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A saga dos Lacerda

Rodrigo Lacerda, autor do romance histórico "A República das Abelhas"
De militante comunista a um dos maiores porta-vozes das ideologias conservadora e direitista no Brasil, o jornalista Carlos Lacerda (1914-1977) entrou para a história como um político controverso. Para entender até onde ele chegou e as ideias que defendeu, é preciso olhar para trás e conhecer a trajetória pública das três gerações da família Lacerda. E é o próprio quem narra no livro “A República das Abelhas” (Companhia das Letras). Escrito pelo neto dele, o historiador Rodrigo Lacerda, 45, o título remonta – a partir de fatos reais – um intervalo entre 1890 e 1950 da política nacional. “Na intimidade do seu túmulo ele (Carlos Lacerda) reconta sua história para si mesmo, captura um lado mais analítico, mais bem-humorado, e menos o lado furioso, público”, disse Rodrigo, que conversa com o público do Festival Literário da Pipa sobre sua obra e sua família.

O autor carioca abre os debates na Tenda Literária dia 8 (sexta), às 19h, segunda noite do Flipipa, com o tema “A Saga dos Lacerda: Do final do império a Era Vargas”. Graduado em História pela USP, sua estreia na literatura com (o romance) “O Mistério do Leão Rampante” rendeu-lhe o Prêmio Jabuti de 1996.

Em entrevista exclusiva a TRIBUNA DO NORTE, Rodrigo Lacerda percebe seu livro, apesar de classificado como biografia pelo mercado, como um “romance histórico”: “Há uma série de aspectos exclusivamente literários presentes nele, que a crítica pode até não ter visto, pois a atração das histórias e do personagem abafam um pouco esse lado”. Ele acredita que “A República das Abelhas” deixa duas contribuições importantes: “primeiro enfatiza o quanto os antecessores familiares na política influenciaram a carreira e a visão de Brasil do meu avô, coisa que só alguém da família talvez pudesse fazer; e mostra como as alianças entre uma elite sindical e antigas oligarquias são construídas com o simples intuito de ocupar e distribuir o poder – algo que faz sentido mesmo hoje”.

Rodrigo, de alguma maneira sente o peso do seu sobrenome; traz cobranças, gera expectativas? Como lida com isso?
Já senti mais. Quando era criança, entendia menos e a memória daquele período político estava mais fresca. Hoje em dia não sinto tanto. Acho até que está havendo, em certos círculos, uma reavaliação do personagem, menos contaminada pelo ambiente de radicalização ideológica da época.

Seu avô Carlos Lacerda foi uma figura controversa no cenário político nacional. Qual a grande colaboração dele que você destacaria?
Acho que foi um político que não tinha medo de dar más notícias ao povo. Pode parecer pouco, mas acho um detalhe importante. Sua atuação tinha uma transparência muito grande. A idéia de que a popularidade de um político é um capital para ele queimar quando necessário, quando suas convicções sobre o que é melhor para o país o obrigam, mesmo que sejam impopulares, me parece uma grande contribuição. Não é o que praticam os políticos atuais, na sua maioria, e obviamente isso implica em falta de transparência.

E como era seu avô na intimidade familiar? Você teve bastante contato com ele?
Não tive muito. Ele morreu quando eu tinha 9 anos, e era um homem bastante ocupado, mesmo depois de cassado e fora da política. Na intimidade, embora o temperamento explosivo e até autoritário existisse, ele era muito mais tranquilo do que na política. Meu livro mostra o quanto seu estilo iracundo era, ao mesmo tempo: uma tradição política brasileira; uma tradição política familiar, pois era o estilo do pai, também chamado de “destruidor sistemático”; uma questão de temperamento, de prontidão natural para o enfrentamento; e uma estratégia política para “chacoalhar” a passividade do povo diante dos descaminhos políticos do país.

Em “A República das Abelhas”, você dá um passeio por três gerações dos Lacerda. Há planos para centrar foco em algum dos personagens ou mesmo desdobrar alguma passagem que mereça ser detalhada? 
Não! Detalhei até demais. Sou o contrário das pessoas que, ao escreverem um livro sobre um assunto, julgam-se donas dele, e autoridades nele, e não querem mais sair dessa zona de conforto. Eu, quando  acabo um livro sobre um assunto, em geral estou farto dele, depois de anos de pesquisa e leituras específicas, e justamente aí é que não programo nenhum retorno, seja que assunto for.

Ao longo do processo de pesquisa topou com alguma informação que chamou atenção?
Muitas! Comecei o livro achando que teria de fazer um mergulho na mente da direita brasileira. Mas à medida que fui remontando os antecedentes políticos da família, esbarrei na figura do pai do Carlos Lacerda, Maurício, um socialista democrático até o fim, e na dos tios, dois secretários-gerais do Partido Comunista, que me obrigaram a estudar muito mais a história da esquerda no Brasil do que a da direta. Então a família virou um micro-cosmo das opções políticas que se ofereceram ao país ao longo daquele período.

E essa polêmica em torno das biografias não autorizadas, qual sua opinião sobre o assunto? 
Claro que sou a favor da total liberdade. Se alguém se sentir ofendido, ou caluniado, que processe. Mas censura prévia não dá. Nesse aspecto, creio que a liberdade de expressão fala mais alto do que o direito de privacidade. Embora sejam ambos direitos muito importantes.

Algum novo projeto em vista?
Sim, tenho um livro de contos e um romance em andamento. Mais de imediato tenho um guia de leitura para jovens do “Hamlet”, de Shakespeare. Era para ser uma adaptação, mas não queria simplesmente recontar a história com as minhas palavras. queria que os jovens tivessem contato com o texto e sentissem ele funcionando.

* Fonte: Tribuna do Norte

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Confira a programação da Tenda Literária do Flipipa


V FESTIVAL LITERÁRIO DA PIPA – FLIPIPA 2014
De 07 a 09 de agosto
Local: Estacionamento de Pipa
Entrada franca


07/08 QUINTA-FEIRA

Abel Silva, letrista e escritor
Mesa 1 (19h30)
“Vida-obra de João Ubaldo Ribeiro: Uma homenagem”

Com Abel Silva, Vicente Serejo e Margarida Seabra


Letrista, poeta, escritor, Abel Silva teve o privilégio de conviver com o escritor João Ubaldo Ribeiro e em muitos momentos era alvo de uma brincadeira: “Vou fazer uma coisa que ele (Abel) detesta”, e começava a cantar: “Só uma palavra me devora...”. “Ele é o autor disso”, dizia, apontando para o compositor.

Para Abel Silva, João Ubaldo Ribeiro vem de uma linhagem de escritores brasileiros ligados à tradição e ao conhecimento da fala e da mitologia popular. Herança popular acrescentada de uma cultura sofisticadíssima de um tradutor de Shakespeare, profundo conhecedor da literatura brasileira. E, com tudo isso, era também muito modesto: “Era poliglota e jamais o vi usar expressões em inglês ou alemão, por exemplo, línguas nas quais era fluente".

