


“Não esqueçamos jamais que as ideias são menos interessantes do que os seres humanos que as inventam, modificam, aperfeiçoam ou traem”. A frase do cineasta francês François Truffaut, colhida pelo escritor Mário Magalhãaes  na abertura do livro “Marighella, o guerrilheiro que incendiou o mundo”, explica o clima de encantamento e emoção na segunda noite do Festival Literário da Pipa. Uma noite iluminada por trajetórias de grandes personagens da história brasileira,  cujas ações ajudaram a explicar o Brasil de ontem e de hoje.
 

Foram três momentos distintos que se interligaram de alguma forma: a trajetória do poeta Chacal, um dos maiores nomes da poesia brasileira, que abordou o tema “Literatura e resistência”; o historiador e escritor Rodrigo Lacerda, neto do político e jornalista Carlos Lacerda (1914-1977), apresentando cada personagem do livro “A Saga dos Lacerda: Do fim do Império a Era Vargas”; e o jornalista e biógrafo Mário Magalhães, que esmiuçou a frenética trajetória do guerrilheiro, político e poeta Carlos Marighella.


O primeiro personagem da mesa literária não está só nos livros, mas presente fisicamente. Aos 63 anos, o poeta e letrista Ricardo Chacal, um dos mais originais e irreverentes nomes da poesia brasileira, contou que sua formação poética se deu muito mais através da música do que pela literatura. “Cresci vendo e ouvindo muita música. Meu pai era jogador de futebol e minha mãe dona de casa, mas ambos adoravam ouvir tangos, boleros, musicais. E minhas irmãs eram fãs de Elvis, Beatles. Aprendi poesia também ouvindo marchinhas de carnaval, o samba. Depois veio a Tropicália...”


“Chacal” foi um dos primeiros poetas da década de 1970 a se utilizar do mimeógrafo para divulgar sua poesia com o livro Muito Prazer (1971). Tempos de ditadura militar, quando as manifestações culturais nacionais passaram a ser perseguidas. A poesia virou arte marginal e nesse cenário surgiram artistas de grande cristividade poética, que produziram suas próprias publicações.
Chacal é também exemplo de que os sonhos não envelhecem. Desde 1990 é diretor do CEP 20.000, espaço de efervescência poética no Rio de Janeiro. O endereço completou este ano 24 anos como ponto de encontro onde a poesia falada é a estrela do espetáculo.  Para as novas gerações, ele provoca: "É hora da poesia sair dos livros e ganhar o palco. Não precisa escrever um livro para fazer reverberar um poema", disse.


A segunda mesa da noite apresentou ao público personagens instigantes da história política brasileira, através do historiador e escritor Rodrigo Lacerda. O autor faz um retrato biográfico do avô Carlos Lacerda e demais membros da família. Homens de um mesmo sobrenome, mas com opiniões tão divergentes, e ao mesmo tempo tão geniais em suas ações, que foram crusciais, cada um a seu modo, para o cenário político do Brasil desde o final do império, passando pela primeira República até a  Era Vargas.  O debate contou ainda com perguntas dos potiguares Ticiano Duarte e Diógenes Dantas. O primeiro pontuou a passagem de Carlos Lacerda, avô de Rodrigo, pelo governo da Guanabara. Perguntando pelo debatedor Diógenes Dantas qual personagem foi a maior surpresa para o autor ao escrever sobre “A República das Abelhas”, Rodrigo destacou o Maurício Lacerda, pai do seu avô que foi deputado federal.   “Maurício foi um homem a frente do seu tempo”.


Última mesa da segunda noite, "Marighella e a batalha das biografias não autorizadas" lançou luz na história de um dos mais importantes nomes da história política do Brasil. O escritor e jornalista Mário Magalhães, um verdadeiro carpinteiro na busca por informações raras, resgatou histórias e contou como construiu a biografia do político, guerrilheiro e poeta Carlos Marighella. Tendo mediador o jornalista Cassiano Arruda Câmara, Magalhões explicou a construção da pesquisa que resultou no livro, abordou a luta pela mudança da lei que vigora sobre as biografias não autorizadas no Brasil e respondeu perguntas do público, lembrando personagens importantes que cruzaram o caminho do biografado como Frei Tito e Sobral Pinto.

“Marighella, o guerrilheiro que incendiou o mundo” recebeu vários prêmios, entre eles o prêmio Jabuti de Melhor Biografia. Segundo Magalhães, a obra está na quinta reimpressão, somando mais de 45 mil exemplares vendidos. O autor também vendeu os direitos de adaptação para o cinema, ao ator e diretor Wagner Moura e o cineasta Fernando Meirelles, que farão um filme de ficção inspirado nas ações de Marighella. 
Ao falar da eterna batalha das biografias, lembrou que apesar de ter escrito uma obra bem sucedida comercialmente, ela não rendeu nem 15% do salário que receberia se não tivesse deixado o cargo de repórter especial e obundsman da Folha de São Paulo, para passar cinco anos debruçado nessa pesquisa. 
“A legislação vigente no Brasil é obscurantista, ela proíbe relatos históricos independentes impondo censura prévia, impossibilitando que o brasileiro conheça a própria história. Muitos biógrafos, jornalistas e historiadores estão abandonando projetos de biografias, temerosos de que as famílias impeçam a publicação de livros”, disse.

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Participação de estudantes e crianças garante o sucesso do Pipinha Literária

Cia Cênica Ventura apresenta espetáculo “Andarilhos do Coração” — Adaptação da Cia Cênica Ventura para texto de Ariano Suassuna.  Foto: Joana Lima

Braço educativo do Festival Literário da Pipa desde a primeira edição, o Pipinha Literária a cada ano ganha mais corpo e atrações. Através da parceria Flipipa com Sistema Fecomércio/Sesc, Sesi/Solar Bela Vista e selos literários locais, o evento tem atraído centenas de estudantes de escolas da região, professores, arte-educadores e muitos turistas.
As atividades tem ocupado a tenda e área externa do Festival Literário da Pipa a partir das 8h da manhã, com grande público. Na área de leitura, além da Bibliosesc, foi montado um aconchegante espaço de leituras e contações de histórias. Em torno dessa tenda lúdica, os adultos podem garimpar obras literárias no  “Espaço Livros”, onde estão as editoras Queima Bucha, Cooperativa UFRN, Sebo Vermelho e Vitrine Livros Sebrae.

