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Antônio Cícero participa da Mesa 2 "Modernismo e Modernidade em Carlos Drummond de Andrade" |
Confira perfil dos participantes do Flipipa 2012
AUTORES E MESAS LITERÁRIAS
22/NOVEMBRO (5ª feira)
17h00 — Orquestra do Solar Bela Vista
LOCAL: Área externa
17h30 — Tenda dos autores
Mesa 1: PAINEL “O MODERNISMO NA POÉTICA DE CÂMARA CASCUDO”
Com Suely Costa (RN), José Luiz Ferreira (RN), Humberto Hermenegildo (RN) e Neroaldo Pontes (PB)
José Luiz Ferreira é professor de
Literatura Brasileira na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
período de 2002 a 2012, atualmente é professor Adjunto da Universidade
Federal Rural do Semi-Árido. Tem experiência na área de Letras, com
ênfase em História do Modernismo Brasileiro, atuando principalmente nos
seguintes temas: movimento literário, tradição literária e cultural,
modernismo, regionalismo e modernidade literária com estudos sobre
produção literária de Luís da Câmara Cascudo nos anos de 1920 e 1930.
Maria Suely da Costa
é doutora em Literatura Comparada pelo Programa de Pós-Graduação em
Estudos da Linguagem da UFRN. É professora de Literatura e Teoria
Literária (UEPB) e é colaboradora do Núcleo Câmara Cascudo de Estudos
Norte-rio-grandenses, da UFRN. Publicou e organizou livros, além de
ensaios e artigos para periódicos locais como a revista Brouhaha e o
jornal O Galo. Entre as publicações próprias ou em colaboração, lançou
“As Escravas Isauras”, reflexões sobre a intertextualidade e a
representação do negro na obra clássica e nas adaptações para o cordel;
“As Revistas como um lugar de Memória”, e “As repercussões da vida
cultural no Rio Grande do Norte nos anos 1920.”
Humberto Hermenegildo É professor titular da UFRN. Atua como pesquisador no Núcleo Câmara Cascudo de Estudos Norte-Rio-Grandenses e é consultor/parecerista das revistas Sociedade e Território (Natal) , Vivência (Natal) e Investigações (Recife). É especialista em Literatura brasileira, crítica literária, modernismo e registro literário, com ênfase no estudo da literatura local e regional. É mestre em Teoria e História Literária pela UNICAMP e doutor em Letras pela UFPB.
Nereoaldo Pontes de Azevedo é pernambucano, ex-reitor da Universidade Federal da Paraíba e estudioso do modernismo no Nordeste. É filósofo de formação acadêmica, além de mestre em Letras pela Universidade de Toulouse, França e Doutor em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo.
18h30 — Tenda Literária: Abertura oficial
Mesa 2: “MODERNISMO E MODERNIDADE EM CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE”
Com: Antônio Cícero (RJ) e Carlos Braga (RN)
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Antônio Cícero |
Poeta, compositor, ensaísta e filósofo,
Antônio Cícero nasceu em 1945, no Rio de Janeiro. Suas atividades se dividem entre o domínio da poesia e da filosofia. Na poesia, começou a escrever na adolescência, mas ficou conhecido primeiro como compositor. Teve poemas seus musicados pela irmã Marina Lima, iniciando uma rica parceria que renderia sucessos como “Fullgás” e “Pra começar”. A música marcou também outros encontros com Lulu Santos, João Bosco, Wally Salomão, Caetano Veloso (‘Grafitti”). A poesia escrita lançou Guardar (Record, 1996), A cidade e os livros (Record, 2002) e, em parceria com o artista plástico Luciano Figueiredo, O livro de sombras: pintura, cinema e poesia (+ 2 Editora, 2010). Em colaboração com o poeta Eucanaã Ferraz, editou a Nova antologia poética de Vinícius de Moraes (Cia das Letras, 2003) e com o poeta Waly Salomão, editou o livro O relativismo enquanto visão do mundo (Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1994). Como pensador, publicou O mundo desde o fim (Francisco Alves, 1995) e Finalidades sem fim (Cia das Letras, 2005). Criou nos anos 90 o projeto “Banco Nacional de Idéias”, através do qual promoveu por três anos, em colaboração com o poeta Waly Salomão, ciclos de conferências e discussões de artistas e intelectuais de importância mundial, entre eles João Cabral de Melo Neto, John Ashbery e Joan Brossa, dos compositores Caetano Veloso e Arnaldo Antunes, do Romancista João Ubaldo Ribeiro, do antropólogo Hermano Viana, entre outros. Sobre Drummond, tema desta mesa, Cícero escreveu: “Evitando os fetiches da tradição e da vanguarda, Drummond criou uma obra inovadora que dialoga com formas clássicas.”