Essas e muitas outras histórias de convivência  e seu legado literário serão abordados com participação de Vicente Serejo e Margarida Seabra, neste encontro que marca a abertura do V Flipipa.


Mesa 2 (20:30)
“Toda poesia em Paulo Leminski”

Com José Miguel Wisnik e Mário Ivo Cavalcanti


A poesia de Paulo Leminski revela uma síntese entre a coloquialidade e o rigor da construção formal, herdada da estética concretista. O humor está presente em boa parte de sua obra poética, assim como a influência melódica da canção popular e trocadilhos da cultura popular. Talvez isso possa explicar o sucesso que a poesia do bardo curitibano faça tanto sucesso entre novas gerações, mais de vinte anos após sua morte.

O compositor, músico e ensaísta José Miguel Wisnik, escreveu sobre esse fenômeno: “Um corpo estranho tem atravessado como um cometa a lista dos best-sellers nas últimas semanas: o volume ‘Toda poesia’ de Paulo Leminski. Um catatau cor de laranja em meio aos não sei quantos tons de cinza, um quinau de poesia flanando distraidamente em meio à corrida dos mais vendidos, com um pique vencedor (...). Como diz o poeta curitibano, a poesia é um inutensílio que não tem nenhuma outra justificativa que não seja a própria razão de ser da vida, e de fazer parte, como o orgasmo e a amizade, daquelas coisas que não precisam ter um porquê: pra que porquê?”.

08/08 SEXTA-FEIRA


Mesa 3 - Revista Palavra-Sesc (19:00)
 “Literatura e resistência”

Com Chacal e Alexandre Alves


Ricardo de Carvalho Duarte, mais conhecido pelo famoso apelido canídeo Chacal, nasceu no Rio de Janeiro em 1951. Publicou seu primeiro livro de poesia, “Muito Prazer, Ricardo”, em 1971, feito com mimeógrafo. Expoente da chamada poesia marginal, ao lado de escritores como Francisco Alvim e Cacaso, teve textos nas históricas publicações 26 poetas hoje, de Heloisa Buarque de Hollanda, e Navilouca, de Waly Salomão e Torquato Neto.

Escreveu teatro para o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, crônicas para o Jornal do Brasil e Folha de S.Paulo, roteiros na TV Globo e dezenas de letras de música para grupos como Blitz, Lulu Santos, 14 Bis, Fernanda Abreu, entre outros. Autor de mais de dez livros de poemas, lançou recentemente a coletânea Belvedere, reunindo toda sua obra poética.


Mesa 4 (20:00)
“A Saga dos Lacerda: Do fim do Império a Era Vargas”

Com Rodrigo Lacerda, Ticiano Duarte e Diógenes Dantas


Neto do político Carlos Lacerda, o escritor e historiador Rodrigo Lacerda falará sobre seu livro “República das Abelhas”, obra que descreve o percurso familiar de três gerações de políticos: do abolicionista Sebastião Lacerda; dos filhos Maurício, Fernando e Paulo; e do neto, Carlos Lacerda (seu avô). Considerado um dos políticos mais controversos da história do Brasil, Carlos Lacerda foi para uns o salvador da pátria, para outros, não passou de um reacionário feroz.

Pai, tios e avô tiveram participação igualmente decisiva nos principais lances da política brasileira, da Primeira República ao suicídio de Getúlio Vargas, em 1954. Uma saga familiar que se confunde com a própria saga brasileira, da cultura política do país, sobre os rumos que o país tomou e que influenciam nossa vida até hoje. Rodrigo é formado em História pela USP. Seu primeiro livro, O mistério do Leão Rampante, foi publicado em 1995, pela Atelier Editorial. A obra foi uma das ganhadoras do Prêmio Jabuti em 1996, mesmo ano em que o autor lançou seu segundo romance, A Dinâmica das Larvas: Comédia Trágico-Farsesca.


Mesa 5 (21:00)
“Marighella e a batalha das biografias não autorizadas”
Com Mário Magalhães e Cassiano Arruda

A vida de Carlos Marighella (1911-1969) foi tão frenética quanto surpreendente. Militante comunista desde a juventude, deputado federal constituinte e fundador do maior grupo armado de oposição à ditadura militar - a Ação Libertadora Nacional -, esse mulato de Salvador era também um profícuo poeta, homem irreverente e brincalhão. Nesta biografia, o jornalista e escritor Mário Magalhães investiga as muitas facetas do biografado e apresenta uma narrativa repleta de revelações. 

Em ritmo de thriller, reconstitui com realismo desconcertante passagens pela prisão, resistência à tortura, operações de espionagem na Guerra Fria e assaltos da guerrilha a bancos, carros-fortes e trem-pagador. Mário nasceu no Rio de Janeiro, em abril de 1964. Formou-se em jornalismo na Escola de Comunicação da UFRJ. 

Trabalhou nos jornais Tribuna da Imprensa, O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo, no qual foi repórter especial, colunista e ombudsman. Recebeu cerca de vinte prêmios e menções honrosas no Brasil e no exterior, entre os quais o Every Human Has Rights Media Awards, o Prêmio Vladimir Herzog, o Prêmio Dom Hélder Câmara e o Prêmio Esso de Jornalismo.

08/09 SÁBADO


Mesa 6 (19:30)
“Fala Poeta”

Com José Carlos Capinan, Gereba Barreto, Abmael Silva 

Esta palestra-recital marca o encontro deste que é um dos maiores poetas compositores do País, com o virtuosismo do cantor e violonista Gereba Barreto. Pontuado de música e histórias o encontro vai destacar a obra de Capinan, a tropicália e a poesia brasileira. Capinan é considerado um dos grandes letristas de sua geração, tendo participado ativamente do movimento tropicalista no fim da década de 60.

Amigo de Caetano Veloso e Gilberto Gil desde a época da faculdade em Salvador. Cursou Direito e Medicina. Inicia carreira literária com “Inquisitorial”, seu primeiro livro de poesia. Participa do primeiro disco de Gilberto Gil, em 1966, dividindo a parceria na faixa “Viramundo”. No mesmo ano, sua música “Canção para Maria”, defendida e composta em parceria com Paulinho da Viola, é um dos destaques do II Festival de Música da Record. Em seguida vence, com Edu Lobo, o Festival da Record de 1967, com a canção “Ponteio”.