Originalmente escrita para teatro de bonecos, a peça de Ariano Suassuna ganha montagem com atores de verdade.  Foto: Joana Lima


Outro espaço muito legal é o Flipipa/Sesi, Através do Solar Bela Vista, o local reúne vários escritores em Rodas de Prosa nos finais de tarde. Mais cedo, acontecem as oficinas de produção de livretos com Mariana Flor e xilogravura com o desenhista Emanuel Amaral. Já passaram pela Roda de Prosa  Regina Azevedo, Carito Cavalcanti, Pedro Tostes (SP), Carlos Fialho, Pablo Capistrano e Leonardo Barros. Hoje, ainda tem cordel com Clotilde Tavares e Rodrigo Bico.

Roda de Prosa no Espaço Flipipa Sesi.  Foto: Joana Lima

Na Tenda dos Autores, o Sesc vai promove a apresentação da peça “Andarilhos do Coração” — Adaptação da Cia Cênica Ventura para texto de Ariano Suassuna; “Bangular”, do Ballet da Cidade, as intervenções “Assalto poético” e “Poesia Ao pé do ouvido”, com o Grupo Sesc de Dramaturgia, além de ação de Incentivo à Leitura com autores convidados, Salizete Freire, José de Castro, Juliano Souza e Michelle Ferret.

Editoras Queima Bucha, Cooperativa Cultural e Sebo Vermelho movimentam o Espaço Livros do Flipipa. Foto: Joana Lima

Na Cozinha Brasil/Sesi, os visitantes podem degustar comidinhas que trazem o conceito de aproveitamento integral dos alimentos. O local também tem artesanato Sebrae e cafeteria Santa Clara.

Tenda dos Autores recebe escritores da Ação de Incentivo à Leitura do Sesc. Foto: Joana Lima
Ballet da Cidade do Natal apresenta Bangular, coreografia inspirada em Histórias dos Nossos Gestos, de Câmara Cascudo
BblioSesc estacionou no Flipipa
José de Castro e Salizete em Ação de Incentivo à Leitura
Contação de histórias e árvore do livro
Garotada atenta às histórias da Estação de Contos

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Primeiro dia do Flipipa debateu legados literários de Paulo Leminski e João Ubaldo. Confira as imagens

Mário Ivo e José Miguel Wisnik falam sobre legado de Paulo Leminski
Grupo Estação de Contos encena espetáculo à tarde na Tenda dos Autores
Vicente Serejo e Abel Silva abordam a literatura e a personalidade de João Ubaldo. Foto: Joana Lima

A Tenda dos Autores, epicentro do festival, foi tomada logo cedo por uma plateia atenta e interessada na manhã de quinta-feira (7), dia de abertura do evento. As ações são voltadas para professores e estudantes da rede pública de ensino da região de Pipa e Tibau do Sul. O público que lotou o espaço conferiu a encenação do espetáculo “Andarilhos do Coração”, adaptação da Cia Cênica Ventura, com direção de Lindemberg Farias, para o texto teatral de Ariano Suassuna "Torturas de um coração ou Em Boca fechada não entra mosquito”, escrito em 1951.

José Miguel Wisnik interpretou canções compostas por Leminski, como "Verdura", gravada por Caetano



Mais tarde, os debates literários tiveram início com "João Ubaldo Ribeiro: O Mestre da palavra", com Abel Silva, Vicente Serejo e Margarida Seabra. O trio de convidados foi dinâmico, com Serejo pontuando livros e passagens das obras de João Ubaldo e Abel e Margarida costurando histórias afetivas, mais pessoais, sobre um dos maiores escritores brasileiros.

Zé Miguel pontuou obra de Leminski em textos e músicas


"Toda poesia em Leminski", contou com debate sobre obra do poeta curitibano e o sucesso de sua poesia entre as novas gerações. A abordagem do debate misturou leitura de textos e interpretação de músicas compostas por Leminski, interpretas ao piano pelo pianista, escritor e ensaísta José Miguel Wisnik, com mediação de Mário Ivo Cavalcanti.

Margarida Seabra, Vicente Serejo e Abel Silva: Ubaldo, o Mestre da Palavra


José Miguel Wisnik e Mário Ivo Cavalcanti
Letrista, poeta e escritor Abel Silva

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Abertura do Flipipa 2014 reúne estudantes da rede pública de ensino


A Tenda dos Autores, epicentro da programação do Festival Literário da Pipa, foi tomada por uma plateia atenta e interessada na manhã desta quinta-feira (7), dia de abertura do evento. As ações são voltadas para professores e estudantes da rede pública de ensino da região de Pipa e Tibau do Sul. O público que lotou o espaço conferiu encenação do espetáculo “Andarilhos do Coração”, adaptação da Cia Cênica Ventura, com direção de Lindemberg Farias, para o texto teatral de Ariano Suassuna "Torturas de um coração ou Em Boca fechada não entra mosquito”, escrito em 1951. 

A encenação mistura técnicas circenses, com os atores interpretando seus personagens em cima de pernas de pau. A música é interpretada ao vivo com canções especialmente criadas para o espetáculo, sob direção musical de Caio Padilha, uma espécie de opereta-comédia-popular. (Fotos de celular)





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Literatura entre amigos


O escritor João Ubaldo Ribeiro (1941-2014) era daqueles que fazem a festa dos amigos. Apesar da voz e da postura características dos homens de antigamente, sempre tinha um causo bem humorado na manga para descontrair o ambiente. Quem afirma isso é Abel Silva, poeta e compositor carioca, um dos amigos mais chegados do escritor baiano que morreu no último dia 18 de julho. Abel abre a programação do Festival Literário da Pipa nesta quinta-feira, às 19h, na Tenda dos Autores, onde conversa sobre o autor de “Sargento Getúlio” e do clássico “Viva o povo brasileiro” com o jornalista Vicente Serejo e a advogada natalense Margarida Seabra, amiga de Ubaldo e madrinha de uma das filhas dele.