Carlos Braga é natural de Natal. Professor de literatura francesa na UFRN, graduou-se em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. É mestre em literatura brasileira pela UFPB, com dissertação sobre o Hermilo Borba Filho, e doutor em literatura francesa pela Sorbonne, com tese sobre Gustave Flaubert.
19h30 — Tenda Literária
Mesa 3: “JORNALISMO, CULTURA E SOCIEDADE: NOS BASTIDORES DA NOTÍCIA”
Com: Joyce Pascowitch (SP), Tácito Costa (RN) e Eliana Lima (RN)
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Joyce Pascowich |
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Eliana Lima |
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Tácito Costa |
Joyce Pascowitch nasceu em São Paulo em 1959. Jornalista e editora de publicações como as revistas Joyce Pascowitch, Poder, Moda e Modo de Vida, além do website Glamurama, atua desde o fim dos anos 1980 no mercado editorial. A partir de 1986 e por 14 anos seguintes assinou a coluna social da Folha de S. Paulo, no prestigiado caderno Ilustrada. É tida como a figura que renovou o colunismo paulistano. Na Editora Globo, foi colunista da revista Época e diretora de redação da Quem. Também foi comentarista do GloboNews por oito anos. É autora de três livros: Fotossíntese: 13 anos de coluna (Publifolha), Avental (Publifolha) e De Alma Leve – Sutilezas do Cotidiano (ed Globo).
Tácito Costa é jornalista formado pela UFRN. Trabalhou nos jornais Tribuna do Norte, Dois Pontos, Jornal de Natal, Diário do Estado e na TV Potengi. Foi professor de Jornalismo da Universidade Potiguar, Assessor de Imprensa da Fundação José Augusto e editor da revista PREÁ. Coordenou a edição do livro Memórias da Indústria Gráfica do Rio Grande do Norte. Atualmente trabalha como Assessor de Imprensa na área empresarial e edita há cinco anos o blog de jornalismo cultural Substantivo Plural – www.substantivoplural.com.br
Completa o bate-papo a jornalista e colunista
Eliana Lima, profissional do jornalismo potiguar, escreve há mais de 15 anos em veículos impressos (Dois Pontos, Jornal de Hoje e Tribuna do Norte). Atualmente assina a coluna homônima no jornal Tribuna do Norte e o blog da Abelhinha, com temas que variam entre cotidiano, sociedade, política e cultura.
20h30 — Tenda Literária
Mesa 4: “FICÇÃO E MEMÓRIA”
Com: Zuenir Ventura (MG) e Woden Madruga (RN)
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Zuenir Ventura |
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Woden Madruga |
Zuenir Ventura nasceu em 1931 em Além Paraíba, Minas Gerais. Formado em letras neolatinas, é professor universitário e jornalista há quase quarenta anos. Trabalhou nos principais veículos de comunicação do país, como os jornais O Globo e Jornal do Brasil e as revistas Visão, Fatos & Fotos, Veja e Época. Atualmente é cronista da revista Época e do jornal O Globo. É autor de obras fundamentais do jornalismo literário brasileiro, como “1968 - O ano que não terminou...”, com o qual recebeu o prêmio Jabuti (categoria reportagem). Por Cidade partida (1994), um retrato das causas da violência no Rio, venceu o Prêmio Jabuti na mesma categoria. Em 2008, lançou “1968, o que fizemos de nós”, que retoma seu primeiro best-seller. Também escreveu o livro-reportagem Chico Mendes, crime e castigo (2003), entre outros títulos. A mistura de ficção e realidade, romance e reportagem, imaginação e memória forma o combustível da sua mais recente obra, “Sagrada Família” (Alfaguarra), um dos assuntos deste debate. Sobre o livro, Zuenir declarou: “Este livro é uma mistura de memórias: as minhas, as dos outros e as inventadas”.