Volta a se aproximar de seus conterrâneos – compõe com Gil o clássico “Soy Loco por Ti, América”, e integra o histórico disco “Tropicália” (68), ao lado de Caetano, Gil, Mutantes, Gal Costa, Tom Zé, Rogério Duprat e Torquato Neto. Como Jards Macalé compôs  “Gotham City , Fagner (em “Como se Fosse”) e Geraldo Azevedo (em “For All Para Todos”). Em 2000, compôs a ópera “Rei Brasil 500 Anos” ao lado de Fernando Cerqueira e Paulo Dourado, uma crítica as comemoração dos 500 anos de Descobrimento do Brasil, e dividiu parceria nos novos discos de Tom Zé (em “Perisséia”) e de Sueli Costa (em “Jardim”).



Mesa 7 (20:30)
“A História nasce de outra história”

Com Nélida Piñon, Woden Madruga e Marize Castro

A escritora e imortal da Academia Brasileira de Letras Nélida Piñon nasceu no Rio de Janeiro em 1937, filha de pais espanhóis. É jornalista, e também foi editora e membro do conselho editorial de várias revistas no Brasil e exterior. Eleita em 1996 a presidente da ABL, primeira mulher a ocupar esse cargo. Seu primeiro romance, “Guia-mapa de Gabriel Arcanjo”, foi publicado em 1961. Em 1973 recebe o APCA por “A Casa da Paixão”.

Sua obra já foi traduzida e premiada em vários países. O mais recente foi o Prêmio Príncipe de Astúrias das Letras, de 2005, conferido na cidade espanhola de Oviedo – na ocasião ela concorreu com autores renomados e populares internacionalmente como Philip Roth, Paul Auster e Amos Oz. Escreveu contos, romances, ensaios, literatura infanto-juvenil e crônicas.


PIPINHA LITERÁRIA SESC/FLIPIPA

BIBLIOSESC — Biblioteca itinerante
A mais conhecida biblioteca móvel do País, montada sobre um caminhão e equipada com mais de 3 mil livros. Espaço de leitura no local e empréstimos de livros durante os três dias de atividade do Festival.
Todos os dias das 8h30 às 12h/13h30 às 21h
Local: Área Externa

Dia 07/08/2014(Quinta-feira)
Local: TENDA LITERÁRIA
HORÁRIO: Das 9h às 16h30

9h – o espetáculo de rua “Andarilhos do Coração” da Cia. Cênica Ventura, dirigido por  Lindemberg Farias, é uma montagem bem humorada do texto de Ariano Suassuna "TORTURAS DE UM CORAÇÃO, OU EM BOCA FECHADA NÃO ENTRA MOSQUITO",  escrita em 1951. A encenação mistura técnicas circenses, com os atores interpretando seus personagens em cima de pernas de pau. A música é interpretada ao vivo com canções especialmente criadas para o espetáculo, sob direção musical de Caio Padilha, uma espécie de opereta- comedia- popular. Torturas de Um Coração é um texto de Ariano Suassuna para o teatro de bonecos. Nesta montagem, os bonecos são atores de verdade. O Grupo interpreta o universo da cultura popular, através de personagens típicos do teatro de mamulengo nordestino que, como na comedia dell'arte, são sempre recorrentes: o esperto negro Benedito, o valente Vicentão, o meganha Cabo Setenta, o bonitão Afonso Gostoso e a bela Marieta, a mulher mais cobiçada da cidade.

10h30 – Ação Sesc de Incentivo à Leitura com autores convidados
Salizete Freire e José de Castro
Faixa etária: livre
Sinopse: Escritor potiguar apresenta palestra divertida sobre criação literária e diversas histórias que permeiam o mundo da leitura, o prazer de ler e as aventuras e conhecimentos que esta proporciona. Conta com um mediador do bate papo, proporcionando a interação da plateia com o escritor palestrante.

14h – Andarilhos do Coração
          
15h30 – Ação Sesc de Incentivo à Leitura com autores convidados
Salizete Freire e José de Castro
Faixa etária: livre
Sinopse:Escritor potiguar apresenta palestra divertida sobre criação literária e diversas histórias que permeiam o mundo da leitura, o prazer de ler e as aventuras e conhecimentos que esta proporciona. Conta com um mediador do bate papo, proporcionando a interação da plateia com o escritor palestrante.

TENDA LITERÁRIA
Horários: 8h30 às 12h/13h30 às 21h

Grupo Sesc Dramaturgia apresenta intervenções “Poema ao Pé do Ouvido” e “Assalto Poético”
O grupo é oriundo das oficinas do Projeto Sesc Dramaturgia Leituras em Cena, do Departamento Nacional do Sesc em Parceria com o Sesc RN e que tem como características a intervenção cênicas com base em esquetes e performances teatrais.

Para o Flipipa propõe-se a criação das intervenções poéticas “Poema ao Pé do Ouvido” e “Assalto Poético”, onde os atores da trupe intervém na cena urbana, no caso a da Praia de Pipa, em especial aos frequentadores do Flipipa, oferecendo as pessoas poemas e crônicas, que podem acontecer, tanto ao pé do ouvido de cada pessoa, como de assalto, fazendo grande estardalhaço e chamando a atenção dos passantes. Somadas a essas duas ações também estará presente o já consagrado e tradicional realejo, só que de forma estilizada, onde um ator caracterizado manipulando um boneco papagaio, conduz um realejo, oferecendo aos participantes do evento cartões, contendo poemas, pensamentos e outros escritos. Outras ações poderão ser oferecidas para a tenda literária, como jogos teatrais, maquiagem artísticas, e confecção de adereços, tendo como base histórias e personagens da literatura infantil e infanto-juvenil.
Faixa  etária: Livre

10h e 15h - Contação de histórias com Acaci

Dia 08/08/2014(Sexta-Feira)
Local: TENDA LITERÁRIA
HORÁRIO: Das 08h30 às 16h30

9h –  Ballet da Cidade do Natal - “Bangular”
"BANGULAR" é o nome do trabalho do Ballet da Cidade do Natal (BCN), assinado pelo coreógrafo Mário Nascimento (SP/MG), que mergulha na obra do historiador Luiz da Câmara Cascudo, baseado no livro "HISTÓRIAS DE NOSSOS GESTOS", no qual ele se refere ao termo 'Bangular' como um vagar a esmo, sem rumo.
A trilha sonora é composta por poemas escritos, interpretados e musicados por grandes nomes da cultura potiguar e nordestina, como: Luiz da Câmara Cascudo (Lundu de Collen Moore, Brouhaha, Maria Luiza...), José Bezerra Gomes, Marcelo Brissac, José Celso Martinez, Raimundo Fagner, Alceu Valença, Leonora Barros, Bianca Maggi, Walter Franco, Dácio Galvão, Cid Campos, Virgínia Rosa e etc.
"Bangular" é, portanto, uma mostra plural dos gestos e trejeitos de um povo, o povo potiguar, o povo brasileiro, sendo este o sujeito objeto da obra de fato.