Parceiro de nomes consagrados como Fagner, João Donato, João Bosco, Moraes Moreira, Edu Lobo, João do Vale, Francis Hime, Simone, Roberto Menescal e Sueli Costa, com quem compôs “Jura Secreta” (Só uma palavra me devora / Aquela que meu coração não diz / Só o que me cega é o que me faz infeliz / É o brilho do olhar que eu não sofri), Abel Silva, 69, também assina os sucessos “Quando o amor acontece”, “Festa do Interior”, “Simples carinho” e Desenho de giz”.

Tenda dos Autores, na praia da Pipa, recebe público
para debate sobre João Ubaldo Ribeiro,
tendo como convidado o poeta Abel Silva
Em plena atividade, Silva segue escrevendo e compondo: no momento trabalha no repertório inédito de um novo CD com Roberto Menescal, um dos grandes nomes da Bossa Nova; acaba de encerrar o recheio poético para o livro “O Butim” (de pilhagem), inspirado nos protestos que sacudiram o Brasil no último ano; e finaliza ao lado da esposa, a fotógrafa Lena Trindade, seu primeiro título infanto-juvenil chamada “Os Reis da Camuflagem”.

“Comecei a escrever intensamente ‘O Butim’ junto com as manifestações, fui ver de perto como agiam os black blocs - confesso que comecei sem entender muito e terminei sem entender nada. Fiquei imaginando o que eles vão trazer para a vida deles dessa experiência. Vi gente muito jovem invadindo loja de roupa em nome da ‘revolução’(?). Foi estranho aquilo”. Já a segunda obra trata “dessa história de se misturar. Pegamos esse grande mistério da natureza e transformei em versos. O ser humano vive se camuflando, as palavras camuflam”, garante.

Abel Silva concedeu entrevista exclusiva ao VIVER por telefone, falando direto de sua casa na rua Lopes Quintas, Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, mesmo logradouro onde nasceu Vinícius de Moraes. “Quando vim morar aqui nem sabia disso, mas estou bem acompanhado”, diverte-se.

O tema da mesa que você participa no Flipipa é João Ubaldo Ribeiro, um grande amigo seu. Como se conheceram?
No Rio de Janeiro, temos duas salas de visitas: a praia e o bar. E conheci o João como a maioria das pessoas se conhecem por aqui, principalmente os artistas e intelectuais em geral, nos bares. Nos encontrávamos no bar Arataca, no Leblon, um lugar absurdamente simples, desses que tem cadeiras de cervejaria, onde também conheci Tom Jobim, Ronaldo Bôscoli, Tônia Carrero, às vezes Millôr Fernandes também aparecia por lá. Hoje o bar não existe mais, mas era um point. João Ubaldo era dos clientes mais frequentes, bebia no Arataca e quando chegava a “hora do pasto”, como costumava dizer, ia ali bem pertinho, na churrascaria Plataforma, que até hoje funciona.

Você esteve com João Ubaldo cinco dias antes de ele morrer, viram a final da Copa do Mundo juntos. Ele estava bem de saúde, percebeu alguma coisa diferente?
Percebi, sim. Ele estava muito feliz como poucas vezes tinha visto. Não estava reclamando de nada, um mal estar, nada, estava bem. Torcemos juntos pela vitória da Alemanha, e não contra a Argentina [risos], sob o pretexto que um neto dele havia nascido por lá. Usou o neto como desculpa. Era um brincalhão; cansou de me receber cantando “Jura Secreta” com voz empostada dizendo que a letra era minha. Ele tirava onda e eu morria de vergonha, ficava constrangido com aquilo e dizia que era o melhor intérprete de “Jura Secreta” dos bares [risos]. Tinha um grande carinho pelos amigos, tanta generosidade que tenho até vergonha de repetir os adjetivos.

E pelo visto também vivia em um estado permanente de bom humor?
O tempo todo. Era uma pessoa criativa, um improvisador. Tirava incessantemente da cartola assuntos e causos fantásticos. O álcool pode ter feito mal a ele a longo prazo, mas quando estava bebendo era um barato, um barato para todos. Lembro que quando João Ubaldo passou um tempo sem fumar nem beber, uns seis anos por aí, ficou diferente. Quando estava com 69 para 70 anos, voltou a fazer as duas coisas, dizia que a família tinha histórico de gente que vivia bastante, perto dos cem anos. Meio que ligou o foda-se. Deixou muita saudade, quando os amigos falam dele vem aquela tristeza, mas logo vem uma história engraçadíssima para contar. É melhor lembrar dele assim, alegre.

João Ubaldo tem lugar cativo na literatura brasileira...
Com certeza. Mesmo caso de Millôr, Suassuna, Jorge Amado, Cascudo, autores que contavam sobre um Brasil que não existe mais. Essas pessoas são insubstituíveis. João Ubaldo tinha a memória de um Brasil de outros tempos, buscava inspiração na própria família, nas lições que aprendia com Jorge Amado, que ele tinha como mestre, e soube transformar tudo isso em literatura. O mais importante foi acrescentar a essa memória uma cultura moderna, cosmopolita. Ele tinha a voz e a postura de um homem antigo, mas os assuntos e suas ideias eram absolutamente contemporâneas.

E pra fechar: suas composições foram interpretadas por várias vozes. Alguma em especial, que gostaria de ver cantando uma música sua que não está na lista?
Tem sim. Queria muito ver o João Gilberto cantando “Brisa do Mar”, que fiz com João Donato. Ele não gravou, mas o Chico Buarque, sim.