Jornalista em atividade há mais de 40 anos,
Woden Madruga é considerado um dos grandes nomes da crônica jornalística do Rio Grande do Norte. Intelectual e leitor voraz, desde os anos 1960 escreve diariamente na página 2 do jornal Tribuna do Norte sobre literatura, memórias, cotidiano e política. Foi presidente da Fundação José Augusto por três vezes e professor do curso de Comunicação Social da UFRN.
23NOV (6ª feira)
17h - Coral do Solar Bela Vista
17h30 — Tenda Literária
Mesa 5: “ITAJUBÁ E O EXÍLIO”
Com: Mayara Costa Pinheiro (RN) e Lívio Oliveira (RN)
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Lívio Oliveira |
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Mayara Costa Pinheiro |
No centenário de morte de um dos mais ilustres poetas norte-rio-grandenses, ressurge um tema que permeia a sua escrita poética: o exílio. Poeta romântico, Itajubá (1877-1912) produziu e publicou sua obra por volta das duas últimas décadas do século 19 e das duas primeiras do século 20, em diversos periódicos da capital. O exílio é percebido no desejo de emigrar, expresso em alguns poemas da obra “Harmonias do Norte (1927)”, passando pela concretização do exílio em “Terra Natal” (1914) e o retorno do eu-lírico exilado em alguns poemas de “Dispersos” (2009).
Mayara Costa é natural de Currais Novos-RN. Graduada em Letras Língua Portuguesa e Literatura pela UFRN, há alguns anos realiza pesquisas sobre a vida e obra de Ferreira Itajubá. Dessas pesquisas resultaram em 2009 na publicação da antologia “Dispersos: poemas e prosas”, organizada conjuntamente com o professor Humberto Hermenegildo de Araújo. Em 2012, defendeu sua dissertação de mestrado intitulada: “Terra Natal, de Ferreira Itajubá, e a permanência do Romantismo”, pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem/UFRN, e obteve o título de Mestre em Literatura Comparada. Atualmente é Professora de Literatura de Brasileira e Portuguesa da UFRN e colaboradora da “Especialização em Literatura e Ensino” do IFRN. Sobre o tema, explicou: “Vamos mostrar que o exílio é um tema recorrente no Romantismo Brasileiro e a presença dele estabelece um diálogo entre a obra de Ferreira Itajubá com a de Gonçalves Dias e Casimiro de Abreu, dois importantes poetas românticos.”
Lívio Oliveira é escritor e poeta. Publicou quatro livros de poesia, “O Colecionador de Horas” (2002); “Telha Crua” (2005); “Pena Mínima” (2007); “Dança em Seda Nua” (2009). Publicou um livro de ensaios “Bibliotecas Vivas do Rio Grande do Norte“ e o CD “Cineclube”, com o músico Babal Galvão. Em 2004 foi premiado em primeiro lugar nos dois concursos de poesia mais concorridos no Estado: Othoniel Menezes (Funcarte) e Prêmio Luís Carlos Guimarães (Fundação José Augusto). Presidiu a União Brasileira de Escritores do RN. É articulista de jornais e sites/blogs. Tem contribuído ativamente com a cena e o debate culturais no RN.