10h – Ação Sesc de Incentivo à Leitura com autores convidados
Com Juliano Souza e Michelle Ferret
Faixa etária:livre

14h–Bangular

15h – Ação Sesc de Incentivo à Leitura com autores convidados,com Juliano Souza e Michelle Ferret
Faixa etária:livre

TENDA LITERÁRIA
Horários: 8h30 às 12h/13h30 às 21h
Grupo Sesc Dramaturgia “Poema ao Pé do Ouvido” e Assalto Poético

10h e 15h– Histórias litero-musicais com Atmarama (Alexandre Atmarama)
Faixa etária: livre
Sinopse: Músico, compositor e violonista potiguar, autor do livro Vina, palestra sobre seu processo de criação sob influência da literatura oriental, especialmente a indiana, védica. Brinda-nos com histórias ricas em imaginação infanto juvenil ao som de belas músicas.
Faixa  etária: Livre

Dia 09/08/2014(Sábado)
Local: TENDA LITERÁRIA

9h às 12h – Oficina de formação guia de leitura para mediadores – com Gelson Bini – professor, livreiro, mediador de leitura e debates literários há mais de 10 anos.
Público Alvo: Professores, estudantes, bibliotecários, auxiliares de biblioteca, contadores de história  e demais interessados.
Objetivo: Fomentar e aprimorar o gosto pela leitura e o conhecimento da literatura em mediadores de leitura.   Propor ações de leitura para jovens leitores, divulgar a literatura, (dos clássicos aos contemporâneos).

TENDA LITERÁRIA
Horários: 8h30 às 12h/13h30 às 21h

Grupo Sesc Dramaturgia: “Poema ao Pé do Ouvido” e Assalto Poético”
 Faixa  etária: Livre
10h e 15h - Contação de histórias com Avalmar

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Pipinha Literária contará com presença de escritores e espetáculos teatrais em parceria com Sesc RN

Parceiro do Festival Literário da Pipa desde a primeira edição, o Sesc RN – Serviço social do Comércio - através do seu programa cultural e educativo, ficará responsável pelas atividades da Pipinha Literária, com ações voltadas para a criança e o adolescente durante todo o Flipipa.

O Sesc participará também com a Bibliosesc, a mais conhecida biblioteca móvel do País, montada sobre um caminhão e equipada com mais de 3 mil livros. Espaço de leitura no local e empréstimos de livros durante os três dias de atividade do Festival.

Também vai promover várias atividades dentro da tenda literária, com debates com escritores como Josué de Castro, Chacal, Salizete Freire, Michele Ferret e Juliano Siqueira, contação de histórias e encenações teatrais tendo a literatura como fio condutor. Confira a programação e participe:

BIBLIOSESC — Biblioteca itinerante
A mais conhecida biblioteca móvel do País, montada sobre um caminhão e equipada com mais de 3 mil livros. Espaço de leitura no local e empréstimos de livros durante os três dias de atividade do Festival.
Todos os dias das 8h30 às 12h/13h30 às 21h
Local: Área Externa

Dia 07/08/2014(Quinta-feira)
Local: TENDA LITERÁRIA
HORÁRIO: Das 9h às 16h30

9h– o espetáculo de rua “Andarilhos do Coração” da Cia. Cênica Ventura, dirigido por  Lindemberg Farias, é uma montagem bem humorada do texto de Ariano Suassuna "TORTURAS DE UM CORAÇÃO, OU EM BOCA FECHADA NÃO ENTRA MOSQUITO",  escrita em 1951. A encenação mistura técnicas circenses, com os atores interpretando seus personagens em cima de pernas de pau. A música é interpretada ao vivo com canções especialmente criadas para o espetáculo, sob direção musical de Caio Padilha , uma espécie de opereta- comedia- popular.




A peça

Torturas de Um Coração é um texto de Ariano Suassuna para o teatro de bonecos. Nesta montagem, os bonecos são atores de verdade. O Grupo interpreta o universo da cultura popular, através de personagens típicos do teatro de mamulengo nordestino que, como na comedia dell'arte, são sempre recorrentes: o esperto negro Benedito, o valente Vicentão, o meganha Cabo Setenta, o bonitão Afonso Gostoso e a bela Marieta, a mulher mais cobiçada da cidade. A estrutura das cenas compreendem, antes da peça propriamente dita, a um prólogo iniciado e encerrado pelo apresentador Manuel Flores, intercalado pela apresentação dos personagens e pela explicação em flashback dos motivos que levam à atual supremacia de Benedito.

Sinopse
Na cidade de Taperoá, Marieta "tortura" os corações dos homens, provocando uma acirrada disputa pelo seu amor. O malandro Benedito dá a Marieta, como se fossem seus, presentes enviados por Cabo 70 e Vicentão. A fim de notabilizar-se diante da amada por coragem maior que a propalada pelos rivais, amedronta-os sob o disfarce de malassombro e lhes dá uma suja de pau. Mas, na hora de fazer jus a Marieta, ela está apaixonada por "seu" Afonço Cabeleira (coração não se governa...).

Escritor José de Castro
10h30 – Ação Sesc de Incentivo à Leitura com autores convidados Salizete Freire e José de Castro

14h – Andarilhos do Coração
           
15h30 – Ação Sesc de Incentivo à Leitura com autores convidados Salizete Freire e José de Castro

Sinopse: Escritor potiguar apresenta palestra divertida sobre criação literária e diversas histórias que permeiam o mundo da leitura, o prazer de ler e as aventuras e conhecimentos que esta proporciona. Conta com um mediador do bate papo, proporcionando a interação da plateia com o escritor palestrante. Faixa etária: livre

TENDA LITERÁRIA

Horários: 8h30 às 12h/13h30 às 21h

Grupo Sesc Dramaturgia apresenta intervenções “Poema ao Pé do Ouvido” e “Assalto Poético”
O grupo é oriundo das oficinas do Projeto Sesc Dramaturgia Leituras em Cena, do Departamento Nacional do Sesc em Parceria com o Sesc RN e que tem como características a intervenção cênicas com base em esquetes e performances teatrais.

Para o Flipipa propõe-se a criação das intervenções poéticas “Poema ao Pé do Ouvido” e Assalto Poético”, onde os atores da troupe intervem na cena urbana, no caso a da Praia de Pipa, em especial aos frequentadores do Flipipa, oferecendo as pessoas poemas e crônicas, que podem acontecer, tanto ao pé do ouvido de cada pessoa, como de assalto, fazendo grande estardalhaço e chamando a atenção dos passantes. Somadas a essas duas ações também estará presente o já consagrado e tradicional realejo, só que de forma estilizada, onde um ator caracterizado manipulando um boneco papagaio, conduz um realejo, oferecendo aos participantes do evento cartões, contendo poemas, pensamentos e outros escritos. Outras ações poderão ser oferecidas para a tenda literária, como jogos teatrais, maquiagem artísticas, e confecção de adereçõs, tendo como base histórias e personagens da literattura infantil e infanto-juvenil.
Faixa  etária: Livre

10h e 15h - Contação de histórias Acaci

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Dia 08/08/2014(Sexta-Feira)
Local: TENDA LITERÁRIA
HORÁRIO: Das 08h30 às 16h30

9h –  Ballet da Cidade do Natal - “Bangular”
"BANGULAR" é o nome do trabalho do Ballet da Cidade do Natal (BCN), assinado pelo coreógrafo Mário Nascimento (SP/MG), que mergulha na obra do historiador Luiz da Câmara Cascudo, baseado no livro "HISTÓRIAS DE NOSSOS GESTOS", no qual ele se refere ao termo 'Bangular' como um vagar a esmo, sem rumo.