PROGRAMAÇÃO

Quinta-feira, dia 7

. 8h30 às 12h e das 13h30 às 21h – caminhão da BiblioSesc (biblioteca itinerante); Espaço Livros (estandes de editoras convidadas Queima Bucha, Sebo Vermelho, Cooperativa Cultural da UFRN e Vitrine Livros Sebrae); Cozinha Brasil com unidade móvel do Sesi; oficina de produção de livretos para estudantes de escolas públicas; contação de histórias com o poeta José Acaci; ação de Incentivo à Leitura, com Salizete Freire e José de Castro; e encenação do espetáculo “Andarilhos do Coração”, com a Cia. Cênica Ventura

Tenda dos Autores
. 19h - Mesa 1: “João Ubaldo Ribeiro, Mestre da Palavra”, com o poeta, letrista e escritor Abel Silva (RJ), o jornalista Vicente Serejo e a advogada natalense Margarida Seabra, amiga pessoal do autor baiano.

. 20h30 – Mesa 2: “Toda poesia em Paulo Leminski”, com o músico, compositor e ensaísta José Miguel Wisnik (RJ) e o jornalista Mário Ivo Cavalcanti.

* Fonte: Tribuna do Norte

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Sesc e Sesi promovem atividades para jovens


Em parceria com o Flipipa, o Sesc e Sesi realizam atividades voltadas para estudantes, professores e público em geral, ocupando a tenda e área externa do Festival Literário da Pipa, onde acontece o festival de 07 a 09.  Na área de leitura, além da Bibliosesc, haverá o “Espaço Livros”, com estandes das editoras Queima Bucha, Cooperativa UFRN, Sebo Vermelho e Vitrine Livros Sebrae. Na área de gastronomia estará a Cozinha Brasil.

No espaço Solar Bela Vista vai ter oficina de produção de livretos com Mariana Flor e Roda de Prosa sobre poesia com  Regina Azevedo, Carito Cavalcanti, Pedro Tostes (SP) , sobre prosa com Carlos Fialho, Pablo Capistrano e Leonardo Barros, e cordel com Clotilde Tavares e Rodrigo Bico. Também está programada a Oficina de Xilogravura com o desenhista Emanuel Amaral.

Na Tenda dos Autores, o Sesc vai promover a apresentação da peça “Andarilhos do Coração” — Adaptação da Cia Cênica Ventura para texto de Ariano Suassuna; “Bangular”, do Ballet da Cidade, as intervenções “Assalto poético” e “Poesia Ao pé do ouvido”, com o Grupo Sesc de Dramaturgia, além de ação de Incentivo à Leitura com autores convidados, Salizete Freire, José de Castro, Juliano Souza e Michelle Ferret.

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Confira a programação geral da Tenda dos Autores e Pipinha literária

V FESTIVAL LITERÁRIO DA PIPA – #FLIPIPA 2014
De 07 a 09 de agosto, na Praia da Pipa/Tibau do Sul-RN
Local: Rua Praia dos Golfinhos s/n (Estacionamento da Pipa)
Entrada franca

PROGRAMAÇÃO GERAL

07/08 quinta-feira

Caminhão da BiblioSesc estaciona no Flipipa
۞Área Externa - 8h30 às 12h/13h30 às 21h
BiblioSesc — Biblioteca móvel do Sesc, montada sobre um caminhão e equipada com mais de 3 mil livros. Espaço de leitura no local e empréstimos de livros durante os três dias de atividade do Festival.

Espaço Livros - Estandes das editoras Queima Bucha, Cooperativa Cultural Universitária – UFRN, Sebo Vermelho e Vitrine Livros Sebrae.
Editoras como a Cooperativa Cultural estarão
no Espaço Livros

Culinária – Unidade móvel da SESI - Cozinha Brasil.

۞Espaço FLIPIPA/SESI – Das 09h às 12h

Oficina de Produção de livretos com Mariana Flor, para estudantes de escolas públicas

Andarilhos do Coração, da Cia Ventura, é inspirado em
texto de Ariano Suassuna
۞ Tenda dos Autores – FLIPIPA/SESC - 9h

Apresentação da peça “Andarilhos do Coração” — Adaptação da Cia Cênica Ventura, com direção de Lindemberg Farias, para o texto teatral de Ariano Suassuna "Torturas de um coração ou Em Boca fechada não entra mosquito”, escrito em 1951. A encenação mistura técnicas circenses, com os atores interpretando seus personagens em cima de pernas de pau.

A música é interpretada ao vivo com canções especialmente criadas para o espetáculo, sob direção musical de Caio Padilha, uma espécie de opereta- comedia- popular.

Ação de Leitura com o escritor José de Castro
Escrito originalmente para o teatro de bonecos, a peça ganha atores de verdade que dão vida a personagens como esperto negro Benedito, o valente Vicentão, o bonitão Afonso Gostoso e a bela Marieta, a mulher mais cobiçada da cidade. (Faixa  etária: Livre)

۞ Tenda dos Autores – FLIPIPA/SESC - 10h
Contação de histórias com o poeta e professor José Acaci (Público-alvo: estudantes de escolas públicas)

۞ Tenda dos Autores – FLIPIPA/SESC – 10h30
Ação de Incentivo à Leitura com autores convidados Salizete Freire e José de Castro

Escritores ligados à literatura infanto-juvenil conversam sobre criação literária e diversas histórias que permeiam o mundo da leitura, o prazer de ler e as aventuras e conhecimentos que esta proporciona. Conta com um mediador do bate-papo, proporcionando a interação da plateia com o escritor palestrante.

۞ Tenda dos Autores – FLIPIPA/SESC – 14h
Reapresentação de “Andarilhos do Coração” - Adaptação da Cia. Cênica Ventura, com direção de Lindemberg Farias, para o texto teatral de Ariano Suassuna "Torturas de um coração ou Em Boca fechada não entra mosquito”.