18h30 — Tenda Literária
Mesa 6: FICÇÃO, UM EXPERIMENTO LITERÁRIO
Com: Tatiana Salem Levy (Portugal), João Paulo Cuenca (RJ) e Carmen Vasconcelos (RN)
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Tatiana Salem Levy |
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João Paulo Cuenca |
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Carmem Vasconcelos |
Tatiana Salem Levy nasceu em Portugal, em 1979 por pura obra do destino. Descendente de judeus turcos, filha de comunistas brasileiros, veio ao mundo durante a Ditadura Militar, quando a família estava exilada em Portugal. Ainda bebê chega ao Brasil com sua família, beneficiados pela Lei da Anistia. Lançou ‘A experiência do fora’ (Relume Dumará, 2006) resultado da dissertação de mestrado a partir do pensamento dos franceses Blanchot, Foucault e Deleuze. Chegou a morar na França e nos EUA no período do Doutorado, concluído na Puc-SP. A estreia no romance foi com ‘A Chave de Casa’ (2007) que traz elementos autobiográficos. Nele, reconstrói as origens de sua família através de uma narrativa que combina elementos ficcionais e memórias. Venceu o Prêmio São Paulo de Literatura na categoria Estreante e foi finalista do Jabuti de 2008. Desde então, tem se firmado como uma das mais importantes escritoras da literatura contemporânea no Brasil. Tem contos publicados nas coletâneas Paralelos (2004) e em 25 mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira (2005). Em 2010, organizou a coletânea de contos Primos (Record), com histórias escritas por autores brasileiros descendentes de árabes e de judeus. Lançou este ano o romance Dois Rios (Record) e foi selecionada como um dos 20 melhores jovens escritores da revista britânica Granta.
João Paulo Cuenca nasceu em 1978 no Rio de Janeiro. É formado em economia, mas começou sua trajetória literária no Folhetim Bizarro (1999-2001), um blog de diálogos na internet. Ao mesmo tempo, começou a escrever o seu primeiro romance ‘Corpo Presente’ (Planeta, 2003). Lançou também ‘O dia Mastroianni’ (Agir, 2007) e ‘O único final feliz para uma história de amor é um acidente’ (Companhia das Letras, 2010), com edições na Alemanha, Itália, Portugal e Espanha. Participou das antologias ‘Prosas Cariocas’, Rio de Janeiro (Casa da Palavra, 2004), ‘Cem melhores crônicas brasileiras’ (Objetiva, 2007), entre outras. Em 2012 publicou o livro de crônicas A Última Madrugada (Leya). Assinando como J.P. Cuenca escreveu crônicas semanais para a Tribuna da Imprensa e Jornal do Brasil. Teve uma coluna mensal na Revista TPM entre 2004 e 2006. Foi cronista do suplemento Megazine de O Globo. Também foi selecionado em 2012 como um dos 20 melhores jovens escritores da revista britânica Granta.
A poetisa
Carmen Vasconcelos nasceu em Angicos, no Rio Grande do Norte, em 1965. É formada em Serviço Social e Direito, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Estreou na poesia com o livro Chuva ácida (Fundação José Augusto, 2000) que lhe rendeu críticas elogiosas. Na sequência vieram “Destempo” (Fundação José Augusto, 2002) e Caos no Corpo (Editora Ideia, 2010). Escreve regularmente em sites literários, como o Substantivo Plural, e na versão impressa do jornal Tribuna do Norte. Também publica seus poemas em jornais e revistas literárias do Nordeste.