A trilha sonora é composta por poemas escritos, interpretados e musicados por grandes nomes da cultura potiguar e nordestina, como: Luiz da Câmara Cascudo (Lundu de Collen Moore, Brouhaha, Maria Luiza...), José Bezerra Gomes, Marcelo Brissac, José Celso Martinez, Raimundo Fagner, Alceu Valença, Leonora Barros, Bianca Maggi, Walter Franco, Dácio Galvão, Cid Campos, Virgínia Rosa e etc.
"Bangular" é, portanto, uma mostra plural dos gestos e trejeitos de um povo, o povo potiguar, o povo brasileiro, sendo este o sujeito objeto da obra de fato.

10h – Ação Sesc de Incentivo à Leitura com autores convidados
Com Juliano Souza e Michelle Ferret
Faixa etária:livre

14h – Bangular

15h – Ação Sesc de Incentivo à Leitura com autores convidados,com Juliano Souza e Michelle Ferret
Faixa etária:livre

TENDA LITERÁRIA

Horários: 8h30 às 12h/13h30 às 21h

Grupo Sesc Dramaturgia “Poema ao Pé do Ouvido” e Assalto Poético

10h e 15h – Histórias litero-musicais com Atmarama (Alexandre Atmarama)
Faixa etária: livre
Sinopse: Músico, compositor e violonista potiguar, autor do livro Vina, palestra sobre seu processo de criação sob influência da literatura oriental, especialmente a indiana, védica. Brinda-nos com histórias ricas em imaginação infanto juvenil ao som de belas músicas.

19h - Mesa Palavra com Ricardo Chacal
Tema:  a literatura brasileira durante o período da Ditadura.
Faixa  etária: Livre

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Dia 09/08/2014 (Sábado)
Local: TENDA LITERÁRIA
HORÁRIO: Das 08h30 às 12h

9 às 12h – Oficina de formação guia de leitura para mediadores – com Gelson Bini – professor, livreiro, mediador de leitura e debates literários há mais de 10 anos.

Público Alvo: Professores, estudantes, bibliotecários, auxiliares de biblioteca,
contadores de história  e demais interessados. 

Objetivo: Fomentar e aprimorar o gosto pela leitura e o conhecimento da literatura em mediadores de leitura.   Propor ações de leitura para jovens leitores, divulgar a literatura, (dos clássicos aos contemporâneos).

TENDA LITERÁRIA

Horários: 8h30 às 12h/13h30 às 21h
Grupo Sesc Dramaturgia: “Poema ao Pé do Ouvido” e Assalto Poético”
 Faixa  etária: Livre

10h e 15h - Contação de histórias (Alvamar)

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O poeta e compositor Abel Silva abre programação do Flipipa

O letrista, poeta e escritor Abel Silva, autor de pérolas musicais como "Jura Secreta", "Festa do Interior" e "Eu Chego Lá", está na na programação do Flipipa 2014. Entre outros assuntos Abel abordará sua amizade com o escritor João Ubaldo Ribeiro, que morreu na madrugada de sexta-feira passada (dia 18). O artista preenche espaço no dia 7 de agosto, abertura do evento em Tibau do Sul, deixado pelo cantor, compositor e escritor Jorge Mautner, que alegou ausência por questões familiares.

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Ariano Suassuna morre aos 87 anos no Recife

O escritor Ariano Suassuna morreu no fim da tarde desta quarta-feira (23) no Recife. Ele estava em coma após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e passar por uma cirurgia de emergência. De acordo com o Diário de Pernambuco, o protocolo para confirmar a morte cerebral de Ariano foi aberto durante a manhã e a morte foi confirmada pela equipe médica às 17h40.

Suassuna passou mal em casa, na noite de segunda-feira (21), e foi levado ao hospital por volta das 20h, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico. Às 23h terminou a cirurgia de emergência para a colocação de dois drenos, com o objetivo de controlar a pressão intracraniana provocada pelo AVC. Desde então, o escritor estava internado na UTI Neurológica sem previsão de alta.

No ano passado, o escritor sofreu um infarto, e dois dias depois de receber alta, deu entrada novamente no hospital por causa de um aneurisma cerebral.

Na última sexta-feira (18), Ariano Suassuna participou de uma aula-espetáculo, no Festival de Inverno de Garanhuns, no agreste pernambucano. Ele estava confirmado para participar de uma mesa sobre o romance no contexto nordestino durante a 5ª edição do Festival Literário da Pipa (Flipipa) que acontece entre 7 e 9 de agosto na praia de Pipa em Tibau do Sul, litoral Norte do RN.

Vida

Ariano Vilar Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927 na cidade de Nossa Senhora das Neves, atual João Pessoa (PB), e se tornou imortal da Academia Brasileira de Letras em 1990. O escritor chegou a exercer a profissão de advogado durante alguns anos, antes de render à paixão por escrever e retratar o Sertão e o Nordeste brasileiro.

A influência parterna teve papel fundamental na formação de Ariano Suassuna. O próprio escritor afirmava que fora através da biblioteca de João Suassuna que tomou o gosto pela leitura, com acesso às obras de Júlio Ribeiro, Eça de Queiroz, Aluízio Azevedo, Machado de Assis e, além deles, Leonardo Mota, a quem se referia como "o Câmara Cascudo do Ceará". Um dos maiores sucessos de Ariano Suassuna, O Auto da Compadecida, foi escrito com base em três folhetos de cordel de Mota. Sua primeira peça, no entanto, foi “Uma Mulher Vestida de Sol”, escrita em 1947, quando cursava Direito em Pernambuco.

Suassuna se formou em 1950 e chegou a exercer a profissão de advogado durante seis anos, tempo onde também escreveu peças como Torturas de um Coração (1951), o Castigo da Soberba (1953), O Rico Avarento (1954) e o Auto da Compadecida (1955), peça que o projetou em todo o país.

Em 1959, em companhia de Hermilo Borba Filho, fundou o Teatro Popular do Nordeste, que montou em seguida a “Farsa da Boa Preguiça” e “A Caseira e a Catarina”. Porém, no início dos anos 60, interrompeu a carreira de dramaturgo para se dedicar às aulas de Estética na Universidade Federal de Pernambuco, onde era professor desde 1956. Aos poucos, voltou a conciliar os trabalhos e permaneceu na UFPE até até 1994, quando se aposentou.