۞ Tenda dos Autores – FLIPIPA/SESC – 15h
Contação de histórias com o poeta e professor José Acaci

۞ Tenda dos Autores – FLIPIPA/SESC – 15h30
Ação de Incentivo à Leitura com autores convidados Salizete Freire e José de Castro

۞Espaço FLIPIPA/SESI - 15h às 16h

Contação de Histórias

Paulistano Pedro Tostes conversa sobre poesia
na Roda de Prosa do Sesi Flipipa
۞Espaço FLIPIPA/Sesi - 17h às 18h30
Roda de Prosa com Regina Azevedo, Carito Cavalcanti e Pedro Tostes (SP)
Tema: “Poesia”. Convidados debatem produção poética(Local? Brasileira?), obras comentadas e processos de escrita. Lançamento de livro de Pedro Tostes (SP)










۞ Tenda dos Autores /Debates – 19h30

Mesa 1: “João Ubaldo Ribeiro, Mestre da Palavra”

Poeta, litrista e escritor Abel Silva relembra
o Mestre Ubaldo Ribeiro
Com Abel Silva, Vicente Serejo e Margarida Seabra Letrista, poeta, escritor, Abel Silva também teve o privilégio de conviver com o escritor João Ubaldo Ribeiro (1941-2014).

Para o compositor, João Ubaldo Ribeiro vem de uma linhagem de escritores brasileiros ligados à tradição e ao conhecimento da fala e da mitologia popular. Homem de cultura sofisticadíssima, tradutor de Shakespeare, Ubaldo era profundo conhecedor da literatura brasileira. E, com tudo isso, era também muito modesto: “Era poliglota e jamais o vi usar expressões em inglês ou alemão, por exemplo, línguas nas quais era fluente", conta Abel Silva. Essas e muitas outras histórias serão lembradas por ele, com participação de amigos e leitores como Vicente Serejo e Margarida Seabra.

Abel Ferreira da Silva (Cabo Frio, 1945) formou-se em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi professor de Literatura Brasileira na UFRJ e na PUC-Rio durante toda a década de 1970, atuando, também, como editor de cultura do jornal "Opinião". Em 1975, lançou, com Capinan, a revista cultural "Anima". Enveredou-se pela poesia e, no auge da repressão militar, em 1971, lança o romance ‘O Afogado’. Em 74 publica o livro de contos ‘Açougue das Almas’ e em 79 seu primeiro livro de poesias, intitulado ‘Asas’. Sua carreira de compositor começou por acaso.

De sua amizade com Raimundo Fagner surgiu a primeira parceria, ‘Bodas de Sangue’ e depois ‘Asa Partida’. Já como poeta-letrista, Abel marcou presença junto a outros compositores e intérpretes nordestinos, como João do Vale, Sueli Costa, Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Marinês, Robertinho do Recife, Amelinha e Morais Moreira. Dessas parcerias vieram obras-primas da MPB como Jura Secreta, Festa do Interior, Raio de Luz.

Serejo falará sobre personagens da obra de João Ubaldo
Vicente Serejo (Macau, RN, 1951). Reconhecido como um dos grandes cronistas do jornalismo potiguar, formou-se em Jornalismo pela UFRN e foi professor do curso de Comunicação Social. No Diário de Natal foi repórter e, nos anos 1970, estreou a coluna “Cena Urbana”, de publicação diária, onde escrevia crônicas. Algumas foram reunidas em seu primeiro livro “Cena Urbana” (Editora da UFRN, 1982).

Em 1984, transformou um veraneio na praia da Redinha em fonte de inspiração para escrever uma série de cartas endereçadas ao ‘Sr Editor’. Em narrativas de alto teor lírico, redescobre suas tradições, costumes, resgatando tipos humanos e acontecimentos do cotidiano. Trabalhou no jornal A Gazeta do Oeste. Nos anos 90 estreou como colunista do Jornal de Hoje, onde mantém até hoje a coluna “Cena Urbana”. Publicou também “Canção da Noite Lilás – Crônicas” (Lidador, 2000).

Amiga de João Ubaldo, Margarida Seabra relembrará
passagem do escritor por Natal
Margarida Seabra é Advogada, com atuações da área do direito civil, tributário e administrativo. Atuou como Promotora de Justiça na área da Pessoa com Deficiência, entre outros cargos. Amiga de longa data de João Ubaldo Ribeiro, Margarida e sua família inspiraram “Do poder da arte e da palavra”, conto publicado em 1981 no “Livro de Histórias” – obra reeditada dez anos depois sob o título “Já podeis da pátria filhos”.

Na intimidade, o escritor baiano era a pessoa “mais divertida do mundo, uma pessoa diferente de todas que já conheceu”, destaca Margarida.


۞ Tenda dos Autores – 20h30

Mesa 2: “Toda poesia em Paulo Leminski”

José Miguel Wisnik e a poesia de Paulo Meminski
Com José Miguel Wisnik e  Mário Ivo Cavalcanti
Mário Ivo Cavalcanti (e) volta ao Flipipa para mediar
mesa sobre Leminski

“Paulo Leminski sempre foi ágil como um judoca no trato com as ideias e com as palavras. A relação que tinha com as artes marciais (o poeta foi Faixa-preta no Judô), mas também com a concisão oriental, que ele praticou na sua aclimatação brasileira do hai-kai, com a poesia concreta e com a voga libertária da contracultura dos anos 1970, assim como sua experiência como publicitário, tudo isso contribuiu para a recepção atual da sua poesia.

Foi parceiro musical de Caetano Veloso e de Itamar Assumpção, entre outros. Autor do posfácio de “Toda Poesia” (Companhia das Letras em 2013), obra considerada um fenômeno de vendas para os padrões de títulos do gênero, José Miguel Wisnik abordará a presença da obra de Leminski entre as novas gerações, mas também o “folclore digital”, que atribui erroneamente, ao poeta curitibano, textos e frases banais.

Professor de Literatura Brasileira na USP, José Miguel Wisnik estudou piano clássico antes de optar pelas Letras. Com quase uma dezena de livros lançados e quatro discos gravados, coleciona parcerias musicais com Tom Zé, Ná Ozetti, Jorge Mautner, Caetano Veloso e o próprio Leminski, com quem criou “Polonaise” e “Subir mais”. José Miguel também assinou a direção musical do álbum “Do cóccix até o pescoço” que marcou a volta de Elza Soares aos holofotes. Publicou Movimento Modernista e, em O Som e o Sentido, O coro dos contrários - a música em torno da Semana de 22 (Duas Cidades.) É estudioso do legado de Oswald de Andrade e Machado de Assis.