19h30 — Tenda Literária
Mesa 7: À MARGEM, NA LITERATURA BRASILEIRA
Com: Reinaldo Moraes (SP) e Mario Ivo Cavalcanti (RN)
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Reinaldo Moraes |
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Mario Ivo Cavalcanti |
A titulação desta mesa é por si só uma provocação, já que o escritor
Reinaldo Moraes considera a sua fama de autor marginal — ou beatnik, como dizem alguns — uma “baboseira”. Espécie de estranho no ninho da literatura brasileira, cultuado por obras como “Tanto Faz” (1983) e “Abacaxi” (1985), o escritor paulista, nascido em 1950, passou duas décadas sem lançar um romance. Reapareceu em 2009 com o aclamado Pornopopéia (Objetiva), romance cujo personagem, um cineasta marginal, apronta as maiores barbaridades e se envolve com todo tipo figuras da fauna noturna. De linguagem solta, o livro retrata uma figura cheia de deboche como um Sargento de Milícias de nossos tempos. Reinaldo Moraes também escreveu roteiros para TV. Ao lado de Mário Prata e Dagomir Marquezi, co-escreveu a novela Helena, exibida em 1987 pela Rede Manchete e livremente adaptada da obra de Machado de Assis. Lançou ainda Órbitas dos caracóis (2003), um romance para jovens, Umidade (2005), uma antologia de contos, além de Barata - Ilustrações Luli Penna, 2007.
Mário Ivo Dantas Cavalcanti é jornalista há 23 anos. Trabalhou na revista semanal “Extra”, publicação do jornal “Il Manifesto”, em Roma Itália, na década de 1990. Entre 2007 e 2009, manteve uma coluna diária no “JH 1ª edição”. É editor da revista “Preá”, da Fundação José Augusto, desde 2011. Como escritor lançou “Cartas náuticas” (Editora Flor do Sal, 2008), um romance epistolar no qual um remetente desconhecido, M, envia cartas de amor a uma pessoa também sem nome, da qual não conhecemos as respostas enviadas. Tem trabalhos premiados nas áreas de publicidade, vídeo e literatura, inclusive internacionais.
20h30 — Tenda Literária
Mesa 8: “NARRATIVAS DE AMOR E ARTE”
Com: Sérgio Sant’Anna (RJ)
e Rafael Gallo
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Sérgio Sant'Anna |
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Rafael Gallo |
Dono de uma narrativa sofisticada,
Sérgio Sant’anna (Rio de Janeiro em 1941) estreou na literatura em 1969, com O Sobrevivente. Lançou 16 livros, entre contos, novelas, poesia, romances e uma peça teatral. Teve obras traduzidas para o alemão e o italiano e adaptadas para o cinema. Sua obra é notória pelo caráter experimental, abordando temas urbanos de formas diferentes, algumas transgressivas. Um de seus célebres romances, As Confissões de Ralfo, (1975), conta a história de um escritor que decide escrever uma "autobiografia imaginária", narrando vários fatos extraordinários numa sucessão inverossímil. O livro satiriza estilos consagrados: o diário de bordo, o filme de ação, o discurso utópico e, até mesmo, no auge da ditadura militar brasileira, os relatos de tortura. Recebeu cinco prêmios Jabuti. Um Crime Delicado, de 1998, lhe valeu um desses prêmios. O mais recente “Jabuti” foi pelos contos de ‘O voo da madrugada’ (2003), que recebeu também o prêmio APCA e o segundo lugar no prêmio Portugal Telecom. É reconhecido como um dos melhores contistas brasileiros. Entre seus muitos contos notáveis está “A Senhorita Simpson”, que inspirou Bruno Barreto a fazer o filme “Bossa Nova”. Publicou também O Monstro (Companhia das Letras) Breve História do Espírito (Companhia das Letras) A Senhorita Simpson (Companhia das Letras) O Concerto de João Gilberto no Rio de Janeiro (Ática) Confissões de Ralfo (Relume-Dumará) e O livro de Praga - Narrativas de amor e arte (contos, 2011).
Rafael
Gallo é paulista, tem 30 anos, é escritor, autor do livro de contos "Réveillon e outros
dias", vencedor do Prêmio SESC de Literatura 2011/2012. Também é
compositor, sound designer e professor universitário nas áreas de trilha sonora
e produção musical. No livro premiado, o autor oferece ao leitor uma jornada
através das mais diversas experiências humanas, nas quais as relações do homem
com seus semelhantes e seu ambiente são percebidas sob um olhar crítico e
desmistificador.
