Capinan e a Tropicália


Dia 9 de agosto 19h – Tenda Literária

Mesa 5 “Capinan e a Tropicália”
com José Carlos Capinan e Gereba Barreto

Esta palestra-recital marca o encontro deste que é um dos maiores poetas compositores do País, com o virtuosismo do cantor e violonista Gereba Barreto. Pontuado de música e histórias o encontro vai destacar a obra de Capinan. Nascido na cidade baiana de Esplanada, José Carlos Capinan é considerado um dos grandes letristas de sua geração, tendo participado ativamente do movimento tropicalista no fim da década de 60. Poeta desde a adolescência, mudou-se para Salvador aos 19 anos, onde iniciou o curso de Direito, na Universidade Federal da Bahia. Fez amizade com Caetano Veloso e Gilberto Gil, na época cursando, respectivamente, as faculdades de Filosofia e de Administração de Empresas.

Em 1964, deixou Salvador para morar em São Paulo, onde inicia os primeiros poemas de seu livro de estreia, “Inquisitorial”. Anos depois, volta à capital baiana, desta vez para fazer Medicina. Participa do primeiro disco de Gilberto Gil, em 1966, dividindo a parceria na faixa “Viramundo”. No mesmo ano, sua música “Canção para Maria”, defendida e composta em parceria com Paulinho da Viola, é um dos destaques do II Festival de Música da Record. Em seguida vence, com Edu Lobo, o Festival da Record de 1967, com a canção “Ponteio”. Volta a se aproximar de seus conterrâneos – compõe com Gil o clássico “Soy Loco por Ti, América”, e integra o histórico disco “Tropicália” (68), ao lado de Caetano, Gil, Mutantes, Gal Costa, Tom Zé, Rogério Duprat e Torquato Neto.

Como Jards Macalé compôs  “Gotham City , Fagner (em “Como se Fosse”) e Geraldo Azevedo (em “For All Para Todos”). Em 2000, compôs a ópera “Rei Brasil 500 Anos” ao lado de Fernando Cerqueira e Paulo Dourado, uma crítica as comemoração dos 500 anos de Descobrimento do Brasil, e dividiu parceria nos novos discos de Tom Zé (em “Perisséia”) e de Sueli Costa (em “Jardim”).