Mário Ivo Dantas Cavalcanti é jornalista há 25 anos. Trabalhou na revista semanal “Extra”, publicação do jornal “Il Manifesto”, em Roma Itália, na década de 1990. Entre 2007 e 2009, manteve uma coluna diária no “JH 1ª edição”. É editor da revista “Preá”, da Fundação José Augusto, desde 2011. Como escritor lançou “Cartas náuticas” (Editora Flor do Sal, 2008), um romance epistolar no qual um remetente desconhecido, M, envia cartas de amor a uma pessoa também sem nome, da qual não conhecemos as respostas enviadas. Tem trabalhos premiados nas áreas de publicidade, vídeo e literatura, inclusive internacionais.

08/08 sexta–feira

۞Área Externa - 8h30 às 12h/13h30 às 21h
BiblioSesc — Biblioteca móvel do Sesc, montada sobre um caminhão e equipada com mais de 3 mil livros. Espaço de leitura no local e empréstimos de livros durante os três dias de atividade do Festival.

۞ Tenda dos Autores – FLIPIPA/SESC – 9h
Bangular, do Ballet da Cidade do Natal, é inspirado na obra cascudiana "Histórias dos nossos gestos"
Ballet da Cidade do Natal apresenta “Bangular”

Espetáculo do Ballet da Cidade do Natal assinado pelo coreógrafo Mário Nascimento (SP/MG), que mergulha na obra do historiador e etnógrafo Luís da Câmara Cascudo, baseado no livro “Histórias dos nossos gestos”, no qual o autor se refere ao termo 'Bangular' como um vagar a esmo, sem rumo. A trilha sonora é composta por vários poemas musicalisados de autores potiguares: Câmara Cascudo (“Lundu de Collen Moore” – Gereba Barreto/Virgínia Rosa; “Brouhaha” – José Midlin, Raimundo Fagner e Alceu Valença; “Maria Luiz” – Raimundo Fagner). José Bezerra Gomes (Marido e Mulher –Cid Campos/Leonora Barros); “Abaixo a” Moacy Cirne - Marcelo Brissac, “I hear america singing” de Walt Whitman tradução de Câmara Cascudo com Cid Campos e José Celso Martinez Corrêa. Bianca Maggi, Walter Franco, Dácio Galvão, João Gualberto Aguiar, Diva Cunha, Jorge Fernandes, Tetê Espindolar, Augusto de Campos, etc.

Emanoel Amaral ministra oficina de xilogravura
۞Espaço FLIPIPA/SESI – 9h às 12h
Oficina de Xilogravura com o desenhista Emanuel Amaral para estudantes de escolas públicas

۞ Tenda dos Autores – FLIPIPA/SESC – 10h
Ação de Incentivo à Leitura com autores convidados Juliano Souza e Michelle Ferret.

۞ Tenda dos Autores – FLIPIPA/SESC - 14h às 16h
Reapresentação do espetáculo Bangular, do Ballet da Cidade do Natal. Ação de Incentivo à Leitura com autores convidados,com Juliano Souza e Michelle Ferret.
Carlos Fialho debate a Prosa no espaço Flipipa Sesi


۞Espaço FLIPIPA/SESI – 15h às 16h/17h às 18h30

Contação de Histórias

Roda de Prosa com os escritores Pablo Capistrano, Carlos Fialho e Leonardo Barros.
Escritores convidados pelo Solar BelaVista debatem a “prosa” - produção literária, obras comentadas e processos de escrita.
Lançamento do livro de Pablo Capistrano e Carlos Fialho.

۞ Tenda dos Autores - 19h

Mesa 3:  “Literatura e resistência”

Ricardo Chacal, a poesia e a resistência
Com Ricardo Chacal e Alexandre Alves

Ricardo de Carvalho Duarte, mais conhecido como Chacal, nasceu no Rio de Janeiro em 1951. Publicou seu primeiro livro de poesia “Muito Prazer, Ricardo”, em 1971, feito com mimeógrafo. Expoente da chamada poesia marginal, ao lado de escritores como Francisco Alvim e Cacaso, teve textos nas históricas publicações “26 poetas hoje”, de Heloisa Buarque de Hollanda, e “Navilouca”, de Waly Salomão e Torquato Neto. Escreveu teatro para o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, crônicas para o Jornal do Brasil e Folha de S.Paulo, roteiros na TV Globo e dezenas de letras de música para grupos como Blitz, Lulu Santos, 14 Bis, Fernanda Abreu, Morais Moreira, entre outros. Autor de mais de dez livros de poemas, lançou recentemente a coletânea Belvedere, reunindo toda sua obra poética. O encontro literário integra o debate da Revista Palavra, do SESC.

Alexandre Alves, Professor de Literatura da UERN, doutor pela UFRN com a tese "Poesia submersa: poetas e poemas no Rio Grande do Norte 1900-1990” e graduado em Língua inglesa. Estudioso da obra de Zila Mamede, em 2013 traduziu para o inglês o famoso livro de poemas “Rosa de Pedra” (“The Stone Rose”), da poetisa, pela editora Queima Bucha. A obra foi publicada em edição bilíngue. Alexandre também publicou “Silêncio, Mar – A poesia de Zila Mamede os anos 50” (Editora Sebo Vermelho) e estudos sobre Auta de Souza e Câmara Cascudo (Guia Literatura UFRN, 2011/2012, Editora Sol). Nos anos 90, comandou o selo musical indie Solaris Records.