Entre as principais obras da carreira de Ariano Suassuna estão “O Santo e a Porca”, “O Auto da Compadecida”, “O Castigo da Soberba”, “Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta" e "História d’O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão / Ao Sol da Onça Caetana".

Ligação com o RN

Ariano Suassuna tinha uma forte ligação com o Rio Grande do Norte. Admirador da obra de Câmara Cascudo e dos versos de Fabião das Queimadas, o dramaturgo já conhecia o Rio Grande do Norte desde a infância. O avô paterno, Alexandrino Suassuna, era natural de Martins, no Alto Oeste potiguar, e a mãe tinha parentes em Carnaúba dos Dantas.

No Rio Grande do Norte, Ariano Suassuna recebeu da UFRN o título de Doutor Honoris Causa em 2000, além dos títulos de Cidadão Norte-Riograndense (2008) na Assembleia Legislativa e Cidadão Natalense (2007), na Câmara Municipal do Natal. Ao receber dos vereadores, inclusive, falou sobre o carinho que tem por Natal.

"Foi em Natal onde avistei pela primeira vez o zeppelin. Natal para mim é como Recife. Recife é a porta azul e verde do mar e castanha e vermelha do sertão. Este título é a oficialização do carinho com que sou tratado quando venho a esta cidade", afirmou, em 2007.

Ao receber o título em Natal, Ariano Suassuna lembrou, emocionado, da amizade com o escritor potiguar Oswaldo Lamartine, morto poucos meses antes de Suassuna receber o título na Câmara Municipal. “Quando fomos perseguidos, fui abrigado pelas famílias do governador Juvenal Lamartine e do desembargador Silvino Bezerra. Quero concluir agradecendo o titulo de cidadão natalense na pessoa de alguém que sei que está aqui: Oswaldo Lamartine", disse.

* Fonte: Tribuna do Norte

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Nélida Piñon e o romance contemporâneo

A escritora e imortal da Academia Brasileira de Letras Nélida Piñon foi confirmada na 5ª edição do Festival Literário da Pipa – Flipipa, que acontece de 7 a 9 de agosto. Ela vai substituir Ariano Suassuna na mesa que o paraibano faria no dia 9, às 20h30. O tema será “O romance no contexto contemporâneo”.

Nélida nasceu no Rio de Janeiro, é jornalista, e também foi editora e membro do conselho editorial de várias revistas no Brasil e exterior. Em 1996 foi eleita presidente da  ABL, a primeira mulher a ocupar esse cargo. Seu primeiro romance, “Guia-mapa de Gabriel Arcanjo”, foi publicado em 1961. Em 1973 recebe o APCA por “A Casa da Paixão”.

Sua obra já foi traduzida e premiada em vários países. O mais recente foi o Prêmio Príncipe de Asturias das Letras, de 2005, conferido na cidade espanhola de Oviedo – na ocasião ela concorreu com autores renomados e populares internacionalmente como Philip Roth, Paul Auster e Amos Oz.

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Capinan e a Tropicália


Dia 9 de agosto 19h – Tenda Literária

Mesa 5 “Capinan e a Tropicália”
com José Carlos Capinan e Gereba Barreto

Esta palestra-recital marca o encontro deste que é um dos maiores poetas compositores do País, com o virtuosismo do cantor e violonista Gereba Barreto. Pontuado de música e histórias o encontro vai destacar a obra de Capinan. Nascido na cidade baiana de Esplanada, José Carlos Capinan é considerado um dos grandes letristas de sua geração, tendo participado ativamente do movimento tropicalista no fim da década de 60. Poeta desde a adolescência, mudou-se para Salvador aos 19 anos, onde iniciou o curso de Direito, na Universidade Federal da Bahia. Fez amizade com Caetano Veloso e Gilberto Gil, na época cursando, respectivamente, as faculdades de Filosofia e de Administração de Empresas.

Em 1964, deixou Salvador para morar em São Paulo, onde inicia os primeiros poemas de seu livro de estreia, “Inquisitorial”. Anos depois, volta à capital baiana, desta vez para fazer Medicina. Participa do primeiro disco de Gilberto Gil, em 1966, dividindo a parceria na faixa “Viramundo”. No mesmo ano, sua música “Canção para Maria”, defendida e composta em parceria com Paulinho da Viola, é um dos destaques do II Festival de Música da Record. Em seguida vence, com Edu Lobo, o Festival da Record de 1967, com a canção “Ponteio”. Volta a se aproximar de seus conterrâneos – compõe com Gil o clássico “Soy Loco por Ti, América”, e integra o histórico disco “Tropicália” (68), ao lado de Caetano, Gil, Mutantes, Gal Costa, Tom Zé, Rogério Duprat e Torquato Neto.

Como Jards Macalé compôs  “Gotham City , Fagner (em “Como se Fosse”) e Geraldo Azevedo (em “For All Para Todos”). Em 2000, compôs a ópera “Rei Brasil 500 Anos” ao lado de Fernando Cerqueira e Paulo Dourado, uma crítica as comemoração dos 500 anos de Descobrimento do Brasil, e dividiu parceria nos novos discos de Tom Zé (em “Perisséia”) e de Sueli Costa (em “Jardim”).

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Marighella, o guerrilheiro que incendiou o mundo


Dia 8 de agosto 20h30 – Tenda Literária

Mesa 4 – “Marighella, o guerrilheiro que incendiou o mundo”, com Mário Magalhães

A vida de Carlos Marighella (1911-69) foi tão frenética quanto surpreendente. Militante comunista desde a juventude, deputado federal constituinte e fundador do maior grupo armado de oposição à ditadura militar - a Ação Libertadora Nacional -, esse mulato de Salvador era também um profícuo poeta, homem irreverente e brincalhão. Nesta biografia, o jornalista e escritor Mário Magalhães investiga as muitas facetas do biografado e apresenta uma narrativa repleta de revelações.

Em ritmo de thriller, reconstitui com realismo desconcertante passagens pela prisão, resistência à tortura, operações de espionagem na Guerra Fria e assaltos da guerrilha a bancos, carros-fortes e trem-pagador. Mário nasceu no Rio de Janeiro, em abril de 1964. Formou-se em jornalismo na Escola de Comunicação da UFRJ. Trabalhou nos jornais Tribuna da Imprensa, O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo, no qual foi repórter especial, colunista e ombudsman. Recebeu cerca de vinte prêmios e menções honrosas no Brasil e no exterior, entre os quais o Every Human Has Rights Media Awards, o Prêmio Vladimir Herzog, o Prêmio Dom Hélder Câmara e o Prêmio Esso de Jornalismo.