24/NOVEMBRO, SÁBADO
15h —
CAMINHADA LITERÁRIA - Baía dos Golfinhos até SPA da Alma (3km) Caminhada organizada por Fernanda Bauernan e Ana Brito com participação da comunidade, escritores, aberta a interessados. Leituras e oralizações durante o percurso.
16h30 — Encenação de
SUA INCELENÇA, RICARDO IIII (Direção Gabriel Vilela/ Clowns de Shakespeare)
LOCAL: Área externa
17h00 — Sarau musical.Confraria do Choro de Natal e Oficina do choro Solar Bela Vista
LOCAL: Área externa
17h30 – Tenda Literária
MESA 9: “LUIZ GONZAGA: UMA POÉTICA MUSICAL”.
Com Bené Fonteles (PA), Paulo Vanderley (PE) e Marcos Lopes (RN)
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Bené Fonteles |
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Marcos Lopes (foto: Tribuna do Norte) |
Bené Fonteles é artista plástico,
músico, escritor, jornalista. Nasceu em Bragança-PA, em 1953. É um ser
em ebulição constante, como costumam defini-lo. Iniciou sua carreira na
década de 1970, dedicando-se inteiramente à arte conceitual. Já seu
trabalho como compositor está reunido no CD Benditos, lançado em 2003,
que agrupa três trabalhos anteriores, Bendito (1983), Silencioso (1989) e
Aê (1991). Tem parcerias com Luiz Gonzaga, Gilberto Gil, Egberto
Gismonti e Tetê Espíndola, entre outros. No centenário do “Velho Lua”,
organizou uma das obras mais importantes para se compreender o legado e a
vida de Gonzagão. “O Rei e o Baião” exemplifica em detalhes porque esse
homem simples tornou-se um Rei. Com apresentação de Gilberto Gil, é um
trabalho magnífico de pesquisa, ilustrado com imagens inéditas, além de
textos com o viés poético do autor. Traz ensaios de Antônio Risério,
Elba Ramalho, Gilmar de Carvalho, Sulamita Vieira, Hermano Vianna e do
próprio Bené Fonteles, que contribui ainda com um depoimento sobre sua
relação com a obra de Luiz Gonzaga, além de introdução de Juca Ferreira e
apresentação de Gilberto Gil. Ensaios estes ancorados nas obras de
autores como Euclydes da Cunha, Guimarães Rosa, Gilberto Freyre, Câmara
Cascudo, Darcy Ribeiro e Ariano Suassuna.
Pesquisador e colecionador,
Paulo Vanderley Tomaz
(PE) mantém a página virtual mais completa sobre Luiz Gonzaga
(luizluagonzaga.com.br), recheada de vídeos raros, fotos, biografia,
discografia e notícias atualizadas relacionadas ao compositor de Asa
Branca. Em sua garimpagem por sebos e casas de colecionadores, reuniu
mais de 600 músicas, toda a discografia de Luiz Gonzaga, desde os discos
de 78 rotações até os LPs. Desde a primeira gravação de Luiz Gonzaga
tocando acordeon no disco de 1942 de Genésio Arruda, até seu LP Aquarela
Nordestina, de 1989, seu último, antes de falecer no dia 2 de agosto
daquele ano. Há ainda 200 fotos do Rei do Baião e mais outros tantos
vídeos, alguns feitos pelo pai de Paulo. Fervoroso defensor da cultura
nordestina, costuma dar palestras pelo Brasil, em defesa da preservação
da cultura.
Marcos Lopes é pesquisador e músico. É o
idealizador do Forró da Lua, evento que acontece em sua fazenda na Lagoa
do Bonfim, onde só recebe artistas que tem uma carreira ligada ao forró
de raiz. Já passaram por lá de Dominguinhos a Elba Ramalho, passando
por grandes nomes como Chiquinha Gonzaga, Marinês e Flávio José. Lopes
também criou o Museu do Vaqueiro, de preservação dos costumes do homem
da caatinga, sua história e tradições. O Museu tem um braço social e
promove cursos de artesanato com couro (souvenirs e produtos
utilitários) e de acordeon.