۞ Tenda dos Autores – 20h

Mesa 4: “A Saga dos Lacerda: Do fim do Império a Era Vargas”

Rodrigo Lacerda é historiador e neto do político
e jornalista Carlos Lacerda
Com Rodrigo Lacerda, Ticiano Duarte e Diógenes Dantas

Neto do político Carlos Lacerda, o escritor e historiador Rodrigo Lacerda falará sobre seu livro “República das Abelhas”, obra que descreve o percurso familiar de três gerações de políticos: do abolicionista Sebastião Lacerda; dos filhos Maurício, Fernando e Paulo; e do neto, Carlos Lacerda (seu avô). Considerado um dos políticos mais controversos da história do Brasil, Carlos Lacerda foi para uns o salvador da pátria, para outros, não passou de um reacionário feroz. Pai, tios e avô tiveram participação igualmente decisiva nos principais lances da política brasileira, da Primeira República ao suicídio de Getúlio Vargas, em 1954. Uma saga familiar que se confunde com a própria saga brasileira, da cultura política do país, sobre os rumos que o país tomou e que influenciam nossa vida até hoje. Rodrigo é formado em História pela USP. Seu primeiro livro, O mistério do Leão Rampante, foi publicado em 1995, pela Atelier Editorial. A obra foi uma das ganhadoras do Prêmio Jabuti em 1996, mesmo ano em que o autor lançou seu segundo romance, A Dinâmica das Larvas: Comédia Trágico-Farsesca.

Ticiano Duarte debate biografia A República das Abelhas
Ticiano Duarte - Professor aposentado pela UFRN, onde atuou no Departamento de Comunicação Social, é jornalista, advogado e escritor, também membro da Academia norte-riograndense de Letras. Lançou em 2011 “No Chão dos Perrés e Pelabuchos“, livro que reúne seus artigos publicados na Tribuna do Norte e onde são contados episódios da história política do Rio Grande do Norte, dos anos trinta até os tempos atuais.

Ticiano escreve em jornal há mais de 60 anos, estreando no oficio aos 19 na redação do jornal A República, fundada por Pedro Velho e dirigida por Manoel Dantas e Eloy de Souza.

Diógenes Dantas será mediador
em mesa sobre trajetória
da família Lacerda
Diógenes Dantas - Com mais de 30 anos de carreira dedicada ao jornalismo político, é editor geral do portal de notícias Nominuto.com e apresentador do Jornal 96 FM e da Tv Band em Natal. Trabalhou em veículos como Tribuna do Norte, Diário de Natal, Tv Tropical, Tv Ponta Negra e SBT Brasília. É diretor da TV Assembleia.















۞ Tenda dos Autores – 21h

Mesa 5: “Marighella e a batalha das biografias não autorizadas”


Escritor e jornalista Mário Magalhães falará sobre biografia de
 Marighella no contexto literário atual
Com Mário Magalhães e Cassiano Arruda
Cassiano Arruda será o interlocutor da mesa sobre Marighella
e a batalha das biografias não autorizadas

A vida de Carlos Marighella (1911-1969) foi tão frenética quanto surpreendente. Militante comunista desde a juventude, deputado federal constituinte e fundador do maior grupo armado de oposição à ditadura militar - a Ação Libertadora Nacional -, esse mulato de Salvador era também um profícuo poeta, homem irreverente e brincalhão. Foi homenageado no CD “Abraçaço” com um longo poema por Caetano Veloso.

Nesta biografia, o jornalista e escritor Mário Magalhães investiga as muitas facetas do biografado e apresenta uma narrativa repleta de revelações. Em ritmo de thriller, reconstitui com realismo desconcertante passagens pela prisão, resistência à tortura, operações de espionagem na Guerra Fria e assaltos da guerrilha a bancos, carros-fortes e trem-pagador. Mário nasceu no Rio de Janeiro, em abril de 1964. Formou-se em jornalismo na Escola de Comunicação da UFRJ.

Trabalhou nos jornais Tribuna da Imprensa, O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo, no qual foi repórter especial, colunista e ombudsman. Recebeu cerca de vinte prêmios e menções honrosas no Brasil e no exterior, entre os quais o Every Human Has Rights Media Awards, o Prêmio Vladimir Herzog, o Prêmio Dom Hélder Câmara e o Prêmio Esso de Jornalismo.

Cassiano Arruda - Jornalista potiguar. Diretor do Novo Jornal, foi professor do Curso de Comunicação Social da UFRN, e também atuou na área de propaganda, sendo um dos fundadores da Dumbo. É titular da coluna Roda Viva há mais de 30 anos, publicada primeiro no Diário de Natal e depois no Novo Jornal. Foi também diretor da Tribuna do Norte nos anos 1960. Escreveu dois livros de memórias: Repórter na Roda Viva, sobre sua vida de redator, e Hotel de Trânsito, que contextualiza a Natal de 1969, o jornalismo da província no período da Ditadura e sua prisão no hotel de trânsito da Aeronáutica

09/08, sábado

۞Área Externa - 8h30 às 12h/13h30 às 21h

Livreiro e educador Gelson Bini
realizará oficina para professores
BiblioSesc — Biblioteca móvel do Sesc, montada sobre um caminhão e equipada com mais de 3 mil livros. Espaço de leitura no local e empréstimos de livros durante os três dias de atividade do Festival.
Grupo Sesc Dramaturgia: “Poema ao Pé do Ouvido” e Assalto Poético” com poemas de João Gualberto Aguiar, Manoel Fernandes Voluntè…

۞ Tenda dos Autores – FLIPIPA/SESC - 9h às 12h
Oficina de formação guia de leitura para mediadores, com Gelson Bini

Professor, livreiro, Gelson Bini é mediador de leitura e debates literários há mais de 10 anos. Público Alvo: Professores, estudantes, bibliotecários, auxiliares de biblioteca, contadores de história  e demais interessados.  Objetivo é fomentar e aprimorar o gosto pela leitura e o conhecimento da literatura em mediadores de leitura.   Propor ações de leitura para jovens leitores, divulgar a literatura, (dos clássicos aos contemporâneos).