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A Saga dos Lacerda: Do final do império a Era Vargas


Dia 8 de agosto 19h – Tenda Literária

Mesa 3 – “A Saga dos Lacerda: Do final do império a Era Vargas”
com Rodrigo Lacerda

Neto do político Carlos Lacerda, o escritor e historiador Rodrigo Lacerda falará sobre seu livro “República das Abelhas”, obra que descreve o percurso familiar de três gerações de políticos: do abolicionista Sebastião Lacerda; dos filhos Maurício, Fernando e Paulo; e do neto, Carlos Lacerda (seu avô). Considerado um dos políticos mais controversos da história do Brasil, Carlos Lacerda foi para uns o salvador da pátria, para outros, não passou de um reacionário feroz.

Pai, tios e avô tiveram participação igualmente decisiva nos principais lances da política brasileira, da Primeira República ao suicídio de Getúlio Vargas, em 1954. Uma saga familiar que se confunde com a própria saga brasileira, da cultura política do país, sobre os rumos que o país tomou e que influenciam nossa vida até hoje.

Rodrigo é formado em História pela USP. Seu primeiro livro, O mistério do Leão Rampante, foi publicado em 1995, pela Atelier Editorial. A obra foi uma das ganhadoras do Prêmio Jabuti em 1996, mesmo ano em que o autor lançou seu segundo romance, A Dinâmica das Larvas: Comédia Trágico-Farsesca. Trabalhou na própria Nova Fronteira e também nas editoras Edusp, Nova Aguilar, Cosac & Naify, Mameluco Produções e Duetto, pela qual editou a coleção Deuses da Mitologia.

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José Miguel Wisnik: toda a poesia mora em Paulo Leminski


Dia 7 de agosto 20h30 – Tenda Literária

Mesa 2 – “Toda a poesia mora em Paulo Leminski”, com José Miguel Wisnik

A poesia de Paulo Leminski revela uma síntese entre a coloquialidade e o rigor da construção formal, herdada da estética concretista. O humor está presente em boa parte de sua obra poética, assim como a influência melódica da canção popular e trocadilhos da cultura popular. Talvez isso possa explicar o sucesso que a poesia continue a fazer entre as novas gerações, mais de vinte anos após sua morte.

O Músico e ensaísta José Miguel Wisnik, convidado para compor a mesa sobre Leminski, abordou esse “fenômeno” sua coluna no jornal O Globo: “Um corpo estranho tem atravessado como um cometa a lista dos best-sellers nas últimas semanas: o volume “Toda poesia” de Paulo Leminski. Um catatau cor de laranja em meio aos não sei quantos tons de cinza, um quinau de poesia flanando distraidamente em meio à corrida dos mais vendidos, com um pique vencedor (estou brincando, aqui, com o título de um dos seus livros, o “Distraídos venceremos”). Como diz o poeta curitibano, a poesia é um inutensílio que não tem nenhuma outra justificativa que não seja a própria razão de ser da vida, e de fazer parte, como o orgasmo e a amizade, daquelas coisas que não precisam ter um porquê: pra que porquê?”.

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Jorge Mautner, o Filho do Holocausto


Dia 7 de agosto 19h – Tenda Literária

Mesa 1  “Jorge Mautner, o Filho do Holocausto”

O romance autobiográfico lançado em 2006, que resultou no filme dirigido por Heitor D'Alincourt, e Pedro Bial, é um dos temas dessa mesa. Cantor, compositor e escritor brasileiro. Filho de judeus, aprendeu a tocar violino aos cinco anos e, aos 15 escreveu seu primeiro livro, Deus da chuva e da morte. O livro foi publicado em 1962 (premiado com o Jabuti) e compõe, com Kaos (1964) e Narciso em tarde cinza (1966), a trilogia hoje conhecida como Mitologia do Kaos. Poeta maldito, escreveu ao todo 12 livros, além de seu trabalho na música: Após o golpe militar de 1964, é preso; mas logo liberado, sob a condição de se expressar mais "cuidadosamente". 

Em 1966, vai para os Estados Unidos, onde trabalha na Unesco e trabalha na tradução de livros brasileiros. Também dava palestras sobre esses livros para a Sociedade Interamericana de Literatura. A partir de 1967, passa a trabalhar como secretário do poeta Robert Lowell. Conhece Paul Goodman, sociólogo, poeta e militante pacifista anarquista da nova esquerda, de quem recebe significativa influência. Em 1970, vai para Londres, onde se aproxima de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Volta ao Brasil e começa a escrever no jornal O Pasquim. Conhece Nelson Jacobina, que será seu parceiro musical nas décadas seguintes. Em 1987 lança, com Gilberto Gil, o movimento "Figa Brasil" no show O Poeta e o Esfomeado, ligado ao movimento Kaos, voltado à discussão da cultura brasileira. Compôs algumas obras-primas da música brasileira, como Maracatu Atômico, Vampiro e Lágrimas Negras.

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Programação Flipipa 2014



Quinta, 7 de agosto

TENDA LITERÁRIA

[Mesa 1] Abel Silva
O letrista, poeta e escritor Abel Silva comenta, entre outros assuntos, sua amizade com o escritor João Ubaldo Ribeiro (1941-2014), que morreu na madrugada de sexta-feira passada (dia 18). 

[Mesa 2] “Toda a poesia mora em Paulo Leminski”, com José Miguel Wisnik
A poesia de Paulo Leminski revela uma síntese entre a coloquialidade e o rigor da construção formal, herdada da estética concretista. 

+ Caminhão Bibliosesc - bliblioteca itinerante
Ação Sesc de Incentivo à Leitura com autores convidados
Tenda Sesc Literária
Grupo SESC Dramaturgia apresenta encenações de obras literárias
Cozinha Brasil SESI - oficinas e degustações
Tenda de Artesanato Sebrae/RN

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Sexta, 8 de agosto

TENDA LITERÁRIA

[Mesa 3] “A Saga dos Lacerda: Do final do império a Era Vargas”, com Rodrigo Lacerda
Neto do político Carlos Lacerda, o escritor e historiador Rodrigo Lacerda falará sobre seu livro “República das Abelhas”, obra que descreve o percurso familiar de três gerações de políticos: do abolicionista Sebastião Lacerda; dos filhos Maurício, Fernando e Paulo; e do neto.

[Mesa 4] “Marighella, o guerrilheiro que incendiou o mundo”, com Mário Magalhães
A vida de Carlos Marighella (1911-69) foi tão frenética quanto surpreendente. 

+ Caminhão Bibliosesc
Ação Sesc de Incentivo à Leitura com autores convidados
Tenda Sesc Literária
Grupo SESC Dramaturgia apresenta encenações de obras literárias
Cozinha Brasil SESI - oficinas e degustações
Tenda de Artesanato SEBRAE/RN

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Sábado, 9 de agosto

TENDA LITERÁRIA

[Mesa 5] “Capinan e a Tropicália”, com José Carlos Capinan e Gereba Barreto
Palestra-recital marca o encontro deste que é um dos maiores poetas compositores do País, com o virtuosismo do cantor e violonista Gereba Barreto.