18h30 — Tenda Literária
Mesa 10: “A DRAMATURGIA NO UNIVERSO DE JORGE AMADO”
Com: Nelson Xavier (SP), Vicente Serejo (RN) e Henrique Fontes (RN)
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Nelson Xavier |
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Vicente Serejo |
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Henrique Fontes |
Ele já atuou em mais de 50 filmes e 23 novelas. Protagonizou trinta personagens entre novelas e séries para televisão, boa parte delas adaptações de obras literárias. De Coronel Altino Brandão a Pedro Arcanjo,
Nelson Xavier (natural de São Paulo, 1941 mergulhou no universo de Jorge Amado em vários momentos de sua carreira. Esteve em Tenda dos Milagres, Dona Flor e Seus Dois Maridos (direção de Murilo Sales/1976), o filme Gabriela em 1983 (direção de Bruno Barreto), e novamente Gabriela, desta vez para a televisão (direção de Mauro Mendonça Filho). Atuou em Seara Vermelha e A Dama do Lotação. Fez Lua Cambará, adaptado de obra de Ronaldo Correia de Brito, e O Bom Burguês, dirigido por Oswaldo Caldeira. Entre as minisséries, destaque para Riacho Doce, adaptação de obra de José Lins do Rêgo. No Teatro, encenou Toda Nudez Será Castigada, peça de Nelson Rodrigues. Atuou em obras premiadas como Os Fuzis (Urso de Prata em Berlim) e o histórico Lamarca. Em 2010 ganhou maior destaque no cinema nacional ao participar da biografia do medium Chico Xavier onde fazia o papel principal.
Reconhecido como um dos grandes cronistas do jornalismo potiguar,
Vicente Serejo nasceu na cidade de Macau, em 1951. Formou-se em Jornalismo pela UFRN e foi professor do curso de Comunicação Social. No Diário de Natal foi repórter e, nos anos 1970, estreou a coluna “Cena Urbana”, de publicação diária, onde escrevia crônicas. Algumas foram reunidas em seu primeiro livro “Cena Urbana” (Editora da UFRN, 1982). Em 1984, transformou um veraneio na praia da Redinha em fonte de inspiração para escrever uma série de cartas endereçadas ao ‘Sr Editor’. Em narrativas de alto teor lírico, redescobre suas tradições, costumes, resgatando tipos humanos e acontecimentos do cotidiano. Trabalhou no jornal A Gazeta do Oeste. Nos anos 90 estreou como colunista do Jornal de Hoje, onde mantém até hoje a coluna “Cena Urbana”. Publicou também “Canção da Noite Lilás – Crônicas” (Lidador, 2000).
Henrique Fontes é ator, diretor e dramaturgo. Como ator esteve em mais de 30 produções, com passagem pelo Grupo Clowns de Shakespeare (oito anos); Grupo Beira de Teatro (cinco anos); Maine Masque (Maine - EUA - 1 ano); além de produções independentes em Natal e no estado de Minnesota (EUA). Atualmente é integrante dos coletivos Atores à Deriva e Carmin. Como diretor tem dez trabalhos estreados, entre eles duas produções de médio porte (40 profissionais envolvidos em cada) e duas de grande porte (200 profissionais). Como dramaturgo tem oito textos escritos e montados, entre eles a adaptação de “Recomendações a Todos”, livro do escritor Alex Nascimento lançado na década de 80. É sócio-fundador e atual diretor artístico do Espaço Cultural Casa da Ribeira.