۞Espaço FLIPIPA/SESI – 9h às 12h

Clotilde Tavares participa de Roda de Prosa
sobre literatura de cordel
Oficina de Literatura de Cordel com a escritora Clotilde Tavares, para estudantes de escolas públicas

۞Tenda dos Autores – FLIPIPA/SESC - 10h e 15h
Contação de histórias com Avalmar Medeiros

۞Espaço FLIPIPA/ SESI – 17h às 18h30

Roda de Prosa com Clotilde Tavares e Rodrigo Bico
Tema: Literatura de Cordel. Leitura de cordéis com o ator Rodrigo Bico e selecionados pela escritora










۞ Tenda dos Autores – 19h

Mesa 6 : “Fala Poeta”

José Carlos Capinan participa de bate-papo poético musical
Com José Carlos Capinan, Gereba Barreto, Abmael Silva


José Carlos Capinan é considerado um dos grandes letristas de sua geração, tendo participado ativamente do movimento tropicalista no fim da década de 60. Amigo de Caetano Veloso e Gilberto Gil desde a época da faculdade em Salvador, onde cursou Direito e depois Medicina. Inicia carreira literária com “Inquisitorial”, seu primeiro livro de poesia. Participa do primeiro disco de Gilberto Gil, em 1966, dividindo a parceria na faixa “Viramundo”. No mesmo ano, sua música “Canção para Maria”, defendida e composta em parceria com Paulinho da Viola, é um dos destaques do II Festival de Música da Record. Em seguida vence, com Edu Lobo, o Festival da Record de 1967, com a canção “Ponteio”. Volta a se aproximar de seus conterrâneos – compõe com Gil o clássico “Soy Loco por Ti, América”, e integra o histórico disco “Tropicália” (68), ao lado de Caetano, Gil, Mutantes, Gal Costa, Tom Zé, Rogério Duprat e Torquato Neto. Como Jards Macalé compôs  “Gotham City , Fagner (em “Como se Fosse”) e Geraldo Azevedo (em “For All Para Todos”). Em 2000, compôs a ópera “Rei Brasil 500 Anos” ao lado de Fernando Cerqueira e Paulo Dourado.

Poeta, instrumentista e compositor
Gereba Barreto
Gereba Barreto - Músico, compositor e pesquisador da Cultura Popular Brasileira, nascido em Monte Santo, Bahia, em 1946.  Realizou importantes projetos para a MPB como instrumentista, compositor, arranjador e produtor cultural. Grandes intérpretes como Elizeth Cardoso, Beth Carvalho, Fagner, Amelinha, Leon Gieco (Argentina), o guitarrista Folkan Crieg (Alemanha), entre outros, gravaram suas composições.

Com o Grupo Bendegó de 73 a 86, lançou 4 discos, com carreira solo gravou: Tom Zé e Gereba-1990; Gereba convida, com Cássia Eller, Na Ozzetti e outros- 1993;Canudos-1997; Forró da baronesa-2000; Canções que vêm do sol-2001; Sertão- 2002 com Dominguinhos; Dom Quixote,xote,xote (2008).









Abimael Silva, do Sebo Vermelho
Abmael Silva – “Único sebista no Brasil que é também editor de livros”, como ele mesmo diz, Abimael Silva é também um livreiro dedicado, proprietário da livraria e editora Sebo Vermelho, um dos mais conhecidos pontos do meio literário norte-riograndense. São mais de 20 anos dedicados à venda, compra e troca de livros usados, sendo reconhecido em todo o País. Já publicou mais de 200 títulos sobre o Nordeste. Em seu recanto literário localizado na avenida Rio Branco, centro de Natal, já recebeu gerações de leitores, estudantes e intelectuais de vários lugares.


۞ Tenda dos Autores – 20h30

Mesa 7 : “A História nasce de outra história”

Nélida Piñon e a história por trás dos livros
Com Nélida Piñon, Woden Madruga e Marize Castro

A escritora e imortal da Academia Brasileira de Letras Nélida Piñon nasceu no Rio de Janeiro em 1937, filha de pais espanhóis. É jornalista, e também foi editora e membro do conselho editorial de várias revistas no Brasil e exterior. Eleita em 1996 a presidente da ABL, primeira mulher a ocupar esse cargo. Seu primeiro romance, “Guia-mapa de Gabriel Arcanjo”, foi publicado em 1961. Em 1973 recebe o APCA por “A Casa da Paixão”.

Sua obra já foi traduzida e premiada em vários países. O mais recente foi o Prêmio Príncipe de Astúrias das Letras, de 2005, conferido na cidade espanhola de Oviedo – na ocasião ela concorreu com autores renomados e populares internacionalmente como Philip Roth, Paul Auster e Amos Oz. Escreveu contos, romances, ensaios, literatura infanto-juvenil e crônicas.





Woden Madruga
Woden Madruga - Jornalista e cronista norte-rio-grandense, em atividade há mais de 40 anos. Desde os anos 1960 escreve diariamente na coluna WM, página 2 do jornal Tribuna do Norte sobre literatura, memórias, cotidiano e política. Foi presidente da Fundação José Augusto por três vezes e professor do curso de Comunicação Social da UFRN.

Marize Castro
Marize Castro - Poetisa, jornalista, editora, nasceu em Natal-RN, em 1962. Uma das fortes vozes femininas da poesia contemporânea, Marize revelou-se em livro em 1984, com a publicação de Marrons Crepons Marfins. Nove anos depois publicou Rito (1993), seguido de Poço. Festim. Mosaico (1996), Esperado Ouro (2005), Lábios-espelhos (2009) e Habitar teu nome (2011).

Em 2008, publicou o livro Além do nome, resultado de entrevistas publicadas no jornal Tribuna do Norte com inúmeros poetas e escritores, editado pela Coleção Letras Natalenses (Funcarte) em parceria com a Una. Em 2011, lançou O silencioso exercício de semear bibliotecas, fruto do mestrado em Educação na UFRN sobre o trabalho que a poeta e bibliotecária Zila Mamede realizou nos anos 1960.


۞ Tenda dos Autores – 21h30

Toque Armorial para Ariano Suassuna com Orquestra Sanfônica do Museu do Vaqueiro:

As sanfonas irão homenagear o Movimento Armorial criado por Ariano nos anos 1970 através de peças instrumentais do repertório do Quinteto Armorial. O repertório incluirá “Romance de Minervina”, “Do Romance ao Martelo”, “Romance da Nau Catarineta”, “Ponteio Acutilado” e “Martelo Agalopado” (Poema de Ariano Suassuna). balanço das quatro primeiras edições, fica fácil entender essa afirmação.

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