[Mesa 6] “O romance no contexto contemporâneo”, com Nélida Piñon

+ Caminhão Bibliosesc
Ação Sesc de Incentivo à Leitura com autores convidados
Tenda Sesc Literária
Grupo SESC Dramaturgia apresenta encenações de obras literárias
Cozinha Brasil SESI - oficinas e degustações
Tenda de Artesanato SEBRAE/RN

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Onde se hospedar na Praia de Pipa | Hoteis parceiros do Flipipa 2014

Hotel Ponta do Madeiro
www.pontadomadeiro.com.br
Av. Antônio Florêncio, 2695
Estrada para Pipa - Tibal do Sul RN
+55 84 3246-4220 / 3246-4221
reservas@pontadomadeiro.com.br
contato@pontadomadeiro.com.br

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Pousada Coco Fresco
www.pousadacocofresco.com.br
Rua da Albacora, 269
Pipa - Tibau do Sul RN
+55 84 3246-2035
cocofresco@pipa.com.br

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Girassóis Lagoa Resort
www.girassoislagoaresort.com
Rodovia RN-003 (trecho Goianinha)
Tibau do Sul RN
+55 84 3246 4414




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Ecovila Spa da Alma
www.spadaalma.net
Rua do Spa, 9 Praia das Minas
Praia de Pipa - Tibau do Sul RN
+55 84 3246-2357 / 3246-2505
reservas@spadaalma.net



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Bakano Eco Hostel Pousada
www.ecobakano.com.br
Rua Sucupira, 87
Praia da Pipa - Tibau do Sul RN
+55 84 3246-2605 / 9830-3087 / 9471-2329
bakanohostel@gmail.com


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Hotel da Pipa 
www.hoteldapipa.com
Rua Praia do Amor, 50
Praia da Pipa - Tibau do Sul RN
+ 55 (84) 3246-2618
contato@hoteldapipa.com



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Pousada dos Girassóis 
www.pousadadosgirassois.net
Rua Praia do Amor, 3
Praia de Pipa - Tibau do Sul RN





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Pipas Bay
www.paradisehoteis.com.br/pipasbay.php
Rua da Praia, SN
Praia da Pipa - Tibau do Sul RN
+55 (84) 3646.5562
reservas@paradisehoteis.com.br



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Hotel Solar Pipa
www.solarpipa.com.br
Praia da Pipa - Tibau do Sul RN
+55 84 3246 2016 / 84 3246 2358 / 11 3230 6590
reservas@solarpipa.com.br




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Pousada Pedra D'Água
www.pousadapedradagua.com
+55 (84) 3246-2543
contato@pousadapedradagua.com






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Pousada Mãe Natureza
www.pousadamaenatureza.com.br
Rua Sucupira, 300
Praia da Pipa - Tibau do Sul RN
+55 84 3246 2756 / 9985 6672
contato@pousadamaenatureza.com.br



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Pousada Bicho Preguiça
www.pipabichopreguica.com.br
Rua Praia do Amor, 15
Praia da Pipa - Tibau do Sul RN
+55 (84) 3246-2128 / 3246-2370 / 3246-2129
9610-3362 (Tim) / 8713-8835 (Oi)
reservas@pipabichopreguica.com.br

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Pousada Praiana
www.pousadapraiana.com.br
Av. Baia dos Golfinhos, 708
Praia da Pipa - Tibau do Sul RN
+55 (84) 3246-2268 / 3246-2342 / 9985-3167
pousadapraiana@uol.com.br



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Pipa Privilege Boutique Hotel
www.pipaprivilege.com.br
Av. Antonio Florencio, 1339
Praia da Pipa - Tibau do Sul RN
+55 84 3246-4145
contato@pipaprivilege.com.br




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Pipa Beleza Spa Resort
www.pipabeleza.com.br
Av. Baía dos Golfinos, 1665
Praia da Pipa - Tibau do Sul RN
+55 84 3246-2399
reservas@pipabeleza.com.br



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Toca da Coruja
www.tocadacoruja.com.br
Av . Baia dos Golfinhos, SN
Praia da Pipa - Tibau do Sul RN
+55 (84) 3246 2226



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Hotel Marinas
www.hotelmarinas.com.br
Av. Governador Aluizio Alves, 301
Tibau do Sul RN
+55 (84) 3246-4111
reservas@hotelmarinas.com.br




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Hotel Varandas
www.varandasmardepipa.com.br
Rua da Sucupira, 6
Praia da Pipa - Tibau do Sul
+55 84 3246-2177
reservas@varandasmardepipa.com.br



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Hotel Pipa Ocean View
www.pipaoceanview.com
Av. Baía dos Golfinhos, 121
Praia da Pipa - Tibau do Sul RN
+55 (84) 3246 2748
reservas@pipaoceanview.com




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Resort CostaSol Pipa
www.costasol.com.br
Rua da Mata, 512
Praia da Pipa - Tibau do Sul RN
reservas@costasol.com.br
+55 (84) 3246 2434
8895 2434 Oi 9108 0302 / 9150 8721 Claro

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Sombra e Água Fresca Hotel e Resort
www.sombraeaguafresca.com.br
Rua Praia do Amor, 1000,
Praia da Pipa - Tibau do Sul RN
reservas@sombraeaguafresca.com.br
+55 (84) 3246.2376 / 3246.2258



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Thalassa Hotel Pousada
www.pousadathalassa.com.br
Rua da Mata, 321
Praia da Pipa - Tibau do Sul RN
pousadathalassa@gmail.com
+55 (84) 3246-2255

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Contato Flipipa 2014


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O Romance no contexto do Nordeste Brasileiro

Dia 9 de agosto 20h30 – Tenda Literária

Mesa 6 – “O Romance no contexto do Nordeste Brasileiro”
Com Ariano Suassuna

Nascido em João Pessoa, em 1927,e radicado em Recife Ariano Suassuna é um dos nomes centrais do teatro e da narrativa brasileira. Começou a escrever para o palco quando estudante de direito em Recife, e conquistou projeção com o “Auto da Compadecida” (1955), traduzido para vários idiomas e adaptado para o cinema e a televisão.

Suas ideias estéticas desembocaram em 1970 no Movimento Armorial, voltado para as formas populares de expressão artística. Nesse veio publicou, no ano seguinte, o romance A pedra do reino. A trilogia de "Romance d'a Pedra do Reino" seguiu-se com "Príncipe do Sangue que vai-e-volta", que teria sequência em 1976, com a "História d'o Rei Degolado nas Caatingas do Sertão: ao Sol da Onça Caetana". Em 1989, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.

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