19h30 — Tenda Literária
Mesa 11 : “ROMANCE, HISTÓRIA E POESIA”
Com Ana Miranda (CE) e Napoleão Paiva Souza (RN)
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Ana Miranda |
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Napoleão Paiva |
A escritora e romancista
Ana Miranda nasceu no Ceará, em 1951. Morou em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Estreou como romancista em 1989, com Boca do Inferno (prêmio Jabuti de revelação). De lá para cá escreveu diversos romances, entre eles Desmundo (1996), Amrik (1997) e Dias & Dias (2002, prêmio Jabuti de romance e prêmio da Academia Brasileira de Letras). Colabora com a revista Caros Amigos, é colunista do Correio Braziliense e do jornal O Povo, do Ceará, onde vive atualmente. Dotada de um brasilianismo intenso, Ana Miranda realiza um trabalho de redescoberta e valorização do nosso tesouro literário, que a leva a dialogar com obras e autores de nossa literatura, numa época em que as culturas delicadas são ameaçadas pela força de uma cultura universal. Fundada em séria e vasta pesquisa, recria épocas e situações que se referem à história literária brasileira, mas, primordialmente, dá vida a linguagens perdidas no tempo. Sua obra tem sido matéria de estudos na área acadêmica. Ana Miranda consagrou-se igualmente pela inclusão de seu Boca do Inferno (Cia das Letras, 1989) no cânon dos cem maiores romances em língua portuguesa do século 20, elaborado por estudiosos da literatura, brasileiros e portugueses. Lançou também A última quimera (1995) Yuxin (2009).
Napoleão de Paiva Souza é médico, compositor e poeta; natural de Alexandria-RN. Lançou em 1999 o livro de poesia “Apenas Chegaram” e, em 2006, um conjunto de “petardos” poéticos: Depois Contigo, com mensagens de texto em livro experimental, digitáveis em aparelho celular, usando em todos os textos o exíguo formato de 160 toques-caracteres, para falar do cotidiano, amor, sexo, humor, poesia.
20h30 — Tenda Literária
Mesa 12 : ‘LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO POR ELE MESMO’
Com: Luís Fernando Veríssimo (RS) e Cassiano Arruda Câmara (RN)
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Luís Fernando Veríssimo |
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Cassiano Arruda Câmara |
Luís Fernando Verissimo é um dos mais respeitados cronistas brasileiros, autor de best-sellers inesquecíveis, como Comédias da Vida Privada e Clube dos Anjos, da coleção Plenos Pecados. Filho de Érico Veríssimo, nasceu em Porto Alegre, em 1936. Aos 16 anos, foi morar nos EUA, onde aprendeu a tocar saxofone, hábito que cultiva até hoje – tem um grupo, o Jazz 6. É jornalista, mas “do tempo em que não precisava de diploma para exercer a profissão”. Antes de se dedicar exclusivamente à literatura, trabalhou como revisor no jornal gaúcho Zero Hora, em fins de 1966, e atuou como tradutor. Sua obra está presente na iniciação literária de muitos leitores, com publicações fundamentais como a série Para Gostar de ler e Pai Não entende nada. Para adultos, são famosas também O Analista de Bagé e Ed Mort e outras histórias, que narra as aventuras de um detetive particular carioca, de língua afiada, coração mole e sem um tostão no bolso. O personagem ganhou adaptações para o quadrinho e cinema. Em 1989, começou a escrever uma página dominical para o jornal O Estado de São Paulo, mantida até hoje, e para a qual criou o grupo de personagens da Família Brasil. Como romancista, lançou Borges e Os Orangotangos Eternos, O Jardim do Diabo, O Opositor.
Cassiano Arruda Câmara é jornalista e publicitário, titular da coluna Roda Viva há mais de 30 anos, publicada por muitos anos no Diário de Natal e mais recente no Novo Jornal, veículo do qual é fundador. Foi também diretor da Tribuna do Norte nos anos 1960. Escreveu dois livros de memórias: Repórter na Roda Viva, sobre sua vida de redator, e Hotel de Trânsito, que contextualiza a Natal de 1969, o jornalismo da província no período da Ditadura e sua prisão no hotel de trânsito da Aeronáutica. Foi professor do Departamento de Comunicação Social da UFRN.